Velhos e bons momentos

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Em um certo quarto podia-se ouvir uma longa discussão, pois um loiro explosivo brigava com o esverdeado pela quantidade de comida no prato, julgada por ele como exagerada

Katsuki- eu não vou comer isso tudo

Izuku- ah Katsuki deixa disso, tem pouca comida aqui, se você não comer vai morrer de fome não acha?

Katauki- pelo menos assim não preciso mais olhar na sua cara para sempre – Izuku fecha a cara, o mais alto percebeu a burrada que fez, falou coisas no impulso novamente, o menor deixa a bandeja de comida na escrivaninha e agarra os pulsos de Katsuki e o prensa na cama, ele sobe encima do mesmo e o encara com um olhar nada amigável, o loiro estava sem saída e mesmo que não admitisse estava um pouco assustado, ele se via mais uma vez vulnerável, estava à mercê da pessoa encima de si

Izuku- Bakugou você está me cansando, acha que me esqueci do que me disse mais cedo? Eu não sou sua cadelinha para você fazer o que bem entende, ou você acha que estou brincando em relação a você? Se acha que estou te usando ou coisa parecida então acorda, não estou brincando com seus sentimentos, então não fique pisando assim nos meus, agora me diz, eu sou apenas uma experiência para você Katsuki Bakugou? Responda-me com total sinceridade, dependendo da resposta eu simplesmente sairei da sua vida para sempre, assim não será mais incomodado – Bakugou se esqueceu que Izuku não correrá mais atrás dele, e que se ele for realmente embora então ele definitivamente irá sem olhar para trás, Katsuki encara o outro lado do quarto como se aquele ponto fosse mais interessante do que o ser a sua frente, e o responde baixinho

Katsuki- me desculpe – falou em um breve sussurro

Izuku- oi? Pode falar mais alto?

Katsuki- ME DESCULPA INFERNO, e-eu agi por impulso, n-não queria ter dito aquilo de manhã, e não me faça repetir ou eu mato você – o esverdeado abre um largo sorriso, Bakugou suspirou aliviado antes de ser surpreendido por um selar de lábios, Izuku havia lhe beijado suavemente em um breve selinho, o loiro não iria reclamar, estava com saudade da boca do outro, um pensamento estranho para ele, mas que não saía de sua cabeça, observou o outro se afastar e lhe oferecer a mão para levantar, aceitou de bom grado e viu o menor colocar a bandeja de comida na cama indicando que ele devesse comer antes que esfriasse

Izuku- desculpas aceitas, agora coma logo para fazermos outra coisa além de olhar para a cara do outro

Katsuki- tsc, acha que vou fazer algo com você depois de comer?

Izuku- mas você vai, eu não te dei opção, sou seu convidado então me entretenha, interprete como quiser – o esverdeado pisca para o loiro e o mesmo começa a comer desesperadamente sua comida, parecia que não comia há anos, sentia falta da comida de sua mãe, o almoço não fora muito agradável para ele

Katsuki havia acabado de comer, desceu para levar seu prato e viu sua mãe lhe encarando estranho, como se desconfiasse de algo, mas a mesma não disse nada, lavou sua louça e levou consigo salgadinhos e refrigerante, quando entrou no quarto viu o pequeno indo ao seu armário e pegando o jogo que costumavam jogar, Katsuki ficou confuso sobre como ele se lembrava de que o jogo estava ali, se aproximou da mesa de centro do cômodo e depositou os alimentos encima

Katsuki- como sabe que o jogo estava ai? – depois de perguntar ele se senta no chão e começa a ligar o videogame

Izuku- não sei, apenas... intuição?! Mas e ai bora jogar?

Katsuki- tanto faz...

~time skip~

Katsuki- quando ficou tão bom nesse jogo? - o loiro ficou indignado de perder 3 vezes para o esverdeado

Izuku- treinando eu acho, eu me lembro de jogar muito quando era criança, se não me engano eu competia com alguém mas sempre perdia, então para isso não se repetir eu treinei em casa, queria poder me lembrar mais detalhadamente – nesse momento Katsuki abaixa seu olhar, era ele próprio com quem Izuku jogava, se sentia mal pelo amigo não lembrar nem dos bons momentos – ei o que foi? – Izuku finalmente entendeu o estranho comportamento do loiro – já entendi, era com você que eu jogava, não era? Afinal eu não me lembro de ter tido muitos amigos, se é que eu tive algum, não fique pra baixo, acredito que um dia me lembrarei de tudo

O pequeno abre um singelo sorriso, e no estômago do maior nasceram-se borboletas, eles fizeram outras coisas além de jogar, até mesmo conversaram, risadas podiam ser ouvidas no andar de baixo, dona Mistuki estranhou esses sons, pois sabe que seu filho vive gritando, ainda mais com o pobre garoto lá encima, ela percebeu que seu filho estava diferente, e aos poucos ela compreendia a raiz do motivo, hora vai e hora vem, o relógio já batia 22h da noite, se distraíram muito nesse tempo mas a hora do verdinho chegou, sua mãe bateu na porta dos Bakugou pronta para levar seu filho de volta, o loiro sentiu um aperto em seu coração, sua noite estava maravilhosa demais para deixar o pequeno partir, antes que o mesmo passasse pela porta do quarto, seu braço é agarrado por um certo alguém

Izuku- o que está fazendo? Katsuki se me agarrar eu não consigo descer

Katsuki- você vai mesmo embora? n-não quer ficar? Eu permito que vá embora amanhã

Izuku- ah por que não disse antes? Tudo bem por sua mãe eu ficar aqui? Se você está me pedindo desse jeito tão adorável como eu posso negar não é mesmo? – o loiro antes branco fica vermelho como um tomate, o que para Izuku é a perfeição

Katsuki- e-esquece o que eu disse nerd – antes que ele pudesse se virar, Izuku o surpreende com um abraço apertado, ele conseguia sentir a respiração do menor em seu pescoço, seu corpo se arrepiou com cada respiração pesada, seu coração foi a mil com essa aproximação repentina, um delicioso cheiro de marshmallow pôde ser sentido vindo dos cabelos verdes e rebeldes do outro, esse cheiro doce embriagou Katsuki que se viu lhe devolvendo o abraço inconscientemente, Izuku apenas soltou um ar de felicidade

Izuku- quando quiser minha companhia é só pedir, como fez agora, não é tão difícil assim vai

Katsuki- é claro que é – o loiro já vermelho com toda a situação escuta uma gargalhada contagiante, tão gostosa de ouvir quanto o som dos pássaros

Izuku- está bem, está bem não vou julgar não, agora vamos lá falar com minha mãe, no seu caso você fala com a sua, ai depois podemos fazer o que você quiser

Katsuki- o-o que eu quiser? – os pensamentos do loiro a esse ponto já voaram para longe imaginando mil e uma coisas que ele poderia fazer com o outro, mas com esses pensamentos ele não percebeu o quão vermelho ficou novamente e faltava apenas escorrer saliva pelo canto da boca

Izuku- seu pervertido pare de pensar besteiras hahaha, mas se pedir eu faço

Katsuki- argh seu nerd vamos logo – Katsuki foi o primeiro a sair do quarto deixando o esverdeado contente e satisfeito para trás, o loiro pensava se convidá-lo para dormir em sua casa tenha sido a melhor ideia possível

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