I love you got your daddy issues

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Flashback on

— Sério, você veio pra dizer isso na minha cara Brian O'Conner?

Marya bufou furiosamente ao ver o policial em sua porta, na maior cara de pau para terminar com ela, mas mesmo assim abriu deixando que ele entrasse, antes de voltar para sala. A ruiva era muito madura para sua idade, mas as vezes ela agia como a menina de quase 25 anos que era, mimada e implicante. Naquele momento ela sabia o que ia acontecer, e não queria perder seu único ponto de apoio

— O que? Queria que eu mentisse e fosse um péssimo pai pra nossa filha? Seja racional, eu não tô pronto pra ser pai

Brian O'Conner respirou fundo e então entrou na casa da ruiva, fechando a porta atrás de si e a seguindo até a sala. Haviam algumas pastas da delegacia em sua mão, já que nos últimos tempos a prioridade dele era o trabalho.

— Pode, por favor, não complicar as coisas Mary? Se tá doendo pra você, imagina pra mim

— Você pode, por favor, respeitar pelo menos a morte do meu irmão e a filha que eu tô esperando?

Ela se virou fracamente para ele, respondendo à pergunta no mesmo tom, sua voz adquirindo o sotaque russo que aparecia quando ela estava furiosa.

— O que quer seja que tenha vindo falar comigo não estou interessada em ouvir, e como eu já sei que você é um filho da puta... —
Ela segurou o choro, estava assustada, impaciente e por puro orgulho e arrogância entregou a aliança a ele. Era terrivelmente difícil ter uma conversa civilizada com alguém que pouco demonstrava seus sentimentos como Brian, mas ela insistiu e pegou o último presente que ele havia dado, lhe estendendo em seguida como devolução.

— Esquece que eu existo, esquece que você tem uma família. É a última vez que eu quero ver essa sua maldita cara na minha frente.

— Me desculpa de verdade, você merece alguém melhor — Ele disse com uma expressão triste e cansada no rosto, mantendo para si segredos de trabalho que ele achava que não iam afetar sua amada se ela não soubesse

— Eu apenas queria me despedir, fazer isso com honra.

— Já que já se despediu, vai embora. — Marya fechou a porta com toda sua força. Completamente desolada e sem chão — eu odeio você!

Ela se sentou no chão com as costas coladas a porta e começou a chorar com desespero enquanto abraçava sua barriga volumosa. Qual seria o destino de sua filha? Ela sabia que se o conselho a encontrasse antes da pequena nascer matariam as duas

— Vai ficar tudo bem minha pequena, assim que tudo isso acabar eles nos deixam em paz.

Flashback off

(7 anos depois)

Marya estava na sala de estar distraindo seus filhos quando alguém bateu na porta. A ruiva pegou o punhal que sempre estava em sua cintura e abriu a porta dando de cara com a velha Agnes Bouvier, líder do coven ao qual a cigana pertencia

— Eu acho que você não está entendendo a gravidade do assunto. Eles temem vocês porque nunca viram ninguém como você e seus filhos, o Conselho quer a sua cabeça, porque acha que você é uma ameaça e antes que tente retrucar, eles têm motivo para te levar a outro julgamento, você desobedeceu sua sentença e escondeu as crianças em território inimigo. — Agnes falou rapidamente olhando Marya com seriedade, ela se preocupava mais com as pequenas crianças do que com a bruxa a sua frente

— Ninguém vai tirar meus filhos de mim Agnes. — rebateu olhando os filhos e se pegou pensando em como eles eram tão parecidos com o pai — Se veio aqui me avisar que vão me condenar a morte, agradeço imensamente, mas eu já morri por dentro há muito tempo, então não, não estou nem um pouco preocupada com isso.

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