Começou a tocar Baila, do Now United, uma das minhas músicas preferidas, mesmo assim essa voz era inesquecível.
- Leon. - Sorrio. - O que faz aqui. - apoio meu corpo na parede.
- Vejo que você está um pouco alterado. - Ele diz. - Sou o dono da casa, a festa é minha.
- Ummmm... - Tento andar e ele me segura quando quase caio.
- Quer se sentar? - Ele pergunta. - Você não parece bem.
- Quero mija, onde é o banheiro?
- Vou te levar. - Ele me puxa.
- Quer ir comigo é. - solto um sorriso malicioso.
- Só vou te mostrar onde é.
Ele sobe as escadas comigo, em pouco tempo paramos na frente do banheiro.
- É aqui, vou buscar um copo de água para você.
- Não quer entrar comigo? - Abraço ele beijando seu pescoço.
- Adoraria. - Ele faz aquele sorrisinho lindo novamente. - Mas não com você nesse estado, já volto.
Ele me deixa sozinho, entro no banheiro e faço o que tenho que fazer, fico olhando meu reflexo no espelho, minha cara estava horrível. Sinto calor e retiro a camisa, minha respiração começa a acelerar, vejo minha cicatriz na costela e as malditas lembranças começam a retornar.
- Não, não, não... - Começo a bater na pia, olho meu reflexo no espelho e não sei explicar o ódio em me ver. Com um soco quebro o espelho inteiro.
- Ângelo!!! - Leon arromba a porta e entra, vejo que outro convidados estavam parados no corredor.
Leon entra e fecha a porta, me encosto na parede e desço de vagar deslizando pela mesma. Em meu rosto lágrimas, eu achei que tinha esquecido isso, eu... Não consigo pensar, minha cabeça gira, vejo Leon me abraçar e ficar ali perguntando o que aconteceu.
Respiro fundo, me levanto limpando as lágrimas e sorrio.
- A festa já acabou? - Visto a camisa.
- Você não está em condições para beber mais. - Ele diz.
- E por que não? - Coloco a mão em seu peito.
- Vomos para meu quarto. - Ele me puxa.
- Tá muito rápido. - Digo.
- Você vai descansar um pouco. - Ele diz sério.
Leon me tira do banheiro e passo entre outros convidados que pareciam estar falando algo de mim. Em seu quarto me sento em sua cama e fico olhando ele parado na porta, estava pensativo, acho que por minha culpa.
Droga, eu estraguei a noite dele.
- Eu vou ver como está os outros convidados, tente descansar. - Ele diz.
Agora sozinho entre quatro paredes derramo lágrimas. Eu não queria causar uma má impressão logo de cara, minha ideia era me divertir com Poly e Elliot, mas estraguei tudo.
Caio de costas na cama olhando para cima, fico ali tentando parar de chorar, minha ideia era construir novas memórias e não deixar que as antigas estrague tudo. Só espero que meus amigos estejam aproveitando a festa mais do que eu.
- Calma Ângelo, ele está longe... Não pode te machucar, não mais. - paro de chorar e seco minhas lágrimas.
Já se passou 20 minutos e nada de Leon voltar, já me sentia muito melhor, minha visão estava mais clara e não me sentia tonto. Não acho que meu salvador da noite vá voltar tão cedo, tem muita gente e como anfitrião é sua função receber a todos.
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SOULMATES
Подростковая литератураAo longo de nossas vidas, em algum momento, por mais breve que seja já ouvimos falar sobre almas gêmeas. Se você ainda não encontrou a sua, já imaginou o quão incrível poderia ser? Muitas vezes nossa alma gêmea não é aquela pessoa que escolhemo...