Estava cansada, na verdade exausta, depois do dia longo e ocupado que tive. Já era noite e as ruas de tokyo estavam frias como sempre naquele horário, sorte a minha era que agora eu tinha um apartamento próprio.Claro que não é algo grande nem luxuoso, mas era tudo que eu precisava naquele momento. Meu próprio espaço e paz!
Eu consegui ele graças a minha querida madrinha Kurenai, ela tem um mini prédio com cerca de dois apartamentos nos 3 andares, do pesqueno edifício. Ela me contou que o antigo proprietário do meu apartamento saiu as pressas pois não tinha mais condições de ficar nem pagar, mesmo Kurenai insistindo para que ele ficasse.
De qualquer forma isso não é muito relevante_ penso adentrando o pequeno e aconchegante apartamento, ele ainda possuía os móveis do antigo proprietário. Isso era um problema.
Vou em direção ao sofá deixando todas as minhas coisas, indo em direção ao banheiro. Tudo que mais precisava naquele momento era um bom banho quente.
Já vestida do meu pijama, volto a reparar o lugar uma vez mais, queria deixar tudo do meu geito e gosto. Ao andar perto da cabeceira, já no quarto, escorrego em um carrinho de brinquedo que estava no chão me fazendo cair sentada.
Dou um gemido abafado de dor _Ai, droga!_ olho ao redor tentando reconhecer o causador de minhas dores nas nadegas. _Kurenai- San não mencionou nada sobre ele ter filhos, será que fazia coleção? _ pergunto para mim mesma pegando o brinquedo do chão em seguida o colocando na penteadeira quando noto algo
_Que estranho, tem algo guardado aqui_ penso intrigada acerca ao pequeno papel guardado atrás ao espelho da penteadeira
_Será que eu devo tirar? Seria correto?_ penso agora em dúvida _E se for algo pessoal? Ou então se for alguma espécie de maldição deixada pelo antigo proprietário?_ me apavoro logo com a última opção. Respiro fundo e decido agir pela lógica afinal não teria porquê ele deixar uma maldição no apartamento em que morou, não é?
Junto toda a pouca coragem que sempre tive em toda minha vida e puxo o pequeno papel de uma vez só com os olhos fechados. Esperei breves minutos até ter certeza que nada aconteceria e só depois disso abri meus olhos me dirigindo ao papel em minhas mãos, e era uma carta
Quase sem nenhuma informação mais ainda assim era uma carta. Sem celo, sem endereço, sem emissor ou receptor. Bufei com a falta de informações, _tão pouco profissional _ sorri com meu breve pensamento. Quando finalmente à abro me deparo com uma letra masculina dando início a carta
Hoje é 16 de Abril de 2021, são exatamente 10:50 da noite e eu sou oficialmente um desconhecido...
VOCÊ ESTÁ LENDO
A carta de um desconhecido
Teen FictionO que você caro leitor/a faria caso se mudasse para um apartamento e neste mesmo apartamento em questão acabasse por encontrar uma carta do proprietário anterior escondida entre alguns móveis? Bom essa parece ser uma situação difícil, e nem eu mesma...