{4}

167 13 1
                                    

 
   Exatos doze longos anos se passaram,a vida era difícil para todos e Jungkook temia pela vida do pai,agora estava com dezesseis anos,seus pais conseguiram comprar um pequeno casebre no campo próximo a um riacho para o reino leste,era de fato um local adorável,porém como tudo parece dar  errado a vida garoto,não chegara a se mudar para a casa com os pais,sua mãe falecera em consequência de uma doença que havia pego a todos de surpresa,era silenciosa e quase invisível,um câncer?Um tumor?Não se sabe,a mulher não quis tratamento pois já estavam atolados em dívidas,porém mesmo a todo custo o pai tentou mante-la viva,comprava remédios e escondia-os na comida,o doce gesto não fora suficiente,os médicos de nada puderam fazer,e estava decretado sua morte em breves três meses,porém com força de vontade ela seguiu a vida ,com muito esforço,ela conseguiu viver mais três  meses.
    Seu velório fora na antiga terra natal,naquele belo Vale da Nevada aonde não existiam mais residentes.
   Fora embora tão nova,com apenas 37 anos,bela,era extremamente bela,e havia deixado corações quentinhos antes de partir,morrera dormindo e sorrindo,era até meio irônico,ela que sofrera praticamente a vida toda,mesmo depois de sua morte não deixava de sorrir,e mostrar que a esperança era a única que morre,a força,e a boa vontade.
    Mas isso não fora suficiente,seu marido apelidado carinhosamente de Romeu,não conseguira ficar sem sua Julieta,e o doce veneno do álcool era seu único consolo,até não conseguir pensar em outra coisa.Estava partido,e sem vontade de viver,era a depressão que o atacara,e o luto tão cruel que residia em seu coração.
  -Eu espero que o senhor da morte não demore a me buscar meu filho.
   -Não diga isso papai,eu preciso do senhor...Não me ama ?-Jungkook segurava a mão do pai,que mais uma vez estava num leito de hospital.
  -Amo,amo tanto, que não suporto ver você comigo,porque o problema é em mim,e eu não quero ver você sofrer por consequência de meus erros.
   -O senhor sabe que é meu único porto seguro,por favor me salve,não se vá.
-Me perdoe.
-E-eu lhe perdôo - Um menino choroso e sôfrego apertava a mão já gelada de seu pai,ele escolherá seu próprio futuro e nele,ele não estava envolvido.
   Um vento frio passará por si como se fosse realmente uma pessoa,oque lhe deixará deveras assustado,e viu seu pai lhe dar um último suspiro,antes de seus lábios arroxeados estarem mais aparentes,e com a única força que lhe restara dizer o nome daquela que tanto amou.
    -Julieta.
  Partindo assim,deixando um menino sozinho e exposto ao luto.
     Um mês após a morte do pai,Jungkook ainda morava na casa da senhora Mary,esta que não o deixava em paz e havia ficado mais cruel,ela já não era mais bonita,suas rugas eram aparentes e fazia uso constante de tabacos.
   Era inverno e todos pareciam mais entusiasmados,o natal estava chegando e enfim um ano novo começaria,deixariam as lembranças ruins de lado e as situações do ano anterior também.
    A esposa do rei Kim Taehyung faleceu em consequência de uma queda,e  este que já era recluso e quieto ficara pior,mas todos contam de que ele nunca a amou,tanto que não tiveram filhos e que o rei não quis por ser muito novo.
     Jungkook pov
  Meu dia estava corrido,fui ao correio deixar cartas para meus amigos e levei Momo comigo,para que comprasse sapatos e roupas,mesmo a mesma tendo uma quantidade absurda de sapatos,nunca entenderei as mulheres,mas cá estou eu,a ajudando a escolher um belo par de botas.
   -Eu quero lhe presentear também Kook.-Ela me mostra botas de inverno felpudas e grossas.
  -Não é necessário,eu não tenho dinheiro para lhe pagar.-pego de suas mãos as botas e ponho de volta,ouvindo um resmungo por sua parte e ela pegar de volta as botas e virando as costas indo pagar.
   -Não ligo.
Ela é sempre assim,não tem limites e não me escuta.
   -Pare de ser tola,já tenho botas e é muito caro.-pego suas sacolas.
   -O dinheiro é meu,e eu estou lhe dando,não espero dinheiro em troca,não preciso.-Ela sai em direção a porta e entra na carruagem.
    -Santo Deus me ajude  a não explodir.
   Ando marchando até a carruagem e a vejo fazer algum bordado,ela costumava fazer isso,não gosta de ser contrariada e prefere ficar quieta quando estressada,então apenas a olho fazer oque começou a uma semana,ela de fato não era uma expert em bordados.
     -Você nunca pensou em fazer algo diferente ?-A olho com curiosidade tentando compreende - lá.
   -Sabe,fazer algo por você,seus irmãos estudam e vão ter cargos importantes, você não acha que deveria fazer algo também? Casamento não é uma boa opção.-toco na barra de minha roupa desgastada.
    -Você é muito burro,como vou fazer algo se não sou boa em nada ?Mamãe me disse que eu deveria me casar,e eu não acho que seja bom estudar.Preciso de um bom marido.-Ela me encara com a feição dura.
    -Sabe ler e escrever,mas sua mente não funciona bem.Não suporto isso  em você,vá para longe de mim.-Ela volta a fazer oque estava fazendo,e  apenas assinto,me movendo rápido para um assento afastado.
    Senhora Mary deixava claro que não achava que sua filha tinha futuro,mas eu acredito que sim,Momo é tão inteligente e especial,adoraria que ela visse o futuro que eu vejo em Momo.
     Chegamos a mansão pouco depois,era hora do almoço e daqui a pouco tempo um dos melhores alfaiates de Versais viria fazer uma visita,eu o adorava,Jack era de fato um bom amigo.
    A sala de estar estava totalmente arrumada em clima natalino,as paredes haviam sido  mudadas,do verde passaram a ser vermelho e a enorme árvore estava tilintando de brilhos e enfeites,em baixo dela estavam vários presentes,embalados em papéis coloridos e bonitos das mais variáveis cores.
   Momo subiu para seus aposentos e me chamará com o olhar.
  Ela estava linda,seus cabelos negros e ondulados iam até a cintura e sua pele branca destacava em si o vestido azul claro,com suas mangas bufantes e seu vestido cheio de camadas.
      -É quente? -A olho
      -Em baixo de seu vestido.
      -Não muito,com  o tempo se acostuma.
    Eu costumava fazer perguntas a ela,ela sempre deixou claro que as odiava,mas não podia evitar,a curiosidade sempre fora uma característica forte em mim,mesmo sendo um bocado sem filtro as vezes e  até mesmo um pouco atrevido ,simplesmente não seguro meus impulsos e quando vejo,já estou lhe fazendo perguntas.
   Então era nosso acordo,uma pergunta por dia.
   
 

O Deus Da Morte KTH&JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora