Um Sequestro a Dois.

visit in the prison.

Um mês se passou desde o sequestro, Alya e Ethan estavam realmente próximos. Thomas não saia do pé de Ethan pedindo para que eles fechassem um contrato entre as empresas,e o jovem começava a cogitar essa idéia.Steven e Maria haviam se aproximado muito e alguns começavam a especular sobre um possível namoro dos dois. Thomas visitava Paul três vezes por semana,quem via os dois juntos nunca imaginaria o que aconteceu no passado.

Paul sempre pedia para Thomas visitar Daisy, pois eles,obviamente, foram mandados para presidios diferente,e ele não tinha notícias dela,ele sabia que seria difícil para o amigo mas ele queria muito saber como sua esposa estava.

Finalmente, depois de tandos pedidos Thomas tomou coragem e foi para o presídio onde Daisy estava. Alya pediu para ir junto,ela queria ver se a mulher havia se arrependido de tudo o que fez.

- Esperem aqui,eu irei chama-la. - Uma guarda disse abrindo a porta de uma sala para visitar.

Ela saiu e minutos depois voltou empurrando Daisy em uma cadeira de rodas,Thomas e Alya ficaram claramente confusos com aquilo.

- Vocês tem trinta minutos de conversa,eu vou estar aqui fora,qualquer coisa chamem. - Logo em seguida a guarda saiu e Daisy se aproximou de uma mesa que tinha lá

- Não precisam ficar de pé,sentem-se. - ela disse um pouco sem graça.

- O que aconteceu?- Alya perguntou se sentando do outro lado da mesa.

- Isso é uma longa história...o que os trás aqui? De verdade eu não esperava a visita de vocês.

- Viemos te ver para dar notícias ao Paul, ele sente sua falta. - Thomas disse e Daisy sorriu.

- Eu também sinto a dele.

- Será que pode nos explicar o por que você está nessa cadeira,para explicarmos a ele?! Temos 30 minutos, acho que dará tempo. - Thomas disse.

Daisy suspirou se lembrando do ocorrido,era difícil se lembrar daquele dia...

Daisy estava a dois dias no presídio, ela ja havia feito amizade com cinco mulheres que dividiam a cela com ela, mas da cinco Agatha e Liz eram as mais proximas,elas haviam recebido Daisy de uma maneira extremamente acolhedora.

As três estavam no refeitório quando três disparos foram ouvidos.

- O que foi isso? - Liz perguntou olhando ao redor.

- Não faço idei...- Antes que Agatha completasse a frase um grupo de dez presidiárias apareceu atirando em alguns policias,era o início de uma rebelião.

No mesmo instante uma grande correria se iniciou,algumas se juntaram ao grupo que havia efetuado os disparos, outras apenas tentaram se esconder,como Daisy, Agatha e Liz. Os guardas trocavam tiros com as rebeldes e tudo estava uma completa bagunça.

No meio da correria Daisy acabou se afastando acidentalmente das amigas, ela tentou acha-las novamente mas foi puxada por uma guarda para um canto mais escondido.

- Pretende morrer ficando no meio do fogo cruzado? - Ela perguntou segurando a ruiva contra a parede de uma forma intimidadora,o corpo musculoso da mulher contribuia para deixar Daisy ainda mais assustada.

- Eu me afastei das minhas amigas...

- Fique ai! Elas devem ter se escondido.

Logo em seguida a mulher virou as costas voltando a atirar.

Daisy não sabia ao certo quanto tempo ficou escondida lá, pareciam horas e mais horas de desespero até que finalmente os tiros pararam e a correria parecia ter diminuiu muito. Ela saiu de seu esconderijo se deparando com o pátio completamente destruido,marcas de balas nas paredes,mesas jogada,corpos no chão e algumas pessoas chorando próximas a eles,o restante certamente havia fugindo. Era impossível não comentar sobre todo o sangue que tinha no chão, era um cenário pós apocalíptico.

