Meu Mafioso Pintor

capítulo 1

Vou caminhando tranquilamente pela rua, seguindo a pessoa que me deve. Não é só porque eu sou o chefe de uma máfia, que eu fico só com a parte burocrática. Eu gosto de um pouco de adrenalina, persegui uma pessoa sem que ela te veja, tortura até que ela peça para morrer, fugir da minha mãe quando eu faço merda e ela fica sabendo. Eu posso ser uns dos mafiosos mais temidos do mundo, mas até o homem mais corajoso do mundo fica com medo da minha mãe com um cabo de vassoura e o cabo de vassoura é quando ela ainda tá calma. A última vez que eu vi ela irritada, foi quando uma mulher chegou lá em casa e falou que estava grávida do meu pai, eu devia ter uns 14 ou 15 anos. Até hoje eu não sei o que minha mãe fez com aquela mulher.

Vejo o homem entrar em um beco, que eu sei que não tem saída, a rua não está muito movimentada, o que é ótimo. Paro na frente do beco e vejo o homem tentando se esconder perto de uma lata de lixo. Esse cara pegou nosso dinheiro emprestado, mas quando chegou a hora de pagar a dívida, ele não quis. Agora ele está para morrer, tudo porque se viciou em jogo em vez de cuidar da família.

Ele acha que eu não sei,mas quando fomos cobrar a segunda vez, sim segunda vez, porque eu ainda fui bondoso com ele, o desgraçado falou que iria entregar a filha de 10 ano para pagar a dívida. Ele foi capaz de entregar uma criança, tudo porque ele só sabe fazer dívidas de jogo.

Ele deve pensar agora que eu coloquei a filha dele na prostituição, mas doce engano seu, nesse momento ela deve estar embarcando no avião para ir para outro país. Eu sou um mafioso, mas acima de tudo eu sou uma pessoa, que sabe que a menina era maltrata em casa pelo pai, então eu não vou transformar a vida dela num inferno, em vez disso, ela se tornou minha afilhada.

Eu fiquei com ela uma semana, e nesses dias eu consegui fazer ela feliz, pelo menos eu acho. No começo ela ficou com medo de mim, achando que eu ia fazer o mesmo que o seu pai, a maltratar. Eu fui chegando perto dela devagar, perguntando o que ela gostava de fazer,qual era a sua brincadeira preferida e assim foi, até que uma noite ela apareceu no meu quarto falando que teve um pesadelo.

Naquela noite foi uma das melhores noites da minha vida, poder dormir sabendo que você está fazendo uma coisa boa para uma pessoa, ainda mas sendo uma criança. Muitos não sabem, nem os meus pais, mas eu tenho constantes pesadelos. Para eu me tornar um mafioso, eu tive que passar por uma iniciação, eu fiquei 3 anos sendo torturado e torturando pessoas. Eu era jovem quando eu fui para essa iniciação, eu tinha em torno de 17 a 19 anos, eu não preciso tomar remédios para dormir, porque não é sempre que eu tenho pesadelos, mas antes eu precisava.

Chego perto da lata de lixo que ele está se escondendo, e paro do outro lado, ficando em silêncio. Hoje eu estou com tempo sobrando, então porque não brincar de gato e rato.

Fico em pé esperando, depois de pouco tempo vejo ele sair do seu esconderijo e olhar para os dois lados antes de me ver. Ele tenta se levantar para correr,mas eu sou mais rápido e pego a cabeça dele a jogando no chão,o fazendo desmaiar.

Pego o corpo dele e vou arrastando para a parte mais escura no beco, eu sei que ninguém vai conseguir me ver aqui. Jogo ele na parede e começo a pegar uma coisinhas para fazer uma tortura rápida, faca, prego, tesoura, a tesoura parece aquelas de jardinagem, então conseguir cortar alguns dedos foras e oque não pode faltar álcool.

Vamos começar leve, eu não vou torturar ele aqui, é melhor eu tortura ele lá na sede da máfia. Pego a faca e chego perto dele, há já ia me esquecendo, volto para a mochila e pego um pedaço de pano que dá para amarrar na boca dele.

Amarro a o pano na boca dele, para abafar os seus gritos e pego a faca denovo, começando a fazer pequenos corte no seu corpo. Ele logo acorda e começa a gritar, oque logo acaba, porque ele desmaia denovo, fraco.

Vou deixar para fazer o resto depois,  eu estou com um pouco de preguiça de ficar escutando ele gritar hoje. Me levanto e começo a guardar as coisas que eu tirei da mochila.

Faço tudo silenciosamente, a rua também está um silêncio, então eu consigo escutar sons de passos se aproximando do beco. Pego a minha arma e engatilho ela, a mirando para a entrada do beco.

Fico olhando e vejo uma menina entrando no beco com uma sacola na mão, deve ser o lixo. Ela chega mais perto, e eu vou me aproximando dela devagar,mas acabo batendo o pé em alguma coisa que faz um barulho infernal. Olho na direção dela, e a vejo continuar andando tranquilamente, como se não estivesse escutado nada.

O cara que eu comecei a torturar acorda gritando de dor, mas mesmo assim ela parece não ter escutado. Guardo a minha arma, e chego perto dela devagar, tocando no seu ombro, a fazendo assustar.

-Moça é melhor você não ficar aqui._ eu falo para ela,que me olha com uma cara confusa.

Continuo falando, e ela começa a fazer movimentos com a mão que eu não tenho idéia oque é.  Eu acho que ela percebeu minha cara de confusão,e moveu a não para o ouvido e depois fez um sinal de não com a mão, ela é surda.

Pego o meu telefone e vou no aplicativo de anotações, e começo a escrever que era melhor ela não ficar aqui, porque era perigoso. Viro o telefone para ela e agora ela entendeu. Ela pega o telefone da minha mão e escreve que estava jogando o lixo fora, mas que já ia embora. Pego o telefone denovo e escrevo que vou acompanhar ela até a casa dela, que aceita mesmo momento.

Ela sai do beco e eu vou caminhando atrás dela. Ela começa a pular do nada e eu olho para o chão para ver se ela pisou em alguma coisa, mas não ela só está pulando de acordo com os paralelepípedos na rua. Pego o meu telefone denovo do bolso da calça e escrevo a pergunta de quantos anos você tem?. Toco o ombro dela e viro o meu celular para ela ver, ela levando as duas mãos sinalizando 10 e depois 7, ela tem 17 anos.

Ela para do nada e sinaliza para a casa, que parece bem velha. Ela se vira para mim e acena com a mão,logo subindo as escadas.

Vou chegar em casa e pesquisar sobre ela. Olho de novo para a casa e vejo escrito logo em cima orfanato estrela cadente, nome de orfanato diferente.

Eu a quero para mim, e não me importa o que eu vou fazer para conseguir isso.