Sangue puro-Parte 2

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—Eren?—Disse Floch que se levantava com dificuldade, se apoiando nas paredes imundas do beco em que estavam.—Oque faz aqui?—Floch tinha os olhos arregalados. Ele era um lobisomem perdidamente apaixonado por Eren, e se encontrava abismado por este, um humano, ter conseguir derrubar sozinho três lobisomens alfas.

—Eu vim ao mercado comprar algumas coisas, quando estava saindo, ouvi um barulho estranho vindo daqui e achei os três te batendo.—Falou com a mão na nuca envergonhado, e sorrindo, oque ele não sabia é que estava fazendo o coração de um cerco ruivo falhar algumas batidas, Floch entendia que Levi queria proteger Eren e se afastou, sentiu tanta saudade desse sorriso idiota que estava para morrer, então vê-lo daquele jeito, envergonhado e bem de saúde fazia o sofrimento da saudade ter valido a pena.—Vem, vamos pra sua casa cuidar desses machucados.—Eren disse ajudando Floch a se locomover para o carro.

Assim que chegaram na casa, abraçados, Eren sorriu tristonho, sentia saudade dali. Tantas noites que ele, o ruivo e o irmão deste tiveram um ao lado do outro, brincando como crianças naquela casa, bebendo sem Eren ter idade, dançando e curtindo como bons adolescente que eram. Eren logo afastou esse sentimento e fez uma nota mental para ir mais a cidade onde ficou boa parte de sua vida.

Acomodou o ruivo no sofá e buscou pela caixa de primeiros socorros, assim que achou começou a fazer os curativos com cuidado enquanto recebia um olhar de saudade e ternura do ruivo.

—Senti saudades pequeno.—Disse Floch assim que Eren terminou o último curativo no braço deste, aceitou de bom grato o abraço e carinho no cabelo que recebeu, Eren foi colocado no meio das pernas de Floch enquanto praticamente ronronava palas mãos habilidosas que o acariciavam. Não havia malícia ali, apenas um sentimento de conforto, ficaram ali por muito tempo até que Eren deu um pulo, saindo dos braços do ruivo.

—Puta que pariu eu não avisei Levi, tenho que ir, beijo ruivinho se cuida e da um beijo no loirinho, vou vir te ver mais vezes, sinto falta das nossas festas a três.—Disse Eren tanto um beijo na testa, de despedida em Floch, o coração do ruivo batia a mil, sua barriga possuía borboletas que não paravam quietas e seus olhos admiravam a bela figura a sua frente se despedir.

—Te espero então pequeno, boa viajem e cuidado.—Disse antes do outro sair, deixando para trás um pobre lobo apaixonado.

—Puta merda, 57 chamadas do Levi..eu sou oficialmente um homem morto.—Dizia Eren já no carro, conferindo o celular, enquanto dirigia. Não havia uma alma viva na estrada e ele não se importou em ligar para o namorado, antes que esse, viesse pessoalmente matá-lo.

Eren seu filha da puta onde você está? São quase onze da noite e você saiu de casa às 16:00–Dizia Levi assim que atendeu o telefone gritando para o moreno.

—Calminha meu amor, eu estou a caminho é porque..—Eren ia se explicar mais foi interrompido por um grito do mais velho.

VOCÊ ESTÁ NA ESTRADA COM O TELEFONE?—Agora sim, Eren tinha certeza, de que ao chegar em casa ia direto para debaixo da terra.

—Meu querido calma, não tem uma alma viva nessas bandas, estou sozinho na estrada.—Disse Eren para acalmar o namorado desesperado atrás do telefone.

Tsk..não são os vivos que me incomodam—Murmurou Levi esquecendo momentaneamente que estava com Eren no telefone.

—Que? Sério que você tem medo que eu seja atacado por fantasmas?—Disse Eren rindo do outro, sabendo que estava assinando seu atestado de óbito com essas piadinhas, mas ele não perderia a chance de gozar com a cara do outro.

Pirralho..—Esse tom foi de aviso, Eren sabia que o outro só estava preocupado, mas não podia evitar gargalhar da preocupação e medo bobo de seu namorado. Iria continuar a brincadeira se não tivesse sentido um arrepio na espinha, isso significava que tinha alguém o observando.

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