A IRMÃ MAIS NOVA DOS IRMÃOS WINCHESTER - SUPERNATURAL

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Sam Pov

Sam- Eai ? - Perguntei a Rowena devido a ansiedade que eu estava, ela continuava fazendo seu lance de Bruxa, mas não havia dito nada ainda - Alguma coisa ?

Rowena- Estou tentando, Sam. Paciência - Disse de olhos fechados. Suspirei e coloquei as mãos atrás da cabeça, eu estava preocupado pensando que poderia não dar certo, era a única esperança que tínhamos.

Dean- Vai beber alguma coisa...você tá quase enlouquecendo - Concordei com a cabeça e me virei para sair do quarto, mas quando eu estava na porta, Rowena interrompe.

Rowena- Espera...eu consegui ver algo - Dei meia volta.

Sam- O que ?

Rowena- Uma mulher...ela estava torturando a garota, muito. Ela quer que Julia a ajude. O nome dela é...Naomi - Eu e Dean nos olhamos.

Dean- Ajuda com o que exatamente ?

Rowena- Naomi quer fazer mais anjos e tomar o controle, mas ela não pode. Então ela quer alguém que possa fazer por ela.

Dean- Como a garota poderia ajudar com isso ?

Rowena- É difícil dizer, não consigo ver muita coisa...essa mulher fez alguma coisa com ela, uma coisa séria. E eu não consigo ver, ela não quer deixar.

Sam- Continua tentando.

Rowena- É o que estou fazendo Sam, mas não fique com muita esperança.

Enquanto isso no Vazio

Julia- Pra onde vai me levar ? - Perguntei enquanto andávamos em direção a uma porta, era apenas uma porta, sem parede nem nada. Como havia dito antes, não havia nada nesse lugar.

O Vazio- Você vai descobrir, eu sei o que preciso fazer - Continuamos caminhando em silêncio até a porta, qual a segunda de "mim" abriu e entrou, e eu logo em seguida.

Era um parque, um lugar lindo, havia crianças brincando, bancos onde os pais ficavam olhando os filhos, casais melosos fazendo piquenique, enfim.

Depois de alguns segundos observando em volta eu me lembrei, meu pai costumava me trazer ali quando eu tinha por volta de 6 anos.

Julia- Por que estamos aqui ? - Meus olhos estavam começando a se encher de água. Eu tinha saudades de quando eu era criança, saudades de quando as minhas únicas preocupações eram brincar o máximo que eu podia antes que meus pais me levassem pra cama, e saudades do meu pai.

O Vazio- Reconhece esse lugar ? - Perguntou.

Julia- Sim, é o parque que meu pai me trazia pra brincar quando era criança.

O Vazio- Exato, e quero que preste bem atenção nas pessoas, e principalmente no seu pai.

Julia- Eles não conseguem nos ver ?

O Vazou- Não, isso é apenas uma memória sua.

Ela apenas esperou que eu percebesse algo, então eu observava a minha volta o máximo que conseguia, tentava prestar atenção até nos mínimos detalhes. Mas não havia nada, só meu pai sentado no banco escrevendo no diário que ele tinha, ele nunca deixou eu tocar naquele caderno, sempre dizia que quando eu fosse maior iria entender o por que de tudo que ele fez. Eu nunca entendi o que ele queria me dizer, mas tenho a leve sensação de que iria descobrir hoje.

O Vazio- Não precisa ficar com medo, pode chegar perto dele. Converse se quiser.

E então eu me sentei ao lado dele, ele realmente não podia me ver. Comecei a observar o que ele escrevia no caderno, era desenhos e textos enormes. Djins, demônios, bruxas, vampiros, lobisomens, era difícil acreditar em tudo isso sem ter visto algum cara a cara.

Eu apoiei minha cabeça em seu ombro e comecei a chorar, deixei que eu chorasse tudo que estava preso dentro de mim, foi um alívio, mesmo que ele não pudesse me ver ou sentir.

Julia- Me desculpa pai, desculpa por ter agido daquela forma quando te vi, de ter ditos aquelas coisas horríveis pra você...eu não queria, eu não sou assim, você sabe disso - Fechei meus olhos - Em compensação, o Sam e o Dean são ótimos irmãos, quer dizer...o Dean é meio estressado né ? Mas eu dou conta - Ri fraco - Também tem o Castiel, mas eu não sei onde ele está agora...mas eu acho que você ficaria orgulhoso de mim se estivesse aqui, por que eu estou me esforçando ao máximo, eles apareceram na hora certa por que eu estava prestes a desistir...eles me salvaram - Era tão bom a sensação de poder estar ali ao lado dele de novo, eu não queria voltar, mas eu sabia que não poderia ficar pra sempre.

Depois de mais alguns desabafos ele olhou em volta procurando alguém, se levantou, e foi pra trás de uma árvore distante onde o meu eu criança não pudesse ver, e não vi, estava distraída demais brincando. Lá ele conversava com um homem, o mesmo homem que apareceu diversas vezes pra mim. Barba mediana, olhos azuis, terno cor vinho.

Julia- É ele, é o cara que eu vejo nos meus sonhos...quem é ele ? O que ele tá fazendo com meu pai ?

O Vazio- Acho que você deveria ir escutar a conversa dos dois - Começamos a caminhar em direção à eles.

John- Combinamos de não nos encontrar perto dela.

??- Eu não tenho tempo.

John- Então seja rápido.

??- Alguma coisa ?

John- Não, nada. Ela age igual uma criança normal, brinca, come, dorme, e vai pra escola.

??- Nenhum lápis voando em volta dela ? Vidros quebrando ? Não sei, alguma coisa. Qualquer coisa.

John- Não, acho que você estava errado.

??- Você sabe...se não tivermos nenhum sinal até ela completar 8 anos, você sabe o que tem que fazer.

John- Eu sei... - Uma coisa era clara, a conversa era sobre mim.

??- Me avise se acontecer algo, quero ficar sabendo até dos mínimos detalhes. E acho melhor cumprir a sua parte do acordo se quiser ter o que quer - Piscou.

John- Quando nos encontramos de novo ?

??- Você vai saber quando for a hora - Os dois se encararam sérios - Até mais John.

John- Até, Chuck - Bom, pelo menos agora eu tinha um nome.

Meu pai se virou e sentou novamente no banco que estava antes, como se nada tivesse acontecido. E o homem desapareceu em um piscar de olhos.

Julia- Eu tenho um nome agora.

O Vazio- Creio que isso é tudo que você pode saber por enquanto.

Julia- Eu deveria contar aos meninos ?

O Vazio- Não, isso é uma coisa que você precisa descobrir sozinha.

Julia- Certo... - Suspiro.

O Vazio- Seus irmãos já devem estar tentando te trazer de volta, vamos voltar - Ela passou pela mesma porta que entramos, e quando eu ia passar senti alguém segurando meu braço.

Me virei e vi que era meu pai, mas como ele conseguia me ver ?

John- Filha...

Julia- Pai ?! Você consegue me ver ?!

Continua no próximo capítulo...