Avisos: achei a foto da capa no Pinterest. Se alguém souber o artista, por favor me avisem para eu colocar os créditos 💛 Espero que gostem da história e que traga um quentinho no coração!
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O dia de hoje foi bem cansativo. Aqueles pirralhos me deram muito trabalho no treino e tenho a sensação de que a cada 5 minutos preciso separar o Eren do Jean, pedir para o Connie prestar atenção no que está fazendo e principalmente, pedir para aquela garota Sasha não ficar comendo enquanto usa o equipamento de manobras 3D.
Se o Erwin não fosse o Comandante, ele iria ter que ouvir umas poucas e boas dessa ideia ridícula dele, de me fazer treinar aqueles moleques.
Já está tarde e estou atrasado. Tinha prometido a Hange que iria ajudá-la em algumas questões sobre seus estudos daqueles malditos Titãs.
Sinceramente, meu interesse nessas criaturas é zero. Mas, parece que quando é a Hange que me pede para ajudá-la em algo relacionado a isso, apesar de tentar relutar e até mesmo tentar me safar disso, há algo nela que me impede de dizer "não".
Não sei dizer... O jeito que ela me olha, com seus olhos brilhando por trás daqueles óculos, o jeito que ela junta as mãos, como se estivesse fazendo uma oração, me implorando para que eu a ajude a capturar um Titã ou para que simplesmente a ouça.
Também percebi que, ultimamente, ela também vem usando uma artimanha que me causa uma sensação muito diferente: Hange começou a fazer biquinho pra mim quando quer alguma coisa, aquela louca...
Estou a caminho do seu laboratório, lembrando desse detalhe e me pego dando uma pequena risada.
Pelo horário, Moblit, o coitado do assistente da Hange, já deve ter desistido de tentar fazê-la comer alguma coisa e ir descansar.
Ao pensar nisso, algo vem à minha mente e de repente, me vejo dando meia volta e indo até a cozinha dos soldados da Tropa de Exploração.
Preparo um chá e um pão com manteiga, que era o que tinha na mesa e levo tudo em uma bandeja.
Não é a primeira vez que levo algo para a Hange comer. Lembro-me de uma vez em que ela fez um pequeno comentário de como estava com vontade de comer algo doce e senti dentro de mim uma estranha vontade de fazer esse "agrado" para ela.
Novamente, estou sentindo essa mesma sensação, mas não consigo identificar o porquê disso... A única coisa que sei é que nesse momento, eu quero levar algo para a Hange.
Ao chegar em seu laboratório, seguro a bandeja com uma das mãos e bato algumas vezes na porta com a outra.
Silêncio total.
Não acho isso estranho, porque aquela quatro-olhos fica tão focada em suas pesquisas, que esquece o mundo ao seu redor.
"Hange, sou eu" - digo, abrindo a porta.
Quando abro a porta, me deparo com uma cena que, sinceramente, não esperava.
Hange estava agachada no chão, com as costas apoiada na estante que ficava atrás de sua mesa. Suas mãos seguravam sua barriga e sua expressão era de extrema dor.
Ela nem percebeu que eu estava ali.
Fiquei tão assustado com essa cena que quase derrubei a bandeja com a comida. Rapidamente, coloquei tudo em cima da mesa.
"Hange!" - exclamei, preocupado - "O que aconteceu? Você está bem?"
Hange finalmente percebeu que eu estava ali ao seu lado.
"Levi!" - ela disse, com os olhos cheios de lágrimas, seus óculos apoiados na testa - "Eu nem vi você chegar... Achei que não viria hoje, porque imaginei que você, AI!!!"
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"Onde Dói?"
RomanceLevi encontra Hange passando mal por conta da menstruação e decide cuidar dela.