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vhope🍃

Viver da arte não era fácil, com toda certeza Taehyung era a prova viva disso, depois do seu início explosivo no mundo da arte e um retorno magnífico na venda de seus quadros, Taehyung descobriu que viver de quadros e artesanatos era muito mais complicado do que ele um dia imaginou.

Como aquele dia mesmo, em que expôs seus quadros numa galeria, sorriu para bastante gente rica e não conseguiu um tostão furado. Sua cabeça estava estourando e depois de quase quebrar a chave que parecia não querer entrar no buraco da fechadura ele finalmente estava em casa.
Jogou os sapatos um para cada lado e arrancou a própria camiseta se jogando no sofá de couro amarelo de sua sala colorida. Cobriu os olhos com o braço direito, suspirou cansado e desejou por um mínimo segundo que seu namorado chegasse cedo em casa para recarregar suas energias.

Quando conheceu Jung Hoseok, não imaginava a importância que aquele garoto de cabelo platinado e allstars amarelos surrados teria em sua vida. No primeiro encontro dos dois o platinado jurou estar interessado em comprar um cinzeiro do garoto e depois de elogiar o trabalho manual do acastanhado por pelo menos uma hora inteira, finalmente tomou coragem e pediu o número do artista do colégio vizinho.
Flertaram por meses inteiros até que finalmente se beijaram e desde essa época não se desgrudavam por nada. Quando Taehyung estava mal, Hoseok e seus braços calorosos alcançavam o moreno e não largavam até que houvesse um sorriso quadrado que ele tanto amava e Taehyung sempre estava com o colo e as mãos livres para fazer um cafuné para tranquilizar as crises de ansiedade do namorado.

Mas a rotina da vida adulta tirou os dois pombinhos do conto de fadas que estavam vivendo, os encontros eram cada vez mais complicados pois os horários eram desconexos e quando chegavam estavam tão cansados que mal se tocavam. Para um casal que vivia a 200km/hr viver em 40 era absurdamente desgastante.

Kim sentia falta dos lábios finos nos seus, dos dedos magros apertando e puxando seus cabelos enquanto marcava o pescoço branquinho com selares e chupões, sentia falta da língua habilidosa se misturando a sua em seus beijos selvagens. Podia dizer que estava se sentindo como um viciado sem suas drogas, estava em abstinência.

Com o sentimento crescendo conforme os minutos no sofá passavam, tomou uma decisão por puro tesão acumulado, não iria deixar que aquela noite passasse em claro sem que namorasse um pouco com seu homem.

Depois de tomar um banho longo e lavar os cabelos morenos com shampoo de morango, vestiu uma bermudinha e uma camiseta preta duas vezes maior que seu tamanho, o charme real do look foi a faixa que ele colocou na cabeça para que o cabelo não ficasse caindo em seu rosto.
Já passava das seis horas da noite quando desistiu de esperar Jung na sala de casa, andou até seu ateliê e depois de rodar por muitos minutos, por fim, optou por fazer mais uma pintura para gastar o tempo.

Mas com o moreno nunca era para gastar tempo. Como sua maior paixão na vida era pintar, acabava sempre se imergindo em um mundo só dele, em que não saia até estar 100% satisfeito. Como 90% dos seus pensamentos estavam voltados para o namorado, decidiu recriar uma foto que era uma das suas favoritas, havia muitas cores e o sorriso do platinado brilhava sem precisar de flash na foto.
Depois de terminar toda a silhueta e contornar os pequenos detalhes da iluminação feita com tinta no quadro, já estava sem a blusa e com o rosto coberto com alguns rastros da tinta do pincel que acabava sempre esbarrando no seu rosto durante o trabalho. Estava tão envolto em seu mundinho paralelo, que só tomou consciência que o muso de sua obra havia chegado quando sentiu os lábios em seu ombro e a fungada característica que sempre recebia assim que o platinado chegava em casa, sendo praticamente instantâneo o sorriso em seus lábios, se virou com uma certa lerdeza para o outro, por conta da surpresa.

marijuana and sexOnde histórias criam vida. Descubra agora