✤ Suspiro:

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Deixei escapar um suspiro de incredulidade, sem saber do que Baller estava falando. 

O monge tocou uma pequena sineta.

- Precisamos dos benzedores. Faça uma pequena oração antes de partir, rapaz. O templo está quieto demais e isso me assusta. Pegue suas coisas e vá, rápido. 

Eu consenti e me pus a abrir meu coração ao meu Deus. Minutos depois, os benzedores empurraram a porta atrás de mim e se aproximaram lentamente sob o silêncio de seus capuzes, sem interromper minhas preces. 

Baller, no estrado, abriu seus olhos assustado. Eu, confuso, tratei de olhar ao redor e percebi a razão do espanto. 

Olhos brancos e sem íris espreitavam de dentro dos capuzes; olhos famintos, ávidos e fantasmagóricos. Baller não esperava que ele fosse o primeiro a ser atacado; os demônios subiram no estrado e subjugaram a vida do meu pobre mestre.

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