TWENTY-SEVEN

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-Gildeon, Fabian, James e Sirius vão...

-Não!- Marlene interrompeu -Eu vou, James fica com Harry.

-Marls...

-Estou falando sério- Marlene interrompe Potter -, Harry é pequeno, precisa do pai, são muitos comensais, fique aqui.

A reunião da ordem da fênix foi de emergência naquela tarde. Comensais a solta estavam fazendo o caos em Londres, trouxas mortos, mestiços torturados e nascidos trouxas levados a loucura.

-Frank e Alice podem ficar aqui conosco- Lily disse com Harry dormindo em seus braços -, Nev está com a avó, mas eu não permito que vão.

-Tomem cuidado- Molly disse aos irmãos dando um beijo na bochecha de cada um -, juízo, e sem gracinhas.

Dorcas deu um beijo em Marlene, McKinnon esperava que aquilo não fosse uma despedida, por mais que parecesse. Sirius abraçou Remus o mais forte que conseguiu e após selou seus lábios nos dele, sorriu, e bebeu a poção polissuco. Gildeon e Fabian fizeram o mesmo após Molly terminar de falar com os irmãos. Lílian Potter sempre ficava nervosa nessas missões de emergência, ainda mais agora que amigos próximos estavam indo atrás de comensais da morte.

James abraçou Lily enquanto os integrantes da ordem desaparatavam, ele pegou Harry no colo e se sentou no sofá ao lado de Remus, que balançava a perna enquanto tinha a respiração pesada. Emmeline Vance tentava acalmar Dorcas Meadowes. Na última missão de emergência, no mínimo, seis integrantes da ordem foram mortos, e apenas dois comensais da morte entregues à Azkaban.

-Eles ficarão bem, querida- Alice disse para Lily -, todos voltarão.

-Sabe quantos são?

-Dezessete comensais. Há alguns aurores por lá, mas o ministério por si só não da total conta deles. Precisamos ajudar.

-Eu sei- Lily tentou sorrir -, mas também sei que Marlene e Sirius não tem limites. Eles não vão parar até acabarem com todos. Ela não me deixa ir, diz que se algo acontecer comigo ou com James ela não vai se perdoar, ela tem medo de Harry crescer sem pais- a ruiva tentava conter as lágrimas.

-Vai dar tudo certo...- Nesse instante, Sirius aparatou de volta na casa dos Potter.

-São muitos, muito mais que dezessete- Ele disse ofegante -, precisamos de reforços.

[...]

Paige encima da árvore estava longe de seus problemas, mergulhava naquelas palavras compridas -e algumas borradas de tinta- daquele livro antigo da biblioteca de Hogwarts. Silena e Dahlia sentadas na grama apenas batendo papo.

-Pay, venha cá...- Silena pediu e Paige desceu nos galhos da árvore e se sentou ao lado da amiga -Eu e Theo... Por Merlin o que tem na sua mão?

-A briga com Dayan, provavelmente. Não fez curativos?

-Não, doía muito.

-Paige! Olhe só pra isso! Fazem quase três semanas desde a briga idiota de vocês dois e a sua mão ainda está completamente machucada.

-Em minha defesa- Paige disse fechando o livro -, eu e James brigamos com uma árvore.

-Como?- Dahlia riu.

-Sei lá, brincadeira de família. Temos que socar a árvore até cair uma pinha.

Silena revirou os olhos e puxou o braço de Paige.

-Vem, você precisa de curativos.

Olsen saiu puxando Paige por toda Hogwarts até chegar na enfermaria, pediu permissão à Madame Pomfrey antes de pegar alguns band-aids, esparadrapos e utilizar a varinha. Silena segurava as mãos de Jones com delicadeza, Paige observava tudo com atenção na esperança de conseguir reproduzir algum dia. Mas pedir para Sina fazer para ela não seria uma má idéia...

-O que ia me contar no jardim? Sobre o Theo.

-Ah- Sina suspirou -, eu acho que gosto dele...

Paige olhou nos olhos azuis de Silena.

-O-oque?

-Gostando, sabe?

-Tipo, apaixonada?

-Sim, talvez.

-Mas, Theo é seu amigo- Paige seguiu o olhar a Silena enquanto ela cuidava de sua outra mão -, iria destruir a amizade.

-E se aprofundar num novo relacionamento- Olsen sorriu -, John me disse que percebeu olhares dele para mim na aula de DCAT hoje de manhã. Seria legal, não é? Tipo, nós dois.

-Não...

-Por que não?

-Porque v-vocês são amigos...

Silena riu. Paige claramente não estava feliz com a notícia. Ela não gostaria de ver Theodore e Silena se beijando por aí nos corredores de Hogwarts.

-Ah Pay, qual é? Está sendo egoísta.

-Não estou! Só não quero que vocês dois fiquem tristes quando isso não der certo.

-Paige você gosta do Theo para estar tão enciumada assim?- Paige riu sarcasticamente.

-Claro que não- Ela olhou pela janela, da onde tinha vista do campo de quadribol, atualmente o treino da grifinoria na qual Theo era o novo artilheiro -, não gosto dele.

-Então, qual o motivo de não nos querer juntos?

Paige olhou no fundo dos olhos de Silena. Qual seria a sensação de estar apaixonado por alguém? Sentir as famosas borboletas no estômago, na qual Paige nunca sentiu -ainda-. Jones suspirou, e então disse:

-Eu acho que...- Ela fez uma pausa -Na verdade eu não sei- a mentira saiu facilmente dos lábios da garota.

[...]

Depois de algumas -muitas- horas, uns quinze bruxos entraram pela porta da casa dos Potter. Com o rosto abatido, semblante triste, e bastante machucados. Marlene tinha o cabelo sujo e um machucado na boca, Sirius ao seu lado, com lágrimas nos olhos e sangue escorrendo pelo nariz. Molly percebeu que faltava alguém.

-Onde está Fabian?- Gildeon se apressou e abraçou a irmã mais velha, chorando -Gil...- a ruiva disse com a voz abafada.

-Acertado em cheio por uma maldição imperdoável...- Gildeon disse chorando no ombro da irmã. Lily cobriu a boca e se permitiu chorar, assim como alguns outros integrantes da ordem.

-Molly me desculpe- Marlene disse secando as lágrimas -, eu tentei desviar ele do feitiço, eu juro que tentei...

-Ah minha querida- Molly disse tentando se estabilizar -, não foi culpa sua.

Gildeon foi abraçado por James. Lily saiu com Harry para o quarto do bebê. Sirius beijou Remus, mesmo machucado e fraco.

-Estou feliz que voltou para casa- Remus sussurrou no ouvido do Black.

-Vai precisar me aguentar por mais alguns anos, Moony. Eu amo você, amo você mais que tudo.

-Eu também amo você, Pads- Remus largou o abraço do namorado -, acho que temos que limpar algumas feridas.

FOUR MARAUDERS AND ONE CHILDOnde histórias criam vida. Descubra agora