Capítulo 30

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- ... Quer saber? Vão pro inferno! - o grito rouco e irritado de Marta ecoou pela sala logo sendo acompanhado pelo barulho de porta batendo, seus passos pesados acompanhados de raiva.

Ela cruza os braços e expira irritada, afundando as unhas em seus braços e tentando se manter sã.
Ela olhou para o lado e então parou, simplesmente admirando as estrelas decorando o céu em azul escuro, fazendo sua mente mergulhar nele e assim encontrar soluções onde não estava conseguindo enxergar.
"Eu prometo que vou te tirar daí... É uma promessa..." disse a si mesma sentindo um peso enorme cair sobre si.
Roubando sua atenção, Marta olhou para o lado ouvindo um barulho estranho e em seguida ela vê um vulto entrando em um beco, barulhos altos de vozes enraivadas atrás dele, ela suspira e logo anda até o beco.
Para Marta aquilo parecia ser apenas mais um roubo comum que acabaria em menos de 15 minutos... Pena que dessa vez, a sua intuição estava errada.















A noite caía sobre seus ombros junto com a adrenalina de estar de volta nas ruas, a menina corria em linha reta até a beirada do prédio, ao chegar nela ela pula pousando no outro prédio, ela se levanta e dá rápidos passos até a beirada, logo se agachando e observando o laboratório a sua frente.

- Cheguei. - disse a mesma pondo a mão no ouvido direito, ativando o comunicador.

- Beleza, só vou desligar a segurança, vai ser rápido - diz Akira do outro lado da linha.

Aquela tinha sido a primeira missão de Ayumi desde que havia chego em Musutafu, querendo ou não a euforia de estar lá corria em seu corpo tão rápido quanto ela corria sobre os prédios, esperando o sinal de Akira, ela se sentou na beirada e permitiu seus pés balançarem com a altura.
Depois de pensamentos rápidos passarem em sua mente, ela sente uma leve vibração em sua coxa direita, logo ela vira o rosto pondo a mão em seu bolso, ela tira o celular e vê Caleb a ligando.

- E aí? Como tão as coisas?- sua voz ecoa na linha telefônica até chegar no ouvido de Ayumi que sorri de certa forma aliviada ao ouvir sua voz.

- Finalmente ligou, achei que não ia me ligar hoje - zomba observando o laboratório - se bem que deixou pra ligar numa hora bem ruinzinha né? - ri mais uma vez.

- Tá fazendo o que? Roubando um banco? - ri.

- Quase isso - dá de ombros.

- Como? - Caleb ficou um pouco sério sem entender direito com o que Ayumi queria dizer.

- Resumindo, tô numa missão que o Shigaraki me deu - explicou - eu e Akira vamos roubar umas substâncias de um laboratório - conta mais uma vez.

- Você e Akira? Numa missão do Shigaraki? Por que que isso não faz muito sentido? - ironiza.

- Bom, - Ayumi puxa uma de suas pernas para cima da beirada de cimento - basicamente Shigaraki me ligou, me deu todos os detalhes do que deveríamos fazer e me mandou encontrar Akira perto de onde estamos agora - explica - e também falou que eu só não estou sozinha por que o Kato insistiu que seus membros participassem sempre juntos - ironiza.

- Ah, então é só pra ele manter o olho em você - suspirou Caleb - ou pra ganhar atenção do Shigaraki - zombou.

- Pensei nas mesmas coisas - riu - até parece criança mimada - ela revira os olhos.

Um pequeno silêncio se fez entre eles, Ayumi suspirou fundo e por alguns segundos pensou.

- E... Como estão as coisas aí? - uma certa preocupação subiu no peito de Ayumi, a imagem da expressão de Caleb quando lhe contaram sobre a missão se repetia na mente da garota como um grande loop infinito.

An anti-hero (Oc, Boku No Hero)Onde histórias criam vida. Descubra agora