Capítulo 48

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Cheryl Blossom

O apartamento de Toni ficou uma loucura. Ontem a noite nós derrubamos objetos de todos os cômodos, acho até que quebramos um vaso. Mas está tudo bem, foi por um bom motivo e estávamos um pouco acaloradas.

Na verdade, eu nem sei como ainda consigo andar, tudo foi muito intenso. Era muito tesão, saudade e amor acumulado, então descontamos tudo ontem a noite. Minha coxa está bem dolorida e minha bunda também, mas eu espero que a dor passe no decorrer o dia.

Agora pela manhã, temos que ir ao lugar onde terá aquela tal atividade exótica. Fica um pouco afastado da cidade, devem rolar coisas bizarras ali. Não é de se esperar menos, já que é algo para melhorar o desempenho sexual.

- Verônica e Betty irão nos encontrar lá no chalé.- Toni parou na porta do quarto, me olhando- Você está linda.

- Obrigada, amor.- terminei de passar um gloss, apenas para dar um destaque maior aos meus lábios- Vamos?

- Vamos.

Peguei minha bolsa em cima da cama e coloquei meu celular dentro. Saímos do apartamento de Toni e fomos para o estacionamento. Decidimos ir no carro dela, então entramos e Toni começou a dirigir.

Foram vinte minutos do prédio de Toni até o chalé da atividade. Não era necessariamente um chalé, era uma casa rústica grande em um sítio. O local era totalmente arborizado e cheio de flores. A grama estava intacta, cheirava a grama molhada, provavelmente tinha sido regada a pouco tempo.

Tinham mais três carros estacionados no lado de fora do chalé, reconheci o de Verônica no meio dos outros dois. Toni estacionou e descemos do carro.

Encarei o chalé, tentando sentir as vibrações do que estava prestes a acontecer ali dentro e se valia a pena entrar. O lugar em si é lindo, parece calmo. Mas é assim que todo filme de terror começa, não é?

- Não me diga que está com medo de entrar nesse chalé?- Toni apareceu ao meu lado, segurando a minha mão.

- Não estou com medo.- falei com firmeza- Olha, se isso for algum tipo de suruba coletiva, eu vou embora.- avisei a Toni, vendo ela sorrir.

- Eu tenho certeza que não é nenhuma suruba coletiva, mas se for, eu faço questão de te acompanhar.

Confiei em suas palavras, segurando sua mão. Ela me puxou para dentro do chalé. Não era dividido em cômodos, apenas um grande cômodo central. Na sala central, tinham algumas camas rodeadas de cortinas brancas, todas separadas uma da outra. Os casais estavam separados, apenas conversando, praticamente aos sussurros. Vimos as meninas e fomos até elas.

- Me explica que tipo de ritual vai rolar aqui?- perguntei a Verônica assim que nos aproximamos.

- Oi, meu bebê.- ela fez um biquinho- Eu estava com tanta saudade de você.- Verônica se jogou em cima de mim, me dando um abraço apertado.

- Eu também.- retribuí o abraço, soltando-a apenas para abraçar Betty- Que saudade que eu estava de você, baby.

- Nem me fale, Cher.

Nos abraçamos e matamos um pouco da saudade. Enquanto ninguém dizia nada, aproveitamos para conversar. Perguntei o que tinha acontecido na semana das duas e elas me perguntaram o mesmo. Eu as atualizei sobre a viajem e elas me atualizaram sobre suas vidas pessoais.

- Olá pessoal!- ouvimos alguém falar alto, chamando a atenção de todos- Sejam todos e todas bem-vindos ao nosso chalé do amor.- nossa, eu só consegui prestar atenção nesse nome brega.

- Eu sou o Édgar e essa é minha esposa Evelyn.- eles se apresentaram- Nós iremos guiar vocês na atividade de hoje. Bom, gostaria de ressaltar que temos apenas uma regra.- ele passou os olhos pelos casais- É proibido revelar a identidade dos casais que estão aqui hoje.

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