ɴᴀ ᴛᴏᴄᴀ ᴅᴏ ʟᴏʙᴏ - ᴄᴀᴘᴛ 5

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𝐃𝐚𝐦𝐨𝐧

Quase todos os integrantes da minha milícia estavam mortos, menos um, ele estava vivo, mas em situações precárias, ficou cego, sua perna estava enfaixada, ele tomou um tiro na coxa e um roxo enorme na altura de seu estômago, ele estava desacordado, precisava falar com ele. Ele é o único que tem informações sobre o que ocorreu. Quando recebemos a notícia de uma possível chacina, já sabíamos do que se tratava, projéteis para todo lado, corpos, mas só os corpos dos nossos, nenhum corpo da máfia inimiga, era incrível, como tiraram todos de lá tão rápido?? Algo não se encaixava, como sabiam que haviam corpos mortos lá, tão rápido.

o toque do telefone do meu escritório me acordou de um transe.

Diga. – Espero uma resposta.

Sr.Montinelli, Hugo acordou, está te esperando no ambulatório. – Lourence me avisa.

– Ok, estou descendo. – desligo. Ajeito minhas armas em meu corpo, terei que lidar com um louco alucinado de remédio, vamos ver quem pira primeiro.

No elevador, sinto um mau pressentimento, algo está para acontecer, preciso ficar atento. Chegando lá, avisto Hugo deitado na maca, com vários fios em seu peito, estão monitorando seu estado, um acesso em seu braço, provavelmente por onde está sendo medicado e curativos em seus olhos.

– Hugo. – O informo sobre minha chegada, localizando de onde eu estou.

– Sr.Montinelli, imagino que esteja aqui para me perguntar sobre o ocorrido.- ele diz um tanto quanto... irritado?? não consegui entender.

Semicerrei os olhos, cruzei os braços e me encostei na parede mais próxima. Antes disso, eu fechei a persiana próxima dele e a porta também.

– Estou aqui para isso, vamos logo ao ponto. – Aquele seu tom desafiador me irritou um pouco. Passei a língua no interior da minha bochecha, ainda processando suas palavras.

– Olha Montinelli, nos direcionou para a porra de um matadouro e ainda tem coragem de vir me perguntar sobre?? – Sorri. Acho que vamos encontrar o céu mais cedo, o anjo da guarda desse cara anda passando bem longe dele.

– Hugo, escute bem, mandei vocês porque essa é a função de vocês, matar e ir atrás das pessoas que EU mandar, caso estivesse incomodado com isso, demissão era sua trajetória, eu te pago para isso, você não me faz caridade, a caridade quem está fazendo sou eu, nesse exato momento, poupando sua vida.- Ele estremeceu com minha fala, ficando encolhido em sua maca. Palidez nítida, cada vez mais. – Então vamos poupar qualquer tipo de... Como posso dizer??

Saltei de onde estava, indo na direção de sua maca, me aproximei de seu braço, arrancando fora o acesso alí presente. Peguei uma almofada próxima ao seu corpo e coloquei acima de seu rosto.

– Bom, digamos que se você não falar, vai morrer. Se escolher falar e souber me explicar detalhe por detalhe, terá seu presente... Quer viver, Hugo?? Então a partir de agora só abra a boca quando eu mandar, faça tudo que eu mandar.

– Tudo bem, eu falo, eu falo. – ele com medo se rendeu. – Assim que os comboios pararam, a gangue da Black Blood entrou em ação, mataram os motoristas e abriram os comboios para verificar a mercadoria, nesse momento nós fizemos nosso trabalho, descemos do carro e abrimos fogo, eles eram muitos, desceram do carro em média mais 15 pessoas, fora as outras 20 que já estavam fora de seus carros, nesse momento nós contávamos apenas com nossa maestria em armas, eles eram bons de verdade, foi uma troca de tiros extremamente acirrada, mas chegou alguém, não faço idéia de quem seja, fui acertado na perna, não por essa pessoa, mas por uma mulher que estava a beira da morte com uma celular mão. Uma sniper na cobertura de um edifício muito próximo, acertou a têmpora do Edy em cheio, ele caiu morto na hora, eu não consegui levantar e fugir. Eles recuaram, entraram nos carros e vazaram, sobrou só eu vivo lá, eu realmente achei que estava sozinho, esqueci que tinha uma pessoa no edifício, eu não escutei ele chegando por trás, só senti duas facas entrando nos meus olhos e senti uma pancada no estômago. – É um castigo mesmo sentir pena das pessoas, a dó mesmo é que eu tô pouco me fodendo. Eu quero informações, eu tenho a ganância.

𝐏𝐔𝐗𝐄 𝐎 𝐆𝐀𝐓𝐈𝐋𝐇𝐎 - por Azzi (reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora