Ghosts

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E mais uma vez Thomas estava na delegacia para ver como iam as buscas pela filha,e também para dar mais uma pista que talvez ajudasse.

- Eu não tinha comentado,pois achei que não ajudaria na investigação, mas fiquei pensando e talvez ajude sim..- Thomas disse pegando o documento que Steven havia encontrado no carro de Ethan. - Um funcionário de confiança meu encontrou esse documento no carro que bateu no da minha filha na noite do sequestro.

- Certo ,mas pode ser só uma conhecidencia. Estamos trabalhando com idéia de que dono do carro tenha fugido assustado ao presenciar o sequestro.

- Eu sei,mas ontem eu estive aqui e disse que a minha filha me ligou,e ela falou que o homem do carro foi sequestrado junto com ela.

- Não me passaram essa informação, eu entrei no caso hoje cedo. Mas como o senhor acha que isso pode ajudar a encontrar a sua filha?

- Esse é o dono do carro. - Thomas disse abrindo o documento e mostrando a foto de Ethan.

- Meu Deus! Esse garoto mora na mesma rua que eu,somos amigos. Eu não o via a dias,pensei que ele estava viajando,ou algo do tipo. - O policial disse. - Se lhe serve de consolo,ele é um bom rapaz,certamente está cuidando muito bem de sua filha.

- Isso me tranquiliza um pouco. Bem,eu pensei que talvez eu pudesse falar com a familia dele,poderiamos nos ajudar a encontra-los.... - Thomas parou de falar quando o policial soltou uma risada nasalada,sem muito humor. - O que foi?

- Olha,sinto muito mas o garoto não tem familia. Os pais dele morreram,e muito provavelmente os amigos dele,assim como eu,estejam achando que ele viajou ou algo assim, então não tem absolutamente ninguém procurando por ele.

Thomas não era de ficar sentido com a vida alheia mas isso lhe tocou de uma forma estranha "absolutamente ninguém procurando por ele". Essas palavras o fizeram sentir empatia pelo rapaz que ele sequer conhecia.

- Bem,eu estou procurando por ele! Quando encontrarem os dois eu quero ajuda-lo de quarquer forma. Com uma quantia em dinheiro, pagando uma terapia,isso não importa mas eu pretendo ajuda-lo! - Pelo olhar periferico Thomas viu que Daisy adentrava a delegacia e se virou para ela. - Daisy,o que faz aqui?

- Um funcionário de casa disse que você estava aqui,aconteceu algo? Algum avanço nas buscas? - A ruiva perguntou.

- Não muito... - Thomas lamentou

- Mas não se preocupe, vamos encontrar a sua filha,e o Ethan. - Disse o oficial com um sorriso otimista no rosto.

- Tenho certeza que sim. - A falsa disse sorrindo.

- Bem,vamos? - Thomas perguntou. - Creio que não podemos ajudar mais,então é melhor não atrapalharmos.

- Claro! Só me espera um minutinho,eu preciso ir ao banheiro. - Daisy disse.

- Segundo corredor a esquerda. - O policial indicou,a ruiva agradeceu e saiu.

Depois de usar o banheiro lavou as mãos e levou um susto ao olhar para o espelho.

- P-popys??- Perguntou assustada e se virou ficando frente a frente com a mulher,ou ao menos o fantasma dela. - Não pode ser. Você morreu hoje cedo! Levaram o seu corpo ,eu vi!

- Corrigindo,eu fui assassinada hoje cedo! Você está no lugar certo Daisy,a cadeia é o lugar onde gente como você deveria ficar.

- Não! Por favor para,me deixe em paz! - a ruiva pediu se encostando na parede e a "assombração" se aproximou.

- Bandida! É isso que você é Daisy,e você vai pagar pelo que fez!

- Me deixa em paz!- a White pediu com os olhos cheios de lágrimas. - Foi um acidente,eu juro!!!!

- Eu sou fruto da sua cabeça Daisy. Isso tudo é o seu sub consciente te dizendo que você não presta! - A morta disse tocando na cabeça da ruiva que ja tremia apavorada.- E eu vou sempre estar do seu lado para te lembrar disso.

Daisy soltou um grito não muito alto porém estremamente apavorado e saiu corredo dali,voltando a recepção da delegacia.

