Obsession

03. Eu Te Odeio.

~Bryan Delyon~

- Vai ma déese, faça o que lhe peço, eu não aguento não tê-la comigo e respeito isso, mas acredite que quando me conhecer melhor vai se apaixonar pelo meu verdadeiro eu. Não lhe peço nada mais que uma dança, nada demais, eu estou louco por vós, por favor... faça.

Esta garota me deixa louco como nunca estive, ela preenche o vazio que habita meu coração, apesar dela me odiar mais que tudo eu a amo, apesar dela não me conhecer sequer, eu a amo, apesar desse amor ter se transformado em uma merda de obsessão eu a amo.

Muitos vêm a obsessão como algo doentio, psicopata, coisa de serial killer louco por alguém que não pode ter, como um fã maluco que ama seu ídolo mais que tudo e é capz de cometer qualquer loucura por ele, cada um tem seu ponto de vista mas eu tenho outro ponto de visão quanto á isso. Obsessão sempre foi levanda com algum desturbio mental ou muita afeição a uma certa "coisa", mas eu olho para ela como um refúgio, como se a obsessão fosse a unica coisa que nos mantesse aqui e a pricipal dela é nada mais e nada menos que o amor.

Quem não gosta de ser amado? Quem não gosta de olhar para alguém e dizer: "Sim, você é meu, só meu". Alguém que acima de tudo está para você e você simplesmente é grato e não quer que a pessoa te deixe. Para alguns é assim, mas acima de tudo eu olho para o obessor. Porquê ela(e)? Porquê tanta obsessão?

Muita das vezes existe uma história a ser contada não apenas o que se vê. Qual foi o começo? Porquê? Não seria fácil simplesmente agir como alguém normal e ir tomar um sorvete? Um jantar? Piquenique? Flores? Presentes? Sinceramente, não teria tanta graça assim.

Nem tudo é como vemos, nós só enxergamos o que queremos ver e não o que temos que ver. Eu não estou obsecado pela Brittney Hans a famosa stripper de Los Angeles, mas sim pela pessoa que ela é quando está sem aquela maquiagem e roupas sensuais, pela Brittney que fica em casa nos seus dias de folga comendo besteiras para sair da dieta e fugir de bêbados que só sabem fingir que estão trabalhando enquanto estão com garotas de programa por ai. Eu amo a Brittney que exitste dentro dela, a Brittney que habita em seu coração, a brincalhona, estrovertida, com grande coração, amante de animas e que apesar de tudo ama sua família. Eu sei muito mais dela do que ela pode achar, não permitirei que ela vá, não como todos foram...

- P-Porque faz isso? Porquê eu?

- Simples mon amour¹, você é diferente, apesar de ter estado num lugar como aquele, eu conheço você, nem tudo que vemos é como vemos, sempre tem algo por trás. Agora vai. - ela percebeu o que eu quis dizer, consigo ver seu seblante pensativo e duvidoso, ela não estava esperando por isso.

Ela caminha calmamente e relutente para o pole perto do sofá onde me encontro sentado e observando a maravilhosa visão que sou privilegiado de ter. Ela para ao lado do pole e me observa, como se quisesse me matar e ao mesmo tempo tivesse pena, ela olha no fundo dos meus olhos e se põe apostos para começar e finalmente, lá vai ela, ma déese. Mas não... não é issso que eu quero.

- Brittnay para. PARA! - ela para assustada.

- O-O q-que foi? - me olha com seus olhos arregalados.

- Eu não quero que faça o mesmo que faz para aqueles nojentos, não quero que faça danças sensuais como se em algumas horas fosse canhar mais de 900 dólares, eu quero que você dance e não a Brittney do bar. - levanto-me e vou ter com ela. - Não quero que me trate como um qualquer e não quero que aga como faz com eles, quero a pessoa que está aqui... - coloco minha mão esquerda sobre seu coração. Seus olhos brilham ouvindo minhas palavras mas obviamente existia também confusão por trás desse brilho, a deixo e volto ao sofá, esperando que ela prosiga por si.

[...]

~Brittney Hans~

Ontem depois de ter dançado para ele, ele me fez beber, mas não foi nada além disso, ele queria que eu relaxasse e passasse tempo com ele. Eu estava estremamente assustada, ele falava como se soubesse tudo sobre mim, talvez sabe até a cor dos cobertores que usei quando nasci.

Ele é diferente, parece ter passado por muita coisa, deve ter perdido pessoas muito importantes, e notei que ele não é daqui dos Estados Unidos, ele fala bem inglês mas tem sotaque francês, talvez ele seja da França, já que está sempre me chamando por adjectivos em francês.

O olhar dele sobre mim é diferente, nunca ninguém me olhou como ele olha, é incómodo. Ele não tocou mais em mim desde que dancei para ele. Eu fiz uma dança que nunca havia feito, eu dancei de uma forma diferente ontem, eu fui eu mesma, mais do que sou quando estou sozinha no quarto escutando Shake it off da Taylor Swift.

Foi estranho eu ter me sentido tão bem assim, ele está tendo influência sobre mim, isso não pode continuar! Ele quer se apoderar de mim e se fazer de bonzinho para depois fazer uma merda qualquer, mas... Ele não parece ser desse tipo, eu estou confusa! Preciso sair daqui o quanto antes. Antes que eu elouqueca aqui.

Depois de dançar e beber, ele trouxe-me para o mesmo quarto onde me vesti, disse que tinha tudo que eu fosse precisar e saiu mas não antes de tantar dar um beijo na minha testa e eu me esquivar, ele não me obrigou a nada e saiu. Eu apenas me mantia calada e falava só quando necessário.

Tomei um banho e procurei por um pijama no closet enorme do quarto, e que closet, cheio de roupa e ele é lindíssimo. Tinha todo tipo de roupa, de verão, inverno, casuais e chiques, tudo! Peguei um pijama de conjunto de moleton, bem confortável, de tecido macio, não era um tecido qualquer, deve ter custado carro que não é em qualquer lugar que pode ser encontrado.

Deitei-me e fiquei pensando nesses dois dias, sim... Dois dias, o dia que ele me levou e ontem, eu estava em total conflito com meus pensamentos, cheia de dúvidas que só ele poderia responder, eu preciso fugir. Mas... Será que alguém está procurando por mim? Será que Diego está preocupado ou me procurando? Talvez sim, aquela anta não vive sem mim. Sinto tanta falta dele, ele é meu único amigo, eu amo demais ele.

E a minha "família"? Que nada, eles não se preocupam, desde que saí de casa que eles não me falam, seria agora? Acabei dormindo em meio a isso e acordei agora pensando no mesmo, eu não estou bem.

Ouço batidas na porta e logo ele entra sem nem esperar pela minha resposta, me sento na cama.

- Bom dia. - diz.

- Dia. - respondo.

- Como está se sentindo? - pergunta.

- Como acha que eu estou? Fui raptada por um cara que nunca nem vi na vida. Não sei onde estou. Estou cagada de medo de morrer e quero voltar logo para meu apartamento e viver em paz. Acha que estou bem? Acha? - cruzo os braços e evito olhá-lo.

- E quem disse que você não pode me conhecer? Quem disse que deve ter medo? Quem lhe disse que eu farei alguma coisa? Quem disse que você não poderá se sentir bem comigo? Quem disse que não poderá ter paz comigo? - se aproxima de mim. - Quem lhe disse que não pode ficar bem comigo?

- Quem disse que eu sinto o mesmo que você? - o olho. - Eu te odeio.

Continua...

Tradução:

[Mon amor] - Meu amor, francês.