Cap.7 | N e g o c i a ç ã o - [3.2]

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[POV'S KAGEYAMA]

Olhei em volta e acabei ficando extremamente confuso quando me encontrei vestindo roupas de corrida, no quintal da casa de Hinata, assim como na última vez em que nos vimos. E, mais perdido ainda, quando avistei o garoto morto bem na minha frente.

— Kageyama, por que está me olhando com essa cara de idiota...? — Ele questionou. — Cê tá legal?

Aproximei-me dele lentamente, ergui meu braço em sua direção e, com hesitação, fiz com que meus dedos tocassem a superfície de sua bochecha.

Ai, sua mão está muito fria! — O ruivo reclamou.

H-Hinata, é você mesmo...? — Perguntei. — Você é real?

— ...cê tá drogado?

Sorri com sua frase enquanto minha visão se enturvecia diante a quantidade de lágrimas que ali se instalavam. Cheguei ainda mais perto dele, desta vez, segurando seu rosto com minhas duas mãos.

— K-Kageyama, por que está chorando? O que pensa que está fazendo? V-Você está muito perto! — Falou no mesmo momento em que toda a superfície de sua face começava a ruborizar.

Eu amo você. — Me declarei, fazendo-o travar no mesmo instante. — Eu amo muito você, Hinata.

— ...é o quê?!

Eu amo voc-

— CÊ TÁ QUERENDO ME MATAR DO CORAÇÃO?! COMO QUE VOCÊ VEM NA CASA DE ALGUÉM E DIZ ALGO DESSE TIPO SEM DAR AO MENOS UM TEMPO PARA A PESSOA SE PREPARAR MENTALMENTE??!! — O garoto surtou.

Eu precisava te dizer isso antes de qualquer outra coisa.

— M-M-MAS POR QUE ISSO TÃO DE REPENTE?! VOCÊ ENLOUQUECEU APENAS PORQUÊ VOU VIAJAR POR UMA SEMANA?! MEU TÁXI LOGO VAI CHEGAR, ENTÃO EU PRECIS-... — O interrompi ao selar nossos lábios.

Ele estremeceu, parecendo agitado e assustado com o meu ato repentino. Pressionei nossas bocas por mais alguns segundos antes de me afastar um pouco e dizer:

Fique comigo, Hinata. Deixe-me saber o que sente também.

— Kageyama... — Sussurrou meu nome enquanto nossas faces ainda estavam extremamente próximas. — Você ainda tem alguma dúvida? Acha mesmo que o seu amor por mim não é recíproco?

Me diga, por favor...

— Eu também amo você. Eu amo muito você, Kageyama.

Subsequentemente, não consegui mais conter o meu desejo e voltei a beijá-lo, desta vez, tomando seus lábios com mais ternura, movendo-os em uma bela sintonia.

Suas mãos agarraram o tecido de minhas vestes em minha cintura, juntando nossos corpos em um encaixe perfeito, como se nós dois tivéssemos sido feitos especificamente um para o outro.

Sobressaltei quando o garoto deslizou sua língua para dentro da minha boca. Tal ato deixou-me assustado, mas ao mesmo tempo, me fez querer devorá-lo por completo, já que venho contendo minha vontade de beijá-lo há alguns anos.

— Nii-chan! — A voz de Natsu soou de dentro da casa, fazendo Hinata me empurrar com força, me afastando de imediato. Em seguida, a figura da garota apareceu ali no quintal. — Ei, nii-chan!

— N-Natsu! — O ruivo disse, tentando agir casualmente na frente de sua irmã mais nova. — E-Estava me chamando?

— Sim, eu estava. O seu táxi já chegou, você não percebeu?

Again • [Kagehina]Onde histórias criam vida. Descubra agora