"Você é a minha única prioridade,confie em mim..."
Summer,uma garota com o psicológico completamente fodido após presenciar o inesperado suicídio da sua melhor amiga,com um importunante transtorno mental que atrapalha a sua convivência com o mundo,l...
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Summer Hall
-Pode me levar pra casa?-pergunto ao ver o horário em meu celular.
-Tem certeza disso?-o garoto me olha,assento.
-Payton,eu já passei por isso muitas vezes e...por mais que não seja normal,eu meio que já me acostumei com essa péssima relação.-tento o explicar conforme não diga muitos detalhes.
-Summer,olha pra mim.-ele posiciona sua mão em meu queixo o levantando delicadamente em sua direção.-Me promete que se aquele idiota te tocar de forma indesejada,você vai me ligar,imediatamente?-assento novamente.
Ele se preocupa comigo,porém em meio disso tudo,14 de setembro de 2019,nunca,nunca será esquecido,tanto pra mim quanto para outras pessoas.
E não será surpresa alguma se um dia eu acordar e tiver mensagens dele dizendo que teve que se mudar pra outro país ou nem olhar mais no meu rosto.
Me tirando dos meus pensamentos o garoto pega em minhas mãos me levando até o supra vermelho e seguindo rumo a minha casa.
As vezes vem lembranças indesejadas em minha mente que me faz mudar de humor facilmente,e creio que foi isso que aconteceu pelo motivo qual Payton está me encarando agora.
-Desculpa,eu me distrai.-ele ri fraco.
-Até assim você consegue ficar perfeita.-retribuo o gesto.
-Idiota.-prosseguimos com o ato aumentando a frequência.
Mais alguns minutos de estrada e nos encontrávamos na frente do local citado,apenas suspiro fundo pegando a minha bolsa.
-Sou péssima com agradecimentos.-rimos fraco.-É...obrigado por hoje,foi incrível.
-Poderia ter durado mais,nos vemos amanhã?-assento sorrindo de canto.
Escuto apenas o som do carro sendo disparado ao fechar imensa porta do imóvel.
Aparentava não ter ninguém em casa,o que me aliviava bastante.
Subo ao meu quarto,avisto Luke deitado entre cobertores na cama,até o animal perceber a minha presença e vir correndo até mim.
-Oi pequeno.-o abraço.
Percebo um machucado em sua pata direita,não parecia ser algo causado por ele ou por algum esbarro ou queda.
-O que aconteceu com você meu amor?-passo a mão sobre seus pêlos.-Eu vou cuidar de você,vai ficar tudo bem.-deposito um beijo na lateral do seu pescoço.
Vou até o meu banheiro onde teria faixas e utensílios de curativos que poderiam ajudar nisso,esses ferimentos realmente me preocuparam pois não são aparentemente normais de se ocorrer.
Pego alguns desses objetos e faço um pequeno curativo em sua patinha direita,era possível escutar leves "choros" dele durante o processo.
-Logo logo você melhora meu garoto.-acaricio sua orelha.-Eu te amo.
Tomo um banho quente,durante o ato é o momento em que minha mente trabalha melhor,mil coisas passam por ela,sendo boas ou não.
Digamos que é o único momento de paz que eu tenho pra pensar sobre coisas que me fazem querer estar viva,e uma delas passou a se tornar ele.
Seus...abraços me confortam,seu cheiro me traz uma boa energia,seus beijos me dão calafrios no estômago,coisa que eu não sentia a anos.
Não sei se sou capaz de criar algum sentimento por alguém a não ser um trauma,e muito menos fazer com que essa pessoa permaneça comigo,são fatos inexplicáveis.
As vezes eu sinto como se estivesse presa em um labirinto e não encontrasse o caminho certo,tentando e tentando sem ter nenhuma resposta.
A cada metro quadrado eu me encontro com um trauma,me fazendo desenvolver crises,pavores,medo,vontades inusitadas de fazer algo pior.
O maior problemas é que esses traumas são coisas que eu não posso me desviar,querendo ou não,pois são obrigações de seguir mas que eu não me encontro mais nelas,eu não acho o meu lugar.
Eu nem muito menos sei quem eu realmente sou,nem o que me tornei.
Deixando esclarecido que,por ser eu quem escrevo a fic,muitos dos trechos são baseados em coisas que acontecem comigo,diariamente.
Pela parte do cachorro,desculpa,eu falo assim pra pior com o meu JAGHAJA eu o chamo de filho,PERDÃO.
