Capítulo 08

536 45 18
                                    

Sempre existe alguém muito apaixonado por você, e esse alguém sonha viver longos anos ao seu lado.
Querido John

          Tomamos nosso café com quase toda a família a mesa, faltando apenas o pai do Arthur que ainda estava trabalhando e só chegaria a noite. Pedrinho continuava agarrado a mim, sentado no meu colo, aproveitando para comer junto comigo. Eu estava impressionada como por foto ele era tão parecido com o tio, mas pessoalmente parecia uma mini cópia. Até a forma de fazer algumas expressões, o jeito. Analisava enquanto prestava atenção nele pegando um biscoito.

          - Thais, estou chocada como ele se parece com o Arthur, até o jeitinho.

          - Não fala não. É o jeito, a personalidade, a cara... Meu irmão faz questão de lembrar disso o tempo todo. Acabei fazendo um mini Arthur. Só estou aguardando a hora que a minha vez chegar e ele arrumar uma mini Thais. Eu preciso dessa reparação histórica - Todos nós rimos.

          - Eu fico ando nessa história? - Disse Dani com um pedaço de pão na mão. - Só observo. 

          - Quem sabe a Thais não arruma uma irmãzinha para o Pedrinho e vem com a sua cara. - Pontuou minha mãe.

          - Por enquanto eu passo, vou deixar essa história de crianças para Carla e o Arthur que estão mais novos. - Todos olharam para Thais como se ela estivesse dizendo algo proibido.

          - Quem sabe um dia a gente consegue resolver essa história e vem um Luquinhas com o dentinho coisadinho assim... - Respondi na maior naturalidade do mundo, dando um sorriso. - O futuro a Deus pertence. Todos concordaram.

          - Eu rezo por isso todos os dias - Falou Dona Bia, juntando as mãos. - E quando acontecer vou ser a primeira a soltar foguete e gritar "Carthur Vive" igual a Pocah. - Todos riram.

          Terminamos de comer. Com a ajuda das irmãs do Arthur, tiramos todas as nossas coisas do meu carro e levamos para o quarto que era dele. O lugar estava perfeitamente arrumado, alguns instrumentos na parede, uma televisão em cima da mesinha, imaginei logo que seria para os jogos, uma cama de casal no meio. e um guarda roupas pequeno no canto. Fomos avisadas que poderíamos usa-lo, se quiséssemos. Eu obviamente para facilitar já fui logo desfazendo a minha mala e colocando em um dos lados. Aproveitamos também para pegar os presentes, já colocando-os debaixo da árvore de Natal. E como era de se esperar, o Pedrinho viu todos aqueles embrulhos e queria de todo jeito abri-los. Como já imaginava que isso poderia acontecer deixei um presentinho separado para entrega-lo antes. Dei a ele uma pista de carrinhos, para que pudéssemos montar juntos. Acabou que passamos o restante da tarde e boa parte da noite montando o brinquedo de diversas formas. Acabou que todos entraram na brincadeira. Há muito tempo não ria tanto.

          - Boa Noite - Chegou seu José cumprimentando todos nós que estamos jogados no chão da sala com peças coloridas espalhadas para todo lado.

          - Boa noite seu José, invadimos sua casa - Respondi com algumas peças do brinquedo na mão. 

          - Que prazer finalmente poder te conhecer, fico muito satisfeito que você tenha vindo. Podem invadir a vontade, a casa é de vocês. - Disse sorrindo de forma simpática. - Só não reparem, que preciso urgente de um banho. Ainda mais que estava na rua o dia inteiro. 

          - Imagina, pode ir. - Respondi. O pai dele parecia ser uma pessoa mais reservada, tinha uma aparecia mais cansada, talvez pelo horário e pelo trabalho pesado.

          O jantar foi super movimentado, cada um me contava uma história diferente de quando eram crianças e o quanto aprontavam, que apesar de tudo tentavam ao máximo estar sempre juntos. Terminamos o jantar, enquanto minha mãe ajudava Dona Bia com a limpeza, as meninas e eu fomos para a casa da Thais, deixar meu carro na garagem da casa dela, para deixar livre a garagem dos pais, para quando o Arthur chegasse. Quando chegamos lá, Pedrinho fez questão de mostrar o quarto dele e cada brinquedo que tinha, começando a insistir para que eu dormisse com ele. Com muita insistência, ele acabou vencendo. Tivemos que voltar até a outra casa, para pegarmos algumas  coisas que precisaria. O lado bom é que as duas casas eram próximas.

Uma Nova ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora