Rio de Janeiro, 2018.
Hoje era mais um dia normal pra mim. Da imobiliária que eu trabalhava pra pista de skate, essa era minha rotina de sempre, diária pra falar a verdade.
Em todo lugar e aqui na pista as pessoas conhece por skatista, desde novinho eu venho aqui e acabou que esse apelido pegou, não me importo.
Na verdade, eu não me incomodo com nada. Acho que já levei tanto tapa na cara da vida que hoje eu sou assim; não liga pra nada e sempre que liga pras coisas sai como errado.
Minha mãe fala que eu sou muito impulsivo em relação a mim mesmo, por me tratar desse modo errado. Ela diz que as coisas não são bem assim, mas tudo pra mim é um erro.
Ou foi os mesmos tapas da vida que me fez ser assim? Tá aí uma coisa que eu não sei.
Eu comecei a pensar isso sobre mim desde o meu primeiro término de namoro, isso lá em 2013? Não sei, não me lembro certamente. Valentina, minha ex, vivia jogando na minha cara que eu estava errado, que eu fazia tudo errado e por isso me traiu. Eu fui o maior culpado de uma traição que nem cometi, talvez ela estivesse certa mesmo.
Já nos meus outros dois namoros, que na verdade não era exatamente namoro, acho que era mais um "ficar sério", as meninas tentaram me ajudar e eu só continuo me martirizado e sendo inseguro comigo mesmo. Pra mim eu só era mais um na vida delas e logo eu as encontraria na cama com outros também, esse foi o motivo dos meus dois términos.
Eu era na minha, mas tinha minhas amizades que é o Jota, Pedro, Daniel e Liz. Eles são irmão de outra mãe e a Liz, bom a Liz é minha caçula.
Nesse momento eu estava aqui na pista esperando eles chegarem pra gente ir em algum barzinho aqui perto, esse era o role de toda sexta feira.
Enquanto nenhum deles chegava eu fiquei fazendo manobra e algumas pessoas ficava olhando. Sempre vinha alguém e falava que eu mandava bem e sem querer me gabar esse era meu maior talento da vida.
Ô skatista do falsificado – ouvi alguém me chamando e logo identifiquei quem me chamava assim, Jota.
Henrique: Fala meu mano Tuim – Eai Dandan e Pedrita. – cumprimentei os Pedro e Daniel também.
Liz: Oi meu nego – Cheguei perto dela pra abraçar – Não me abraça você tá todo seboso, Henrique.
Henrique: henhenhe, Henrique. Chata – Falei fazendo gestos com a mão e mostrando a língua. – A gente vai pra onde?
Daniel Adega do bar que tem aqui perto, tá rolando um pagodinho lá.
Henrique: Então bora
Liz: Credo, não vai passar em casa pra tomar banho não? – Falou fazendo cara de nojo
Henrique: Eu não. Ninguém vai ficar perto de mim, cheirando meu cangote. Ou vai? – Falei olhando pra ela, sabendo que ela não sairia do meu lado um segundo.
Liz: Eu só queria ficar perto do meu melhor amigo cheiroso, não posso? – Disse rindo.
Henrique: Tá, vamo passar lá em casa então pra eu trocar de roupa. – falei indo pro carro.
Na frente veio Jota, atrás Dan, Pedro e Liz.
Foi coisa rápida, cheguei em casa, tomei banho e coloquei shorts, uma camisa preta e meu 97 preto.
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Mudei o modo da escrita daqui e comecei a colocar o nome da pessoa antes da fala. Conforme eu for editando eu vou publicando. ♡
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Entre erros e acertos.
Romance"Sou todo machucado, ferido e errado. Mas errei tanto que acertei em ter você. - Henrique"