Lost days || L.S

3 | Foi ele.

| Atenção: este capítulo contém violência, sangue e tiros|

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"Tenho notícias sobre Pickford." - Tomlinson concordou e avisou que ficaria ali mais alguns minutos antes de subir e conversar sobre aquilo. Mas antes que visse Harry ir embora, encarou os anéis na mão do mais novo e aquilo lhe deu uma boa ideia.

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"Mas o que-" - Harry franziu o cenho quando, minutos mais tarde, Louis apareceu com roupas, que um dia - ontem - foram bonitas, em completos trapos. Styles balançou a cabeça, e empurrou o óculos para cima, tentando ignorar aquilo e voltou o olhar para seu computador.

"Onde tá aquela coisa vermelha que você passa na boca?" - Louis vasculhou as gavetas do rack, do gabinete da cozinha e nos armários.

"Você não vai achar meu lip-tint na cozinha." - Styles disse sem tirar os olhos da tela. - "E quem disse que eu vou te emprestar?"

Louis não respondeu, mas deixou tudo que abria bagunçado, até encontrar um estojo de cartuchos onde achou o cosmético entre os projéteis, então sorriu ladino.

"Não preciso que me empreste."

"Que inferno, Louis." - Edward se levantou, tomando o objeto da mão do mais velho, embora somente o conteúdo tivesse ficado em sua mão, enquanto o pincel ainda estava com Tomlinson.

"Legalmente, tudo o que é seu também é meu, seu egoísta." - Ele empinou o nariz, depositando gotinhas do líquido avermelhado sobre a maçã da bochecha direita, queixo, debaixo do olho esquerdo e no canto da boca, em seguida espalhando e criando manchas parecidas com hematomas. Ele deu meia volta, deparando-se com sua imagem refletida no espelho e meneou a cabeça rapidamente, aprovando sua aparência e devolveu o pincel do lip-tint para o mais novo. - "Muito bem, agora eu preciso de um favor seu."

"Dispenso." - Harry fechou seu cosmético e o escondeu no bolso da calça que ficava na coxa. Louis suspirou, revirando os olhos e alongou o pescoço, inclinando a cabeça para ambos os lados.

"Vamos, Harry, querido, estou te pedindo."

"O que eu vou ganhar com isso?"

"A chance única na sua vida de me socar sem que eu revide." - Harry arqueou uma sobrancelha e encarou o menor, com curiosidade. - "Anda logo, tô te pedindo pra me bater."

"É fetiche seu?" - Harry replicou, sorrindo divertido. William desviou o olhar, considerando responder aquilo, mas rapidamente fechou a boca.

"Eu quero saber se você pode ou não fazer isso." - Harry então se aproximou de Louis, encarando suas orbes, enquanto mordiscava o canto da boca. De súbito, a palma de sua mão se chocou contra o rosto do mais velho e Louis virou o rosto, inexpressivo, ficando parado naquela posição durante alguns segundos, antes de voltar sua atenção ao cacheado. - "Que merda foi essa?"

"Eu te bati, ué. Não foi o que pediu?"

"Eu te pedi pra me socar, não pra me bater como se fosse sua mãe." - Harry franziu o cenho. - "Credo, deve ser broxante pedir pra apanhar de você no sexo, eu hein. Faz direito."

"Mas eu não quero bater em você. Não agora."

"Muito fofo da sua parte, querido, mas somos um casal só no papel, não nutra sentimentos por m-" - Harry revirou os olhos e não deixou que Louis terminasse de dizer, quando seu punho fechado lhe atingiu a bochecha, e mesmo dolorido, Louis riu. - "Meu Deus! Na bochecha? Você realmente está apaixonado por mim."

Tendo provocado a ira do mais novo agora, Louis entendera como ele funcionava e gostara de saber o que o irritava tanto. Contudo, teve pouco tempo de desenvolver mais alfinetadas, quando a mão esquerda de Harry segurou-lhe pelo colarinho e a direita trabalhava bem os socos por seu rosto, especialmente a boca e o nariz.