The Documentary

Capítulo 11

Cheryl Blossom

Domingo

Assim que me dei conta de que eu não estava em casa, meu coração parou. Eu não reconhecia o quarto e não parecia ser de ninguém que eu conhecia.

Sentei na cama e olhei ao redor, vendo tudo totalmente arrumado e no lugar. Olhei para baixo e vi que eu estava apenas de calcinha e uma blusa, típico look de quem dorme depois de ter transado.

Peguei meu vestido, que estava bem dobrado em cima da poltrona, e fui para o banheiro que tinha na suíte.

Fechei a porta devagar, tentando fazer o máximo de silêncio para que o dono da casa não me ouvisse. Como eu estava bem apertada, fiz minhas necessidades e lavei meu rosto, tentando tirar um pouco da maquiagem que está no meu rosto desde o dia anterior.

Tirei a blusa que estava e coloquei meu vestido de volta. Procurei meus saltos pelo quarto e o achei embaixo da cama. Com muita coragem, e receio também, abri a porta e me deparei com o restante do apartamento.

Um cheiro muito bom de waffles me atingiu em cheio. Seja lá quem for, tocou no meu ponto fraco. Eu amo waffles.

- Ah, você acordou.- uma voz feminina me assustou, fazendo-me virar no susto. Vi Toni saindo de um cômodo e fechando a porta- Bom dia.

- Bom... dia.- puta merda, o que eu estou fazendo aqui na casa dela?

- Não precisa ficar com essa cara, não aconteceu nada ontem a noite.- ela esclareceu de imediato, me deixando mais tranquila.

- O que eu estou fazendo aqui?

- Você exagerou na bebida e não estava em condições de voltar para casa sozinha e, como eu não sabia seu endereço, te trouxe para cá.

- Meu Deus, eu deixei meu carro no bar.- comecei a ficar desesperada, procurando feito louca a minha bolsa.

- Eu liguei para o bar e pedi que guardassem seu carro, ele está seguro.

Ela estava falando com tranquilidade enquanto comia waffles com mirtilos e morangos. Eu vi minha bolsa em cima do balcão de mármore a fui até ela, checando se tudo estava dentro dela.

Celular, chave do carro, carregador... Certo, está tudo aqui. Soltei o ar aliviada e fiquei parada, sem saber o que fazer.

- Você está com fome?- ela perguntou, notando um pouco do meu desconforto- Vem, eu fiz waffles em dobro.

- Eu não estou com fome, mas obrigada, Toni.- eu estava morrendo de fome, tudo que eu queria era cair de cara naqueles waffles- Eu tenho que ir pegar o meu carro e...

- Eu te deixo lá, espera só um pouco.

Ela terminou de comer o waffle e colocou  o prato sujo na pia, lavando as mãos em seguida. Ela foi até o quarto pegar alguma coisa e eu aproveitei para dar uma olhada em seu apartamento.

Agora que eu sei onde estou, a decoração realmente faz sentido. Notei alguns lençóis em cima do sofá e travesseiro, então ela deve ter dormido ali e não no quarto. Fiquei bem mais aliviada ao saber disso.

- Pronto, vamos.

Peguei minha bolsa e a acompanhei até o elevador. Descemos e logo chegamos ao estacionamento. Entrei em seu carro, uma Lande Rover SV autobiography preta. Assim que sentei no banco, dobrei as pernas e coloquei minha bolsa em meu colo.

Dirigimos um pouco e chegamos ao bar. Vi meu carro estacionado no mesmo lugar da noite anterior. Fiquei aliviava em vê-lo, seria uma pena se o roubassem.