4 | Doente de amor

508 51 289
                                    

Boa leitura 💜 leiam as notas finais...

— — —

Chunhwa sempre foi funcionária dos Jeon, conhecia Jeongguk melhor que ninguém, portanto não foi mistério notar o olhar abobalhado que Jeongguk fazia em certas ocasiões, por exemplo: durante ligações no celular, às vezes quando estava pintando ou mesmo quando estava cuidando das flores do jardim.

Seu menino finalmente estava florescendo no amor, e isso a deixava orgulhosa. Há tempos não via a cor sombria nos olhos tristes de Jeongguk, apenas uma nova cor vibrante de euforia.

Ah, o primeiro amor.

— Quem é esse jovem tão bonito, filho? — boba, queria saber quem era o rapaz das fotos que estavam coladas no mural do quarto, ou para quem seus olhos brilhavam tanto quando mexia no celular.

A governanta já havia escutado ligações divertidas entre eles durante o café da manhã, e tinha que ressaltar que à tempos não via Jeongguk tão singelo.

Seja lá quem fosse, o seu menino gostava, e gostava muito, então nada mais importava.

— Meu hyung. — é claro, a resposta foi pequena, mas o sorriso verdadeiro entregava mais significado.

A mulher ficou radiante. Sorrindo, lhe afagou os cabelos.

— Está um dia tão lindo. Por que não sai um pouco do quarto? — desde que Jeongguk começou a espalhar fotos pela casa, ou murmurar que estava com saudades de Seokjin, Chunhwa havia visto uma nova faceta do menino.

Nunca tinha visto ele ser tão aplicado, radiante, brincalhão e até suave, ou pelo menos não desde que Gaeul se fôra.

Mas ali estava seu menino, se permitindo ser feliz, graças ao amor.

— Tem razão.

Guk então se viu na oportunidade para terminar o quadro que havia começado semana passada.

Pegou os materiais e seguiu para o jardim animado para terminá-lo.

Respirou o ar puro quando se sentou, era tranquilo. Jeongguk olhava encantado para a tela coberta de arte e amor, seus olhos brilhavam conforme observava a pintura inacabada.

Ficou em paz por mais ou menos quinze minutos, coisa que na casa dos Jeon era impossível, pelo menos para o caçula.

Os passos elegantes anunciam a presença da figura magra e esbelta atrás de si. Era Yongsun, sua cunhada.

— Hyunie me disse que você gostava de pintar, mas não pensei que fosse tão talentoso. — o sorriso doce e o toque gentil em seus ombros se fizeram presentes, e Yongsun observava a tela impressionada com o talento do cunhado. — Quem é?

— Meu hyung. — Jeongguk respondeu focado apenas na tela, pouco se importando com os olhos castanhos observadores da mulher.

A tela aquarela estava inacabada, mas o esboço de Seokjin estava marcante e hipnotizante, o próprio pintor mal prestava atenção no ambiente e em sua cunhada, estava fascinado com a própria obra.

A beleza do quadro não era nada comparada com a de Seokjin, mas ainda assim, era tão marcante quanto ele. Na tela, o rosto de Seokjin estava sendo colorido com cores vivas em seus olhos. O roxo em vários tons tingiu as mechas do cabelo, os olhos eram fruto do arco-íris, e os lábios eram incrivelmente vermelhos.

Yongsun nunca havia visto Jeongguk tão inerte. O rosto de Jeongguk fazia uma expressão carinhosa e doce, a mulher ficou confusa sobre as emoções em relação ao quadro, mas não quis incomodar o rapaz.

Labirinto de amor | JINKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora