Vermelho é a Cor Mais Quente [TK-VK]

Capítulo 01: O melhor amigo do papai

Tenham uma boa leitura 🤗

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A vida de Taehyung não era nada conturbada; como todo adolescente no último ano, ele estava imerso em provas e preparativos para a faculdade, com a intenção de construir um futuro promissor. Sua mãe sempre lhe dizia que a independência era a chave para uma vida livre, e o jovem Kim tomou essa lição com afinco, tendo como maior desejo seguir os seus sonhos e, um dia, poder enfim abrir suas asas.

— Você não parece nada bem.

Chaeyoung chamou a atenção do amigo, que parecia distante.

— Apenas falta de sono, pensar na faculdade me deixa assim.

— Seu pai continua pegando no seu pé?

— Como sempre.

Taehyung suspirou e fechou o armário, seguindo pelo corredor já quase totalmente vazio.

— Isso é um saco, ele não tem nada para fazer?

— Bem, um amigo dele está vindo para cá, vai ficar com a gente por um tempo.

— E isso não te incomoda? — Ela encarou os olhos peculiares do Kim.

— Não, assim ele larga do meu pé.

Taehyung amava o pai; tinham uma boa relação, mas o único problema era a pressão que ele colocava sobre seus ombros. Desde a morte da esposa, Eric se tornou um pai coruja, assumindo o papel que antes era de Seoyeon. Ela amava acompanhar tudo o que o filho fazia. Obviamente, a perda foi devastadora para os dois, mas com o tempo, aprenderam a suportar.

No começo, o rapaz não teve reação; simplesmente agiu como se nada tivesse acontecido, sorrindo sempre que possível. Até o dia em que explodiu. Três meses de cama e mais sete de terapia, isso foi o que lhe aconteceu. O garoto nem sequer conseguia olhar o próprio reflexo, pois era a cópia fiel da mãe. 

Nos tempos atuais, a dor já não era mais como antes; não lhe massacrava a alma, mas ainda estava ali.

— O que dois amigos velhos fazem? — Minjun perguntou.

Taehyung apenas deu de ombros, já Chaeyoung não escondeu sua inconformidade com a pergunta.

— Velho? Você já viu o pai do Taehy? Ele é uma obra de arte!

— Entendi, mas, nada garante que o amigo dele também seja.

— É verdade, mas isso não importa. Me tornar madrasta do Taehy ainda é meu sonho.

— Chaeyoung? — Kim a encarou.

— Sim, meu amor?

— Não me faz te jogar escada abaixo.

morena sorriu e o abraçou. Ela gostava de provocar o Kim, e usava do seu senso de humor para distraí-lo dos problemas.

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Ao chegar em casa, Taehyung deixou as chaves no cestinho em cima da sapateira e calçou o par de chinelos já separados no hall de entrada. Seguindo para a sala de estar, encontrou seu pai mexendo em algumas caixas velhas e empoeiradas, algo nada comum.

— Como foi o seu dia?

— Normal — sentou-se ao lado dele — O que tanto procura?

— Fotos. Esse meu amigo que está vindo, temos muitas fotos juntos, mas não consigo achar.

— Falando nisso, como ele é?

— Bem, Jungkook é tipo o Mick Jagger do nosso grupo, sabe? Um verdadeiro nômade, sempre em busca de aventuras, explorando o mundo, curtindo uns drinks. E não podemos esquecer, deixando um rastro de corações partidos por onde passa.