A neta do Grindelwald

Cap. 8

Foi tão calmo e sereno a manhã no outro dia, que Raven não acreditava que isso era o normal para aquela família.
Eles brincavam entre si e sorriam o tempo todo.
Mesmo que todos tivessem saído atrasados, deu tempo de chegar na plataforma sem correria.

- Está tudo bem Raven ? - Hermione lhe perguntou.

- Eu ainda não sei. - Raven diz. - Vou entrar primeiro ta ?

Foi mais uma afirmação do que uma pergunta. Ela sabia que seu pai poderia ir ali, para confronta-la, ela até mesmo não queria ver nenhum Malfoy.
Ela foi para a cabine de sempre, mas o que achou ali, fez ela suspirar.

- Ola Raven, - Draco diz. - Está adorável essa manhã.

- O que faz aqui Draco ? - Raven pergunta, sem paciência.

- Somos noivos, nada mais justo que andemos juntos.

- Está brincando, certo ? - Raven lhe pergunta o olhando séria.

- Raven, não pode ir contra isso, - Draco lhe diz. - Vamos casar, e você vai ser minha.

- Você não se incomoda ? - Raven diz alto, perdendo a paciência, chamando a atenção de algumas pessoas no corredor. - Decidirem tudo por você assim, não incomoda o fato de que você não pode nem decidir o que vestir ou comer, - Raven estava vermelha, a raiva lhe preencheu. - Casar ? Casar com você ? Eu não me casarei com alguém assim, eu só casarei com alguém que eu amo.

- Posso fazer isso, - Draco responde, mantendo a postura. - Fazer você se apaixonar por mim.

- Não vai acontecer Draco. - Raven lhe responde firme. - Eu sai da casa do meu pai, eu não sou uma Yaxley, não irei cumprir nenhum acordo que fizeram por mim.

A informação que Raven fugiu de casa o pegou desprevenido, mas Raven era o que Draco mais queria em sua vida, sendo apaixonado por ela desde criança.

- Irá casar comigo Raven. - Draco diz chegando perto demais, sorrindo para ela.

- Algo de errado aqui pequena Grindewald? - Raven ouve alguém dizer, ja sabendo que era Jorge.

- Precisa de ajuda para eliminar algum inseto na cabine loirinha ? - Fred fala também.

Os gêmeos se posicionaram atrás de Raven, como guarda costas, os dois de braços cruzados.
Draco não era burro, os gêmeos eram maiores que ele e ele estava sozinho.

- Não pode fugir disso Raven, - Draco diz, saindo da cabine e olhando para ela. - Não pode fugir do que lhe foi escolhido.

Draco saiu, e Raven finalmente conseguiu respirar, ela sabia do que Draco falava, sabia ao que ele se referia.

- Obrigada. - Raven diz se virando, olhando para os gêmeos.

- Não por isso. - Jorge diz e Raven sorri. - Vou indo, tenho que falar com Dino.

Raven olhou para Fred, e ele sorriu para ela.

- Vai ter que dividir a cabine hoje Raven, - Fred lhe responde, entrando e se sentando. - Não é como se Jorge não pudesse resolver sozinho.

Raven entrou, fechando a cabine.

- Como sabiam que eu estava aqui ? - Raven pergunta.

- Neville viu o que aconteceu e correu para chamar alguém. - Fred responde, deitando no assento, a cabeça no colo de Raven.

- Preciso agradecer ele. - Raven diz, mexendo no cabelo de Fred. - Seu cabelo está bem grande.

- Fico lindo assim não é ? - Fred diz, os olhos fechados.

- Ta parecendo um cachorro. - Raven diz e Fred bufa.

Ela ri do jeito do Fred, logo percebendo que ele tinha dormido.
O trem começou a se movimentar, e ela agradeceu por finalmente estar indo para onde ela sentia ser, seu lar.

————-

Era a hora do jantar, onde Dumbledore fazia seu discurso.
Raven estava ao lado de Ginna e Hermione, Rony e Harry sentados na frente delas.

- Temos uma grande novidade esse ano, - Dumbledore fala sorrindo. - Esse ano ocorrerá a volta do torneio Tribruxo, e Hogwarts foi escolhida para ser a escola que irá ocorrer o grande torneio.

Os estudantes vão ao auge ali, se levantando e batendo palmas, animados.

- Mas, - Dumbledore diz e todos ficam em silêncio de novo. - por recomendação do ministério, somente alunos com mais de 17 anos podem participar.

Para Raven, ela não ligava, sonhava que esse ano, ela tivesse mais paz, queria somente focar no quadribol.
Mas ela viu a maioria dos alunos bravos com a nova regra.

- Esse ano, Hogwarts irá hospedar duas escolas para o evento, - Dumbledore continua. - Batam palmas para a primeira, Beauxbatons.

Raven se virou e olhou para a porta que se abriu, varias meninas vestidas com azul entraram, elas desfilaram e quando paravam, borboletas saiam delas, atrás, uma mulher incrivelmente alta entrou, uma garota a acompanhava, e Raven a achou muito linda, e pelo suspiros dos meninos ao redor, ela chegou a conclusão que não era so ela.

- Agora, saúdam os alunos de Durmstrang. - Dumbledore falou.

Dessa vez, garotos grandes e fortes entraram, fazendo gritos de guerras.
Atrás o diretor, que era um homem que Raven o achou assustador entrou, dois alunos ao redor.

- Aquele é Krun e Dom ? - Raven perguntou.

- Eles mesmo. - Rony lhe respondeu.

Raven os conhecia, fã de quadribol que era, Krun e Dom era irmãos, tinham um talento espantoso em quadribol, que foram convidados a fazer parte da seleção búlgara.
Dom virou o rosto, para olhar a mesa ao lado, e sua visão foi totalmente captada por uma garota loira, os olhos de cores diferentes.
Quando ele chegou perto o suficiente, se agachou e pegou na mão de Raven, que se assustou com a atitude, ele se inclinou e deu um beijo na mão dela, depois piscou e seguiu seu caminho, Krun o olhou, mas não falou nada.

- Dom acabou de flertar com você? - Ginna diz, eufórica.

- Não sei. - Raven diz confusa.

Não muito longe, Fred trincou o maxilar.

- Calma aí irmão. - Jorge diz o olhando.

Fred poderia lidar com Malfoy, ou alguns alunos que se aproximavam de Raven para flertar com ela, sem ela perceber. Fred sempre fazia pegadinha com esses garotos que tentavam se aproximar de Raven. Mas Dom era diferente, popular, alto e forte, jogava em uma seleção oficial.

- Ele nem é tudo isso. - Fred diz baixo.

- Não era você que era fã dele ? - Jorge diz, erguendo uma sobrancelha.

Fred não respondeu, apenas revirou os olhos.
Raven era linda, ele sabia disso, inteligente e educada, carregava um dos sobrenomes mais famosos no mundo bruxo.
" Se ele se aproximar demais, tenho uma pegadinha perfeita pra ele.", Fred pensa, planejando mil coisas.