CAPITULO 10- Boom Clap
(sugestão de música : Boom Clap - Charli XCX)
Ao acordar na manhã seguinte, era dia claro e o sol entrava, alegremente pelo quarto. Lizzie continuou deitada um momento, bocejou e espreguiçou-se.
— Bom dia! — disse Edward com um sorriso quando ela percebeu ser observada.
— Há quanto tempo você está acordado?
— Há um tempinho. Eu quero aproveitar cada segundo que tenho você só pra mim.
— Sua família chega amanhã... Eu sei...
— Relaxa! Minha mãe é uma criatura maravilhosa, inquieta, mas encantadora.
— Obrigada por me dar apoio. E, bem, são tantas histórias que eu ouvi de minha mãe sobre a família de meu pai. E uma situação nova pra mim. Não sei, eu queria me desligar um pouco.
— Tenho uma ideia! Vamos passear o dia todo, te manter ocupada. Que tal explorarmos a ilha? Você ainda não fez isso. Que tal um piquenique? – sugeriu animado.
Depois que terminaram o café da manhã, eles saíram para o ancoradouro.
— Vamos. Eu já avisei que só estaremos de volta à noite — disse Edward, segurando-a pela mão.
Lizzie sentou-se no banco macio da lancha com um suspiro de alegria, levando a cesta para o tal piquenique.
— Qual o roteiro de nossa aventura? — Perguntou ela.
— Vamos passear pelas ilhas vizinhas. Depois vou para a parte de trás de Pemberley, onde você ainda não foi.— Certo capitão.
Ao passar pela ilha do Souza, o próprio, acenou alegremente para Edward.— Vamos dar uma paradinha rápida — disse ele. — Tenho que entregar-lhe uma ferramenta. Só não lhe dê muito papo, senão, a gente só sai daqui amanhã…
— Está bem.
Quando Lizzie e Edward ancoraram, o Sr.Souza os acolheu com um sorriso aberto.
— Olá Edward? Conseguiu a tal ferramenta?
— Sim. Tomara que ela o ajude a reparar o problema de sua lancha.
— Obrigado filho. Você é muito atencioso com este velho aqui. — E dirigindo-se para Lizzie com um sorriso, disse: — Esse jovem é extraordinário. Ficou horas me ouvindo a noite passada.
- Então você deve ser Elizabeth Bennet? Edward me contou do maravilhoso trabalho que está realizando em Pemberley.
— Sim. Espero que ele goste de como a casa ficará.
Edward e Lizzie conversaram mais uns quinze minutos com o Sr. Souza e se despediram.
— Ele é uma figura, eu te disse, se deixar ficamos o resto do dia ouvindo histórias!
— Não sendo da filha dele, eu não me importaria – Edward deu uma risadinha do comentário dela.
Pemberley tinha outro ancoradouro na parte de trás, onde deixaram à lancha.
Edward ajudava Lizzie a subir o morro. Ele subia na frente e a puxava em seguida.
— Está cansada? — Perguntou Edward em dado momento, colocando o cesto no chão e dando a mão a Lizzie para subir uma pedra íngreme.
— Não, nem um pouco. Falta muito?
— Não, agora estamos quase chegando.
Eles pararam bem no alto do morro. Dali se avistava as outras ilhas vizinhas, o mar, e praticamente toda Pemberley. A casa parecia algo imponente vista daquele ângulo.
— Que bonita a vista daqui! – Ela estava maravilhada com a paisagem - O mar assim, daqui de cima, parece uma extensão do céu.— Este é o meu reino — disse Edward, colocando-se na frente dela com os braços abertos.
— Sempre suspeitei que você se “achava”, agora tenho certeza! — Comentou Lizzie com uma risadinha.
— Não me diga! Eu sempre me achei discreto. – disse ele se aproximando dela.
— Você discreto?! – Sua risadinha se transformava em gargalhada.
Edward deu uma risada e apontou para uma clareira abaixo e disse:
— Vamos! Eu já estou com fome.
Lá embaixo a clareira estava banhada pelo sol quente da manhã. As árvores copadas formavam manchas azuladas. Flores amarelas e roxas nasciam em profusão pelo caminho.Caminharam pela clareira até a sombra de uma árvore.
— Borboletas! Eu amo borboletas, são criaturas fabulosas — Comentou Lizzie.
Edward deitou-se embaixo da arvore, com os braços cruzados em baixo da cabeça.
— Não seja preguiçoso e me ajude! — Exclamou ela.
Lizzie apanhou o cesto de vime enquanto Edward estendia a toalha sobre a grama. O vento soprava com força e o céu parecia tão azul, quanto os olhos de Edward.