Sangue puro

Sangue puro-Parte 4

Anos atrás-

Carla e Kuchel não se importavam com as futuras multas que poderiam pagar contanto que chegassem à bruxa nada importaria, o carro preto sempre foi veloz, embora nesse momento parecesse muito lento. Cada vez adentrando mais a floresta densa de difícil acesso, finalmente avistaram a pequena residência, o único local que havia um campo aberto, este que estava coberto de flores e dentes de leão.

—Que bom que chegaram! Vamos, não temos tempo a perder.—Disse a jovem bruxa de cabelos castanhos. Chamou as senhoritas para dentro e se sentou na cadeira frente a mesa de centro, está que tinha mais dois assentos para as senhoras.

—Me diga bruxa porque nossos filhos reencarnaram? Até onde estudamos a lenda diz que só o amor inacabado deverá retornar, mas eles já tiveram seu amor na era tenebrosa dos titãs, embora tenha sido conturbado eles foram felizes!—Disse a mulher de cabelos pretos, Kuchel era uma dama nata, social, vestia vestidos caros e usava assessorias de luxo. Contrariando totalmente a acastanhada que vestia vestes simples, embora tivesse uma ótima condição financeira gostava mais do conforto.

—Vejo que receberam o meu aviso.—Disse analisando as duas mulheres, enviou um aviso em forma de sonho que contava a trajetória do amor anterior dos dois meninos, Levi era considerado adolescente para a espécie nessa época, ja Eren ainda não havia nascido mas iria em pouco tempo. As amigas se entreolharam na manhã e partiram para a casa que lhes foi direcionada em sonho.—Vejam, pelo que percebi, o amor de seus filhos é tamanho que não coube em uma só vida. O Deus do amor, este que vocês chamam de criador, achou demasiado curioso está ligação e não deve escolha a não ser dar-lhes está vida. Entretanto o Deus do ódio, oque vocês chamam de "Diabo", invejou tamanha façanha e temo que tenha pego o futuro de seus filhos.—Disse a jovem bruxa com uma breve explicação para entendimento das mães, que agora se entreolharam preocupadas.—O futuro de ambos depende do amor, Levi será salvo de sua solidão que seria eterna por Eren, este último irá fazê-lo feliz. E Levi salvará Eren de seu— A jovem não conseguiu terminar, a história que os rodeava em magia dourada agora era substituída por uma negra.

Uma risada maléfica e diabólica caiu no local e uma voz ecoou, quebrando a paz que estava no local.

—Jamais estás almas saíram vivas de minhas garras, eu Deus do ódio, acabarei com este amor caminho por caminho, nenhum amor será superior ao ódio que corroera este dois seres serão fadados ao inferno!—Disse a voz em alto e bom som assustando a todos. Mas assim como veio foi embora, sem mais nem menos.

—Oh não.—Praguejou a bruxa. Estendeu a mão no ar e imagens da morte de Eren saíram por a sua volta.—Eu..eu não vejo saída.—Os gritos de agonia de diferentes mortes quebravam o silêncio e o choro das mães que temiam por seus filhos.—Aqui ele morre esquartejado. Aqui atropelado. Aqui por envenenamento. Neste torturado. Nesse queimado.—Disse a bruxa com a voz embrulhada cada vez mais em desespero.

—Não..tem de a ver uma saída. Nossos meninos não podem sofrer tanto.—Disse Carla com a voz elevada senda abraçada por Kuchel que chorava.

—Desculpe mas..AQUI!—Disse apontando para uma das várias sombras que as cercavam. Nesta em especial havia um pequena, quase imperceptível, luz rosa.—Nesta eu vejo uma saída, porém ainda sim a dois caminhos. Eu consigo ver Eren com os mesmos ideais de antes, e ideais que se me permitem dizer são estupidas. Ele vai agir sozinho como agiu em sua outra vida, caberá a Levi salvá-lo. Temos fé, creio que tudo dará certo.—Conclui a bruxa tentando acalmar as mulheres a sua frente.

—Porque meu Eren?—Murmurou Carla para si, porém ouviu uma breve explicação para seu questionamento.

—Eren nasceu para proteger, não liga para si, contando que as pessoas de seu convívio permaneçam a salvo ele não se importará de dar sua vida. Seu espírito é bondoso, porém o único erro dessa bondade, é ansiar por liberdade. Creio que seu erro será agir sozinho, não querer que seus amigos se envolvam e acabará cavando sua cova.—Maldita seja, ela está corretíssima.