003. deixe eu te distrair.

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ANY GABRIELLY

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ANY GABRIELLY

Achar Josh não foi tão difícil: ele era o único doido sentado no gramado considerando aquele calor. Ele não demorou para me ver e acenar. Respondendo com um sorriso de lado, continuei a andar em sua direcão.

- Bom dia, Josh. Tudo bem?

- Bom dia. Tudo sim. -me respondeu com um sorriso- Como vai a vida?

- De verdade? Bem mal. - o sorriso que antes preenchia seu rosto deu lugar a um rosto preocupado. - O que você queria conversar?- perguntei tentando mudar de foco mas falhei.

- Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

- Não! - seu olhar desconfiado me fez corrigir minha resposta- Quer dizer, sim...

- Você quer conversar sobre isso?

- Eu não sei se consigo me abrir com você ainda... - sorri para ele de canto.

- Tudo bem se você não quiser falar. Eu respeito. Qualquer coisa, eu sou um bom ouvinte, mesmo que não pareça. - ele riu fraco.- Por enquanto, me ofereço para distrair você, que achas? Bora falar sobre a chatice do trabalho, que tal?

Assenti sorrindo como resposta. Por mais chato que Josh fosse, eu não poderia negar que ele estava sendo fofo. Conversamos sobre muitas coisas. O trabalho na verdade foi o menor dos assuntos. A tranquilidade que ele me passava era assustadora. Acredito que, apesar de toda a pose, Joshua possa ser um ótimo amigo. Acabamos decidindo que nos reuniremos em sua casa no dia seguinte para produzirmos os cartazes para a cantina. Depois disso Josh me pagou um sorvete porque, segundo o loiro, o sorvete deixa qualquer um feliz.

- Josh, você sabe que não precisa né?

- Any Gabrielly Rolim Soares, eu estou ordenando: escolha um sabor e aceite esse sorvete! Se você não quiser, eu quero. Afinal, o intervalo já está acabando.- ele falou tentando manter uma postura séria mas, no final, começou a rir, sem sucesso. Não conseguir ficar sem rir junto.

- Tá bom, tá bom- levantei em mãos em sinal de rendição- Eu quero um de morango, seu chato- Ele faz uma cara de ofendido e começa a falar com o sorveteiro da cantina.

- Eu pago sorvete para ela e ainda sou chamado de chato! Esses jovens de hoje são muito ingratos né, seu Carlos? A gente ajuda na maior boa vontade e eles só reclamam - Prestava queixa como um senhor de idade enquanto eu simplesmente ria.

- Ei! Muito obrigada, playboyzinho. Você conseguiu me fazer rir quando eu só queria correr para casa e chorar. - Sorri para ele vendo ele retribuir, satisfeito.

- E era isso que eu queria ouvir! - comemorou entre sorrisos na brincadeira.

Estava tudo bem até o seu Carlos soltar:

- Vocês se dão muito bem! Formam um casal muito bonito.

- Ew! Nós não somos um casal. - gritamos quase em uníssono. Inclusive, em boa parte do tempo, nem nos damos bem, seu Carlos. Ele riu da situação e nos pediu desculpa pelo equívoco, antes deixando escapar uma piscadela dizendo que deveríamos pensar sobre o caso.

trabalho em equipe. • beauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora