004. muitas tintas...

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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

No dia seguinte, enquanto ia ao encontro de Josh, meu plano ainda era tentar fazer a ele o mesmo que tivera feito a mim. Confesso que estava nervosa já que o mesmo nem havia respondido minhas mensagens de ontem, mesmo as tendo lido. De resto o caminho até a casa dele foi bem tranquilo. Levava comigo uma sacola com materiais e, ansiosa, não parava de checar se não havia esquecido nada.

Tocar a campainha foi um desafio. Pensava se não era uma melhor ideia ter dado meia volta e deixado a confecção pra outro momento. Mas quando seu irmão mais novo abriu a porta e gritou dizendo que eu havia chegado, percebi que não havia mais como mudar de ideia. 

– Oi, bom dia.– Parei de olhar para meus pés quando um Josh com uma carinha de sono apareceu na porta. 

– Oi. – Ele sorriu de lado de um jeito que o deixava fofo.

– Vem. Pode entrar. – Apesar de tudo, ele parecia normal. Não extremamente animado, mas não estava cabisbaixo. Ele só estava sério. Eu não sabia direito como conversar, nem se tocar no assunto em específico era uma boa ideia. Então apenas segui ele em silêncio covardemente.

– Meus avós já estão chegando. Eles saíram pra comprar umas coisas mas fica a vontade...– ele parou por um tempo como se estivesse ponderando alguma coisa. No fim, apenas perguntou-me:– Aceita água ou alguma coisa?

– Ah não. Obrigada. Eu estou bem.

Ficamos mais um tempo calados, ambos sem saber o que dizer ou fazer. Quando decidimos falar, o fizemos juntos, resultando em uma bagunça de palavras em que ninguém entendeu nada. Ele tentou falar sobre sentimentos, eu sobre as compras. Nossas tentativas frustradas de começar um assunto geraram apenas uma explosão de risadas e zero compreensão. Entramos em um consenso silencioso de que ele podia falar primeiro.

– Any, eu queria te agradecer por ter se preocupado comigo. Eu acabei não respondendo sua mensagem e, inclusive queria me desculpar não queria que você ficasse magoada ou ainda mais preocupada por isso, mas não foi sua culpa, eu só estava mal. Eu fiquei constrangido com o quão legal você estava disposta a ser. Muito obrigado por se preocupar, é importante pra mim. –terminando de dizer aquilo ele olhou nos meus olhos e sorriu.

– Não é nada além do que o dever de um amigo! Você fez o mesmo por mim... O mínimo que eu poderia fazer era te retribuir. Sabe, Josh, você é bem melhor do que o que os outros pensam. – lhe ofertei um sorriso tímido. Seu olhar ainda me parecia levemente triste mesmo que ele estivesse sorrindo. Eu queria muito lhe abraçar mas não acho que temos intimidade pra isso. Por isso resolvi mudar o foco da nossa conversa.

– Ei, ei. Eu consegui comprar os materiais pros nossos cartazes e a supervisora Olívia mandou os cardápios dessa semana por e-mail. Tá pronto pra por as mãos na massa? Porque, playboyzinho, eu quero que a Olívia veja o quanto nós podemos ser responsáveis e como esse teste é desnecessário desde os cardápios. – Ambos rimos sem nos importar muito. Nós dois sabíamos que merecíamos os castigos mas não deixava de ser fatigante e tedioso.

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⏰ Última atualização: Oct 13, 2021 ⏰

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