Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Através do espelho convexo de segurança — pendurado estrategicamente em uma das tantas colunas que seguravam a estrutura da universidade, mostrava o reflexo dela ampliado. Os raios fracos do sol daquela manhã fria de primavera refletiam sobre seus cabelos sedosos, evidenciando o brilho das suas mechas escuras e escorridas. A camisa branca com uma estampa de quatro meninas de um grupo famoso da Korea se destacava no seu corpo magro e pequeno. A calça jeans, de estampa clara, era larga e os tênis surrados das adidas completavam seu look despojado.
Convenhamos!
Aquelas peças de roupas juntas em qualquer outra pessoa seria um total desastre, mas na vice-presidente da irmandade, ficavam maravilhosas!
Realmente, era difícil algo em Kim Jisoo não ficar legal.
A garota popular tomava pelo canudinho seu achocolatado encostada em um dos canteiros altos do jardim, enquanto percorria seus olhos despreocupados pelos longos corredores quase vazios a sua frente.
Só algumas pessoas circulavam por ali entre as árvores de cerejeiras.
Jisoo observou um pequeno grupinho se aproximar causando um burburinho, e, assim que passaram por ela, a cumprimentam educadamente.
O silêncio a cercou por alguns instantes, dava só para escutar o som dos galhos sendo balançados pelo vento e o barulho desagradável do líquido sendo sugado acusar que havia terminado todo o conteúdo da caixinha.
Não precisou procurar muito, logo encontrou uma lixeira alguns metros distante. Um sorriso meia-lua charmoso brotou em seus lábios em formato de coração, fechou um dos olhos querendo focar o alvo distante e preparou-se para lançar o objeto com ambas as mãos. Segurou a respiração tentando se concentrar e quando teve certeza de que estava mirando certo, arremessou. O achocolatado bateu na borda, mas, para sua pura decepção, acabou caindo do lado de fora, no chão.
Ela era péssima no basquete, quero dizer, em todos os esportes exceto na sinuca, talvez, por isso, desde criança preferia os videogames. Diferentemente do seu desempenho nas atividades físicas, mandava bem nos eletrônicos.
Encolheu o rosto em frustração, mas deu alguns passos em direção a caixinha vazia, a pegando em seguida. Criou uma certa distância, um pouco mais perto e arremessou outra vez, embora, assim, como na primeira tentativa, falhou miseravelmente.
"Merda!" Pensou alto.
Ela era melhor no Nintendo.
Bem melhor.
Certificou-se que ninguém havia visto a cena e pensou em repetir o gesto, mas Olivia chamou sua atenção, surgindo de uma das portas das tantas salas que possuía ao redor, um tanto afobada, segurando uma sacola preta. A líder de torcida em passos ligeiros, quase em uma corrida, quebrou a distância entre elas, alcançando a garota de lábios em formato de coração e parou bem diante dela, ainda segurando a sacola, respirando curto, um tanto ofegante, um tanto pelo cansaço, mas muito pela adrenalina.
