Entre Desavenças

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Acordei toda torta e dolorida por ter dormido no sofá, graças ao meu pai hoje levantei duas horas adiantada para poder me arrumar, fui tomar um banho bem relaxante para começar bem o dia.

Estava me arrumando quando recebo uma mensagem de Mariana me avisando que passaria na minha casa para irmos a faculdade juntas e me falar sobre o trabalho, ainda tinha que falar com os meus pais sobre isso. Desci como escadas e fui para cozinha onde minha mãe e meu pai estava.

-Bom dia - Falei chegando na cozinha sentando na bancada.

-Bom dia filha, não acordou atrasada hoje, que dia! - Meu pai disse brincalhão.

-Haha, muito engraçado senhor Bernardo, preciso falar com vocês .. - Digo

-Meu deus, não me fale que está namorando - Meu pai fala com a mão no peito.

-Não pai, eu vou começar a trabalhar, quero ter o meu próprio dinheiro, entende?

-O que? Porque ? você sabe que não tem necessidade Carol - Minha mãe diz.

-Não mesmo filha - Meu pai diz

- Mas vai fazer bem pra mim, ter meu próprio dinheiro, quero ocupar minha cabeça, vocês já fazem muito por mim, e talvez eu comece em uma biblioteca.

-Se você acha que vai ser bom para você então .. - Minha mãe disse.

A campainha logo toca, creio que seja Mariana, subo correndo para pegar minha bolsa, e quando volto para sala ela está sentada no sofá conversando com os meus pais sobre a festa, quase esqueço de falar para eles. Não iria falar amanhã em cima da hora, se eles não deixariam eu ir.

-Sim, é uma festa tranquila tia, não vai ter nada demais, só alguns amigos da faculdade - Mariana diz tentando convencer minha mãe e meu pai.

-Sem meninos né? - Meu pai pergunta e minha mãe lança um olhar brincalhão para ele.

-É claro que vai ter pai, é uma festa de faculdade, não tem só meninas na faculdade ! - Digo chegando na sala e meu pai me lança um olhar de ciúmes.

-Tá certo Mari, você me convenceu, eu deixo ela ir sim - Minha mãe diz e eu e Mariana batemos palmas em gesto de comemoração.

Quando eu e mariana estamos saindo na direção da porta e meu pai dá um grito abafado da cozinha.

-Sem meninos !!

Eu e Mariana saímos dando risada em direção ao carro que estava estacionando na frente da minha casa, e logo partimos para a facul.

Entramos na faculdade e encontramos Alice correndo com vários livros na mão, creio eu que em direção a biblioteca da escola.

-Onde você vai Alice ?? - Mariana grita para ela escutar.

-Tenho umas coisas para preparar minha aula de hoje, têm um bom dia meninas.- Diz continuando a correr equilibrando a pilha de livros.

-Ok então, vamos pra sala Carol? - Mari fala já se virando para o elevador.

-Será que hoje o Luciano vai estar menos rabugento? - Pergunto suspirando já pensando em como ele costuma ser chato, principalmente de manhã.

-Acho que hoje estamos com sorte.- Mari fala assim que lê o folheto na porta dizendo que teremos o dia com aulas vagas já que o Luciano esta em uma reunião.

-Bom dia Mari- Uma voz grave atras de mim me impede de comemorar por não ter que encarar o mal humor de Luciano, me viro para ver quem é o dono da voz e vejo o moreno creio eu que o tal de Lucas.

-Bom dia lucas, essa é a minha amiga Carol.- Mariana diz . Ele se vira pra mim com um sorriso simpático.

-Oi Carol, Prazer em conhecê-la -Lucas diz simpático.

-Prazer em conhecê-lo também! Mari fala muito de você -Digo Para o garoto ao lado de Mari enquanto ela só me olha incrédula pela minha fala.

-Sua cadela, ele vai pensar que eu falo dele 24 horas por dia, ele vai pensar que sou tipo uma júlia da vida. -Mariana cochicha no meu ouvido em um tom quase inaudível.

-Que? -cochicho de volta com uma expressão completamente confusa.

-Eu só vim para falar com vocês, os caras estão me esperando no campo pra aproveitar o dia sem aula, vamos jogando bola, se vocês quiserem ir pra ajudar na torcida...-Lucas diz olhando para nós duas enquanto permanecemos cochichando uma com a outra.

Lucas percebeu e pigarreou olhando para nós duas chamando nossa atenção.
-Tudo bem que o jogo não vale nada, mas se quiserem gritar meu nome até mesmo fora do campo, eu ficarei bastante animado.

-Cala boca Lucas, vamos descer daqui a pouco.-Mari fala me puxando para o elevador.

Já estamos sentadas na arquibancada quando eu vejo o Guilherme vindo lado a lado com uma menina de cabelos vermelhos, Julia. Ela se inclina para lhe dar um selinho que não é muito bem retribuído e se senta na primeira fileira.

Guilherme vai até lucas que esta muito ocupado olhando pra Mari ao meu lado lançando beijinhos no ar para ele, quando Lucas pisca para Mari, o Guilherme segue o olhar parando sobre mim mandando uma piscadinha, na hora eu fico confusa e tenho certeza que meu rosto se contorceu em uma careta pra ele.

-Esse tal de Guilherme não namora? - Pergunto desacreditada pela cara de pau do garoto que tinha sua namorada a uns metros de distância e me mandando piscadelas.

-NAMORAR??? Guilherme??? Guilherme Ferrero???.- Mariana berra a primeira parte e depois cai na gargalhada. 

-Coloca no jornal e distribui pela faculdade Mariana Garcia.- Digo tentando disfarçar os olhares que atraiu com o grito e as risadas descontroladas.

-Desculpa, mas o que você falou agora foi quase uma piada, o Guilherme é um tremendo galinha, narcisista, já dormiu com a metade da faculdade, se um dia ele namorar será por uma falha feia na matriz.

-Porque ele vive grudado com a Júlia? vc eles tem uma relação aberta ou algo assim?

-Corrigindo, a Julia vive grudada nele como um maldito carrapato mas ao contrário de sangue ela chupa outras coisas e esse é um dos motivos para ele não ter dado um belo pé na bunda dela.-Dou um tapa no braço dela rindo da forma que ela fala.- Mas enfim eles são apenas uma foda fixa, mas na cabeça dela eles vão se casar depois da faculdade e ter 3 filhos catarrentos e chorões que vão crescer sendo rebeldes, pintando os cabelos desse vermelho estranho e -Quando ela fala explodo em uma risada alta.

-A forma que você viaja me impressiona.- Ela da os ombros virando pra mim enquanto cruza os braços.

-Mas por que? você está tão interessada no Guilherme?, Já te aviso para tomar cuidado porque a Julia é uma vaca! ve quando o assunto é guilherme...minha filha você não vai nem querer saber.

-Como assim?? - Pergunto intrigada com a forma que ela falou como se a menina fosse me matar e moer em espremedor de alho.

-Uma vez ela fez uma garota ser humilhada na frente da faculdade de uma forma tão horrível que a coitada pediu transferência para outra unidade

-Ainda bem que desse Guilherme eu quero distância.- Ela me olha como se não tinha acreditado em nenhuma palavra se quer.

-Você mente tão mal Carolina Sanches- Dou risada e quando vou retrucar sou interrompida por um baque seguido de uma dor de cabeça forte.