- Daisy,o que foi? Você está palida,e está tremendo horrores! - Thomas disse notando o estado da ruiva.

- Eu...estou passando meio mal. Só isso. Por favor vamos embora.- Daisy pediu tentando disfarçar seu medo.

- Claro! Vamos. - Thomas disse ainda preocupado e ambos foram até o carro.

Mas sair da delegacia não tiraria Popys da cabeça de Daisy pois, como a propria disse, aquilo era o sub consciente da mulher a julgando por seus delitos.

***

Alya e Ethan estavam sentados na cama,conversando um pouco antes de dormir.

- Do que você mais está sentindo falta? - Ethan perguntou.

- Do meu pai,da Popys,e de um banho.- Alya disse rindo. - E você?

- Dos meus amigos,meu ateliê, e da minha cama. Deus! Como eu sinto falta da minha cama! - Ethan disse também rindo. - Quem é Popys?Você parece gostar tanto dela. - Perguntou mudando de assunto.

- A Popys é uma empregada do meu pai,mas eu a vejo como parte da família. Meu pai também, eles são bem amigos.

- Ela parece importante para você.

- Popys trabalha para o meu pai desde antes de eu nascer,então para mim ela sempre esteve lá. Quando a minha mãe morreu eu tinha só sete anos e me lembro da Popys sempre tentando me animar naquela época. Ela passou a cuidar de mim junto meu pai, e não só tomar conta,ela cuidava de mim como se eu fosse filha dela. Não me lembro muito da minha mãe, mas Popys é a minha figura materna. Na escola, próximo ao dia das mães, meus cartões eram sempre dedicados a ela.

- Entendi.

- Quando eu tinha uns 12 ou 13 anos de idade eu shipava o papai e a Popys e torcia muito para eles se casarem.

- Meu Deus! - Ethan disse rindo assim como Alya.

Ambos ficaram em silêncio por alguns segundos ,sem que nenhum assunto passasse pela cabeça deles. Porém de repente Alya se pronunciou.

- Se lembra quando você disse que quando isso acabasse,não precisariamos nos ver nunca mais?!

Ethan sentiu um aperto no peito,pensando que Alya diria que não queria ve-lo mais.

- Lembro.- Ethan disse com a voz tremula.

- Eu estava pensndo e...por favor,me promete que não vamos deixar de nos ver.

Ethan sentiu um grande alivio ao ouvir isso.

- Prometo,porque....deixa para lá.

- O que foi?

- É.... - Ethan parou,juntando coragem para dizer aquilo. - Eu sei que parece bobo,mas...eu acho que eu sinto algo por você, eu não sei explicar, mas....- Ethan se calou subitamente quando Alya,sem aviso prévio,o beijou.

Sem se questionar o porque o homem retribuiu o beijo,o aprofundando mais,e se afastaram apenas por falta de ar.

- Isso foi real?- Ethan perguntou confuso mas certamente muito feliz. Alya assentiu.

- Eu também sinto algo por você, uma atração estranha. Desde a noite do sequestro, quando eu estava chorando e você me abraçou de uma maneira tão acolhedora, mesmo depois de eu ter sido uma estupida com você.

- Certo,tenho certeza de que estou sonhando e nada disso é real! É perfeito de mais para ser verdade.

- É real Ethan. E isso também!- Alya disse retirando a blusa e se sentando no colo do homem. - Não sabemos se sairemos dessa vivos,então não vamos perder tempo,e vamos aproveitar cada segundo como se fosse o último. Porque realmente pode ser. - Antes que Ethan dissesse algo ela o beijou novamente com mais vontade que antes.

Ethan a empurrou de leve para que ela se deitasse e ficou por cima dela.

- Essa noite eu faço questão de aproveitar cada segundo com voce! - Disse tirando a blusa apressadamente e voltou a beija Alya.

E pela primeira vez eles tiveram uma noite realmente boa,pois ali,com todo aquele prazer e sentimento, pouco importava se o cômodo era sujo,a cama velha,ou tudo de ruim que havia lá. O que realmente importava era todo o amor feito e sentido ali.

Um Sequestro a Dois.Onde histórias criam vida. Descubra agora