PAÍS DAS MARAVILHAS | Um lugar tranquilo era tudo do que Thomas precisava, onde pudesse descansar e deixar todo o turbilhão de problemas que o rondavam para trás. Pensando nisso, ele resolve passar algumas semanas em uma pequena cidade do interior...
Mais um capítulo prontinho pra vocês! Espero que gostem, boa leitura!
•••
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
𓃠 TOM HIDDLESTON 𓃠
A voz robótica do GPS transpassa o som da música na rádio, avisando que meu destino está logo após a próxima saída. As árvores passam como borrões pela janela, mas logo consigo enxergar pequenos pontos coloridos que identifico como as primeiras casas de Bristol. Uma estrutura maior se destaca da paisagem, uma ponte que atravessa o rio e liga os dois pontos da cidade de cada lado. Em poucos segundos estou passando por ela. Bobby, meu cachorro, se remexe no banco de trás, querendo ter uma visão do lado de fora também. É uma cidade bonita, foi o que me disseram. Tem ótimos pontos turísticos que podem ser fotografados para complementar minha próxima exposição em Londres. De quebra, tiro alguns dias de folga antes de voltar para a correria, uns dias de paz. Cantarolo junto com a melodia enquanto me aproximo da cidade.
Dessa vez é o toque do celular que se mistura à música. Leio o nome na tela e desligo, voltando a olhar para a estrada. Poucos segundos depois o nome volta a aparecer e o toque reverbera no carro, parecendo mais alto, como se estivesse exigindo que eu atenda. Na terceira vez eu encosto o carro e pego o celular do suporte, enfim, atendendo.
—Lidya, pelo amor de Deus!— exclamo. — O que você quer agora?!
— Ora! Você foi embora e nem me falou nada! — responde ela, com sua voz estridente do outro lado.
— Não tenho que dar satisfações a você.
— É desse jeito que você quer resolver as coisas? Fugindo de mim?
Afasto o celular e respiro fundo, juntando uma paciência quase inexistente.
— Resolver o que, Lidya? Não temos nada mais para resolver.
— Eu estava pensando aqui... — uma pausa. — As coisas acabaram meio incertas entre nós.
— Diga por você mesma! — me exalto. — Para mim tudo acabou de forma muito clara. O único que estava fazendo algum esforço para que a relação desse certo era eu!
— Não foi bem assim, Thomas! — consigo perceber que sua voz está embargada.
— Foi! Você sabe que foi! Eu estava disposto a levar aquilo pra frente, mas foi você que não quis. Você me afastou, preferiu suas aventuras a mim. Foi sua escolha no final. Lide com isso!
Encerro a chamada antes que Lidya pudesse responder. Vou até a lista de contatos e faço o que deveria ter feito a dias, e por algum motivo inexistente não o fiz, apago o contato dela. Ela foi outro motivo que me levou a viajar para Bristol: tentar colocar minhas ideias em relação ao nosso fim no lugar. Lidya nunca se importou realmente comigo, mas ao mesmo tempo a mesma queria me prender a si própria. Em resumo: ela nunca soube o que queria de verdade, às vezes procurava por mim desesperadamente, em outros me afastava do nada. Nunca entendi seu comportamento e decidi pôr fim aquela palhaçada, que só serviu para que eu saísse machucado disso tudo. Quero focar no que me é realmente importante no momento, tenho uma exposição para organizar.
