O Garoto Da Boate - Pov Deidara

1.5K 174 32
                                    

Ao amanhecer eu olhei no relógio e já eram 10:30 am, perdi a hora do trabalho, mas era o que eu queria. Não estava mais afim de ser tratado como um escravo e baixar a minha cabeça toda vez que meu pai viesse dar ordens sobre o que fazer e o que não fazer.

Liguei meu celular e tinham inúmeras ligações do mesmo, fora as mensagens de texto e áudios. Eu li apenas algumas e recusei seus áudios, com certeza seria sua voz autoritária dizendo "Obito seu irresponsável, eu falei para não faltar hoje" e os mimimi de quase sempre.

Respondi de forma curta e sínico, disse que não voltaria mais ao trabalho escravo dele e que se quisesse poderia me mandar embora que eu iria feliz. Desliguei o celular com uma sensação de alívio na mente, aquele trabalho me desgastava e muito. Levantei da minha cama e logo tomei um choque de realidade

– Eu estou sozinho!

Mal dava para acreditar que passei a noite sem a Rin ao meu lado, não vou dizer que foi ruim, mas também não foi a melhor coisa do mundo como eu achei que seria. Três anos dormindo ao lado de alguém não iriam sumir da minha cabeça assim tão fácil, muito menos a sensação de ter alguém abraçado em mim durante a noite.

Balancei a minha cabeça em negação, tentando excluir ela dos meus pensamentos, levantei indo ao banheiro fazer minhas higienes matinais e vesti uma bermuda para ir até a cozinha, por mais que eu esteja sozinho eu tenho janelas em casa. Não seria nada ético algum vizinho me ver de boxer azul marinho, seria?

Liguei a cafeteira fazendo meia xícara de café, preparei duas torradas na torradeira e peguei geleia na geladeira. Não acho que preciso tomar café, mas mesmo não sentindo fome o estômago está vazio e precisa de algo para manter meu corpo com o mínimo de energia para o dia.

Enquanto passava geleia na última torrada meu celular começou a tocar dentro do bolso. Demorei um pouco a pegar porquê bolso de bermuda é igual um buraco negro, cabe tudo, mas na hora de achar as coisas você não acha nada. Atendi sem nem ver quem era, apenas posicionei em meu ouvido e disse "alô" enquanto levava a faca suja para a pia.

– Muito bem Obito, se era isso que você queria ouvir, está demitido!

Ah, é meu pai

– Obrigado! - Respondi sínico

– Pegue suas coisas ainda hoje, temos outra pessoa para pôr em seu lugar

Mais um escravo ele quis dizer né? Sinceramente quem é aceito nesse emprego eu fico até indeciso se conto ou não o inferno e escravidão que essa pessoa vai viver.

– Na hora do almoço eu passo ai para pegar tudo

Encerrei a ligação e voltei ao que estava fazendo, peguei meu café e as torradas e me sentei a mesa para comer, foi estranhamente bom aquele momento! Geralmente eu não tomava café no trabalho, e mesmo assim era um horário muito corrido, obrigando os funcionários a engolirem a refeição em tão pouco tempo.

Mas em casa é diferente, quer dizer, se você não trabalha pela manhã é uma diferença enorme em comer no serviço e na calmaria de casa. Eu não precisava me preocupar com os míseros quinze minutos de refeição dadas e ao "senhor todo poderoso" Madara gritando como um anúncio do fim do horário de café.

Comi com toda a calma do mundo, como se não houvesse o amanhã, agora eu era livre, livre do casamento e livre do trabalho. Mas isso era questão de tempo, pois eu e a minha casa não nos sustentariamos sozinhos. Dei uma vasculhada em grupos de empresas que eu havia no celular e procurei alguma que estivesse aceitando currículos. Eu tenho uma grande experiência e já posso me considerar um pouco veterano nessa questão.

Amar Novamente - TobideiOnde histórias criam vida. Descubra agora