Ela começou a procurar desesperadamente por Liz e Agatha, mas não ficou muito feliz ao encontra-las,Agatha tinha um ferimentos no peito,ja Liz tinha um na lateral da cabeça, sim,suas amigas estavam mortas,uma ao lado da outra, elas ainda estavam de mãos dadas como no momento em que Daisy se perdeu,o que tornava a cena ainda mais triste.

- NÃÃÃO!!! - Daisy gritou chorando,ela se ajoelhou do lado dos corpos tentando assimilar o ocorrido. - Isso não pode estar acontecendo, não com vocês...- a fala da mulher foi interrompida por mais um disparo,ela deveria ter ficado escondida.

Daisy sentiu uma ardencia muito fortes nas costas e caiu entre os corpos de Liz e Agatha no mesmo instante,ela ouviu alguns passos uma voz atrás dela.

- Eu não fui com a tua cara desde que você chegou! - Uma mulher disse e puxou o gatilho mais uma vez. Ambas as bala atingiram partes diferentes da coluna de Daisy,ela estava certa de que seria seu fim...

- ...Alguns guardas viram que eu ainda estava viva e me levaram para um hospital perto daqui...cuidaram de mim mas eu nunca mais vou poder andar...- Daisy disse chorando de uma forma comovente.

- Sinto muito!- Alya disse também chorando pela história da mulher.

- A única coisa boa daquele dia foi que a Popys parou de me assombrar, eu paguei pelo que fiz com ela naquele dia.

- Você via a Popys? - Thomas perguntou e Daisy assentiu secando as lágrimas.

- Ela me atormentava,era meu castigo pelo que eu fiz,pelo menos agora ela não aparece mais. Porém eu perdi minhas amigas e o movimento das minhas pernas por isso... e ainda sim minha remissão não está completa, eu entendo se você não aceitarem,mas por favor me perdoem,eu sei que o que eu fiz não tem desculpa,mas eu me arrependo de verdade,eu quero que vocês conheçam a minha verdadeira eu,ja que a Daisy que vocês conheceram era uma farsa...

- Não precisa dizer mais nada,Daisy. Eu consigo ver que você quer mudar e de certa forma você pagou pelo que fez. Eu te perdou. - Alya disse se levantando,se aproximou de Daisy e a abraçou.

Se Daisy ja chorava antes com aquele abraço seu choro aumentou,mas agora era de pura emoção.

- Se a Lya te perdoa ,eu também perdou.

- Será que eu posso pedir um favor para vocês? - A ruiva perguntou e Thomas assentiu. - Se a guarda permitir que eu escreva uma carta vocês entregam para o Paul? Eu quero muito poder me comunicar com ele.

- Por que você não grava um vídeo? Acho que vai ser mehor,eu posso filmar. - Alya sugeriu.

- Pode ser. - Daisy disse sorrindo,eles pediram permissão para a guarda e ela permitiu. Alya pegou o celular e começou a gravar. - Tá...eu não sei muito bem o que falar,cameras são meu ponto fraco,mas por você valhe a pena...eu sinto sua falta,Paul! Bom, eu estou bem,aqui até que é legal, comparado com o que eu imaginava. Em relação a essa cadeira o Thom ja deve ter explicado,se não ele irá explicar tudo,mas não precisa se preocupar...espero que possamos nos encontrar logo. Te amo meu Fluffy,beijo!

- Nós vamos passar lá agora e vamos falar com ele. - Thomas disse sorrindo. -Fico feliz que você tenha se arrependido e que esteja tentando mudar.

- Não estou tentando mudar! Estou tentando voltar a ser que eu era antes,e eu vou conseguir.

- Com certeza vai. - Alya disse sorrindo.

Eles se despediram e foram para o presídio onde Paul ficava,ambos estavam realmente felizes de ver que Daisy estava se tornando uma pessoa melhor pois no fundo eles ainda gostavam muito daquela Daisy que conheceram,e era bom saber que ela ainda existia.