23 de Novembro - Saudades

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            Chegamos aqui á alguns dias e levantamos acampamento numa casa abandonada que sinceramente não acho muito segura, as paredes tão rachadas e as plantas invadiram todo o local da casa até mesmo o banheiro, mas não tinha um local mais segura do que ali então foi o jeito. Depois de tirar um pouco dos cipós da casa ela pareceu até mas habitável, até que casa parecia de alguma forma bastante acolhedora, no andar de cima tinha um quarto bem bonitinho apesar de tudo o tempo não destruí o que havia ali no guarda-roupa tinha vestidos bem bonitos e bem preservados eu escolhi alguns apesar de tudo eu gostava de me vestir como uma princesa de contos de fadas mas geralmente eu não vestia aquilo. Todas as minhas roupas eu achava assim, menos minhas roupas de bebê que foram costuradas com retalhos de tecido pela minha mãe. eu escolhi dentre os vestidos que tinha achado a alguns dias o mais bonito com babados e renda branca e vesti para visita-la.                                                                                                

- Naomi está na hora.                                                                                                                                                          

- estou descendo.                                                                                                                                                                  

- você esta linda, tenho certeza que sua mãe também acha isso.                                                                  

 - eu sei, eu tenho a quem puxar.       


          O tumulo da minha Mãe não se encontrava muito longe da casa em que estávamos,  meu pai havia saído cedo pra  pegar as flores que minha mãe gosta, papai disse uma vez que enquanto vivermos e nos lembrarmos  dela  ela continuaria viva, confesso que até hoje não sei bem o que isso quer dizer, mas hoje eu sinto que de certa forma eu entendo apesar de não consegui explicar direito. O tumulo dela estava coberto de musgo na lapide nós passamos a maior parte do tempo limpando o local em que as plantas já se apossavam do local, depois fizermos uma oração  deixamos as flores no tumulo e mais uma vez dissemos adeus a mamãe,  nome Zola se destacava no meio das flores e me deixaram um pouco nostálgica, apesar de nunca ter a conhecido direito, meu pai sempre contara sobre ela e principalmente como eles nunca teriam se conhecido se não fosse esse grande desastre ele me chamava quando era bebê de milagre em meio ao caos, por eu ter nascido numa época conturbada e ele e minha mãe terem se amado em meio disso.

Morte a humanidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora