Estranhos.

Capítulo 9

Pov: Autora.

A garota se deixa relaxar assim que ouve o choro de uma criança.

Ela finalmente estava livre desse fardo.

Ela fecha os olhos e começa a pensar como será sua vida daqui pra frente, ela finalmente poderia conhecer o mundo e fazer oque fosse bom pra ela?.

Quando o pai da criança viesse busca-lo e lhe entregasse o dinheiro, ela sumiria no mundo e nunca olharia pra trás.

Enfermeira: Vc quer pega-lo?.- pergunta sorrindo.

Agnes abre os olhos e vê a enfermeira parada ao lado dela, segurando o bebê.

A garota pensa por um minuto e se vê tentada a dizer não, mas que mal a nisso?

Ela carregou aquela criança na barriga, ela tinha o direito de saber se valeu a pena.

Agnes se arruma na cama e a mulher lhe entrega o bebê.

O menino que o pai viria buscar e ela nunca teria que se preocupar.

Agnes olha para o rostinho daquele pequeno ser, ele tinha seus olhos, ele a olhava com curiosidade, como se estivesse no colo de uma estranha e no fundo isso incomodou a garota.

Agnes leva sua mão até o bebê e ele segura seu dedo, a garota sorri inconscientemente.

Agnes tinha medo de que aquele garotinho fosse igual ao pai, mas não, tirando a cor do cabelo, ele era igualzinho a si.

Enfermeira: Vc pode me dar ele se não quiser mais segura-lo.- diz estendendo as mãos para pega-lo.

Agnes se surpreende ao ver o menino olhar para a enfermeira com um olhar vazio, a garota conhecia esse olha.

Era o mesmo olhar que ela lançou ao pai da criança, quando ele lhe disse, que se ela escolhesse ficar com o bebê, teria que passar sua vida toda fugindo.

Agnes: Esta tudo bem.

Enfermeira: Pode dar um nome a ele se..........

Agnes: Void.- a garota nem mesmo pensou quando falou.

Enfermeira: Um nome estranho.

Agnes: Nao me lembro de pedir a sua opinião.- diz friamente.

Enfermeira: O pai dele chegará daqui alguns minutos, eu vou...... eu vou deixar que se despeça.- diz saindo do quarto com pressa.

"O pai dele chegará daqui alguns minutos".

Agnes olha para o rostinho sonolento do filho e vê que o mesmo estava se aconchegante mais nela.

E foi aí que a garota soube.

Ela não seria capaz de abandonar Void.

Não importava se ela tivesse que passar a vida fugindo, se tivesse que matar milhares de pessoas no caminho, por ele valeria a pena.