Eight

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Rio de Janeiro, 2018.

Os dias se passaram rápido e hoje já é quinta feira, a semana foi exaustiva e eu consegui pegar folga pra amanhã. Queria ficar suave.

Agora eu 'tô aqui na pista, andando e fazendo manobra. Parei um pouquinho e fiquei falando com o pessoal dali.

Henrique: Eai tia, capricha aquele açaí? - Pedi pra dona Ana

Dona Ana: Claro meu filho. Você sumiu, tá tudo bem? - Perguntou receosa

Henrique: Tá sim tia, só sem tempo mesmo. - Respondi

Dona Ana: Aqui seu açaí - Falou me entregando

Henrique: Valeu - Agradeci

Falei andando indo pro carro. Mas fui trombado por alguém

Ana Luísa: Caralho, presta atenção - Falou. Olhei quem era e reconheci

Henrique: Se controla que foi você que me trombou, filha - Respondi

Ana Luísa: Tinha que ser você né - Falou nervosa

Henrique: Na moral, Ana Luísa. Você é chata pra caralho em - Falei

Olhei pro rosto dela e vi que o queixo dela tava tremendo. A não, a mina vai chorar.

Henrique: Ana Luísa, para. Não chora meu - Falei abraçando ela. - Quer meu açaí? Toma, para de chorar

Ela abriu um sorriso e pegou meu açaí. Era só o que me faltava viu.

Henrique: Pra onde você tava indo?

Ana Luísa: Pra casa, Henrique.

Henrique: Vamo que eu te levo - Falei

Ana Luísa: Não precisa - Disse

Henrique: Ana Luísa, agora, vai. - Disse

Ana Luísa: Fala direito comigo, Henrique. Só gosto quando o homem manda na cama - Falou sussurrando no meu ouvido

Ela disse isso mesmo? Puta que pariu. Fiquei parado imaginando essa mina obedecendo na cama.

Ana Luísa: Vamo Henrique - Disse dentro do carro e me tirando dos meus devaneio.

Entrei no carro sem falar nada, liguei o som e coloquei "Fútil - Chris MC"

E eu em outro lugar pensando em você... - cantarolei

Senti o olhar dela sobre mim e continuei calado na minha. Na verdade ela me deixou imaginando mil coisas e eu não sei se eu to conseguindo disfarçar tudo isso.

Cheguei na frente da casa dela e destravei a porta do carro

Obrigada pelo açaí e pela carona - Falou selando minha bochecha.

Aproveitei a oportunidade e falei no ouvido dela.
Henrique: A próxima vez que você sussurrar qualquer tipo de coisa naquele sentindo eu não vou falar por mim Ana Luísa, eu não tô brincando. - Sussurrando

Ana Luísa: Eu pago pra ver, Henrique Cardoso - Falou no meu ouvido de volta e eu apertei sua cintura com força e ela suspirou. - Tchau.

Dei risada sabendo que se ela ficasse mais algum tempo ali não ia da boa coisa.

Fui direto pra casa. Cheguei em casa fiz o de sempre tomei banho, coloquei o shorts e me joguei na cama.

Eu tava cansado, então virei pro lado e fiquei pensando até conseguir dormir...

Entre erros e acertos.Onde histórias criam vida. Descubra agora