"eu sempre acreditei que almas gêmeas estavam destinadas a se amarem para sempre a partir do momento em que se encontram. Acabei descobrindo que almas gêmeas estão destinadas a se encontrarem mas não a ficarem juntas."
Melissa Alencar sempre foi uma...
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Rio de Janeiro - 23:17 Matheu Bitencourt
Chegamos na quadra e os meninos estranharam a Melissa ter ido comigo mas não ligaram que ela jogace.
- Você vai ser do time do Matheu? - Gustavo pergunta olhando para ela.
- Não, na verdade eu vou acabar com ele - ela diz com um sorrisinho de lado. E tenho que dizer ela é muito linda.
- Ok eu amei você. - Gustavo sorri - Vamos ser melhores amigos!
- Ok então.- Melissa diz também rindo. O jogo tinha começado a uns dez minutos e meu time estava ganhando de um a zero - gol feito por mim inclusive.
- Achei que fosse acabar comigo! - disse provocativo encarando a morena.
- Acontece que eu queria ver esse seu sorriso desmanchando. - é o que ela diz antes de roubar a bola dos meus pés e ir driblando os garotos até chegar no gol.
Ela bate na bola com força marcando um dos gols mais bonitos que eu já vi.
[...]
- Caraca Matheu perder de oito a um pra uma garota é humilhante. - um dos garotos do time da Melissa diz rindo.
- Tá pior que Brasil e Alemanha.
- Queria dizer que, um: eu disse que acabaria com ele e dois: eu ser menina não tem nada haver babaca! - Melissa diz olhando para o garoto.
Os meninos foram saindo aos poucos restando apenas eu e a Melissa ali sentados.
- Você é realmente muito boa.- olhei para ela.
- Valeu.- ela sorri simples.
- Eu sei que eu perdi - encaro ela - mas, posso ganhar meu beijo mesmo assim?
- Claro - ela diz me fazendo sorrir - que não!
A garota começa a dar risada enquanto meu sorriso some do meu rosto.
- Idiota! - digo brincando e ela solta mais um sorriso perfeitamente alinhado e encantador.
- Eu tenho que ir - ela diz olhando o relógio em seu pulso - me leva no elevador?
Assinto com a cabeça ficando de pé e começo a andar parando assim que vejo que ela continua sentada. A encaro confuso.
- Eu ganhei o jogo, esqueceu? - Ela me encara - para que eu vou andar se posso ir de carona nas suas costas?- ela pergunta rindo e eu a encaro meio relutante me aproximando dela.
Fico de costas enquanto a mesma sobe. Ela era leve como uma pena. Seguro firme em suas coxas enquanto a mesma passa os braços pelo meu pescoço.
Ando com ela até o Meu prédio que conscientemente era o dela também. Entramos no mesmo e ela aperta o botão do elevador. O mesmo estava vazio.
- Qual seu andar?- ela pergunta ainda em minha costas.
- vigésimo oitavo.- respondo simples vendo ela apertando o vigésimo oitavo.
- Você mora lá também?
- Sim, no 622. - ela responde rapidamente.
- Caralho! - digo impressionado - Você mora na cobertura?
Ela apenas confirma com a cabeça.
Não demora muito para o elevador parar no nosso andar e eu saio do mesmo ainda carregando a garota nas costas.
A gente se conheceu a algumas horas e eu já tô carregando a garota nas costas, lamentável de verdade.
- Entregue - digo e ela sai das minha costas. Estavamos em frente a porta do apartamento dela.
- Obrigada - ela sorri - boa noite.
Antes que ela entre me apresso em dizer:
- Amanhã vai ter uma social na minha casa, vão ter poucas pessoas e acho que vai ser legal para você se enturmar.
- na real eu prefiro continuar invisível, obrigada.
- por quê? - a encaro cunfusa.
- É que eu não sou do tipo de ter muitos amigos e eu já sofri muito com amizades então prefiro ficar na minha. - o olhar dela parecia triste e muito perdido.
- Olha vai ser legal e terá pouca gente. Além disso amanhã é o último dia de férias temos que aproveitar. - digo colocando uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.
- Tudo bem. - ela sorri de lado - mas se eu me sentir desconfortável eu vou sumir ok?
- Ok - sorri - me passa seu número.- pedi e ela digitou o número no meu celular. - começa às 19h00.
- Combinado. - é a última coisa que ela diz antes de entrar em seu apartamento.
Fui até o Meu apartamento sorrindo que nem um idiota.
Eu mal conhecia ela e já estava todo boiolinha na garota.
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