Adultério - ShiIta

Segundo

Itachi estava em uma das sedes da empresa, no escritório de seu pai, atual CEO e sócio majoritário das Uchiha. O primogênito de Fugaku possuía o cargo de diretor financeiro, sendo graduado em ciências contábeis e pós-graduado na área de finanças administrativas.

O pai sempre ansiou ceder seu posto para um dos filhos e, desde cedo, Itachi havia se mostrado interessado em seguir carreira na área, perguntando incessantemente sobre o trabalho de seu otou-san sempre que tinha a chance.

Naquele momento, não eram pai e filho ali naquela sala, mas sim dois funcionários da empresa, totalmente envolvidos em uma intensa discussão sobre assuntos que dizem respeito à ela.

Itachi estava sentado sobre um estofado, observando Fugaku andar de um lado ao outro, tentando absorver as palavras que ouviu.

— Como isso foi possível? — O homem perguntou totalmente exasperado.

— Adulteraram nossas assinaturas. A minha, a sua, de Shisui e Kagami. — Respondeu com a maior calma possível. Era preciso se manter racional para que o problema fosse resolvido e, felizmente, ele estava tendo sucesso nisso.

— É possível provar? — Fugaku parou de andar e o olhou, o rosto cansado, exalando estresse.

— Eu levei em pelo menos três peritos, foi difícil... Mas sim, conseguimos provar.

— Desgraçados. — O homem passou a mão pelos cabelos. — Não posso acreditar que eles fizeram isso. — Riu nervoso. — Nem que foi tudo planejado por ele. Como ele pensou em algo de forma tão minuciosa é um mistério.

— Izumi o ajudou. — Itachi comentou e se encostou de forma mais confortável no sofá escuro.

— O que? — O outro Uchiha perguntou alarmado.

— Izumi o ajudou. — O jovem repetiu monótono, já esperando aquela reação.

— Você se casou com ela sabendo disso? — O tom era julgador, mas Itachi não deu atenção.

— Não, eu descobri depois. — Disse. — Felizmente, isso impediu que eu pudesse demonstrar minha desconfiança de algum modo e fazer com que ela soubesse as minhas intenções.

— Eu preciso fazer alguma coisa. — O patriarca falou para si mesmo.

— Não, 'tou-san. Eu irei resolver, já está tudo encaminhado. Se o senhor se envolver tudo o que eu fiz terá sido em vão. — Itachi se levantou e parou na frente do pai.

— É a empresa da sua mãe. Ela lutou tanto para administra-la com louvor após o falecimento do meu sogro. — Ele se afastou e se sentou na própria cadeira atrás de grande mesa. — Ela confiou o cargo dela a mim para que pudesse seguir seu sonho de cursar engenharia, não posso decepciona-la deixando tudo ruir em um escândalo de corrupção. — Seu tom era totalmente desolado.

— Não se preocupe. — Itachi falou. — Eu vou resolver.

— Você não deveria fazer isso sozinho. Não há nada que eu possa fazer para ajudar?

— Já está tudo encaminhado, pai. Em alguns meses o nome das Uchiha estará limpo e eles estarão atrás das grades.

— Eu não sei nem como agradecer, filho. — Fugaku suspirou de forma audível. — Você será o maior CEO que essa empresa já teve. Você é íntegro, honesto, responsável e racional. Eu não poderia estar mais orgulhoso.

Itachi sorriu, era involuntário se sentir bem ao ser elogiado pelo pai. Ele se sentou na cadeira a frente da mesa e continuou a explicar minuciosamente toda a situação da empresa, relatando, em seguida, a forma que as ações ilegais impactaram no setor financeiro, pelo qual era responsável.