Tomada por Eles

∆ Capítulo três ∆

— Por favor, faz isso parar!! — grito deixando as lágrimas rolarem, o sangue escorrer pelas minhas pernas e meu ventre doer.

— Respire fundo, menina, respira e solta... — tento me concentrar na respiração, mas a dor me consumia.

Meu corpo estava exausto e quase sem forças.

— Marta... — seguro o grito quando sinto o bebê sair de dentro de mim.

Nenhum choro foi ouvido.

— Ele nasceu morto... — sigo o olhar para o pequeno corpo ensanguentado em cima do lençol. — E era um menino.

Meu filho... Que eu não iria saber amar, ou iria e não saberia como demonstrar.

Me sinto aliviada.

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— Acorda! hoje é seu aniversário. — resmungo quando sinto meu corpo ser chacoalhado, abro os olhos e vejo Luna me encarando toda sorridente.

— Hoje não significa nada. — me sento na cama e mordo os lábios quando minhas costas doem.

— Como não? é hoje que você finalmente descobre seus poderes e o que você é!

— Tanto faz. — suspiro. 

— Vai me dizer que não está nenhum pouquinho curiosa? — a observo me olhar animada.

— Talvez um pouco. — respiro fundo deixando o ar entrar pelo meu pulmão.

— Então se arruma e vamos para a sala comunhal. — me levanto e caminho até o pequeno armário de ferro.

Todos do dormitório tem seus armários, para que possam guardar suas roupas e coisas pessoais.

Destranco o armário usando o código no cadeado, abro a porta e pego a primeira peça de roupa que encontro, sendo uma calça jeans e uma camisa branca sem estampa.

Caminho até o banheiro, e entro no box que está livre, fecho a cortina e ali começo meu banho.

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— Você está mais animada do que eu, Luna! — digo e logo viramos a direita do corredor, indo até a grande porta de madeira de carvalho.

— Claro, finalmente vamos saber o que você é, e logo depois será eu! — vejo Luna abrir a porta com certa dificuldade, mas assim que aberta, posso ver todos ali dentro, alguns transformados com seus poderes e seres, outros ainda esperando pela sua transformação.

Posso ver cinco pessoas no centro da sala, aqueles que também iram descobrir o que são, e eu também.

— Junte-se ao centro aquela que irá descobrir o que é. — caminho até o centro da sala e vejo quando Luna se afasta e fica ao lado de algumas pessoas, retribuo o sorriso que ela me lança.

— Hoje, no aniversário dessas seis pessoas, iremos finalmente descobrir os seus valores, poderes e seres dentro de cada um, suas marcas e seus antepassados. — Cruzo minha mão as apertando de nervosismo. — Ramires luar, venha até mim.

Vejo quando a garota caminha em sua direção, para na sua frente e quando o homem coloca sua mão em seu ombro.

O corpo da menina fraqueja e seu grito é ouvido quando escutamos seus ossos serem quebrados.

Uma loba.

— Uma grande loba forte, parabéns!

Ela caminha até o canto ainda transformada de loba.

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— Koll Nubast, um vampiro!

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— Freya Malik, uma bruxa!

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— Pietro Walker, um elfo!

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— Gael Host, um feiticeiro!

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— A última, pode se aproximar. — mordo os lábio de nervoso, mas me aproximo, parando em sua frente e o observando. — Relaxa e deixe sua mente livre, você está pensando demais.

— Desculp...

— Tudo bem, acontece, respire fundo. — faço o que ele pede e logo sinto meu corpo se relaxando, sua mão toca meu ombro e começo a sentir uma energia passando meu pelo corpo.

Como se estivesse me abraçando e ao mesmo tempo me sufocando.

— Se deixe sentir, sinta o que é seu!

— Eu não consigo... — digo com dificuldade, minha respiração estava acelerada e já estava começando a suar frio.

Meu corpo dói, marcas no meu braço começam a aparecer, respiro fundo e tento ao máximo relaxar minha mente e corpo.

— Vamos, você está quase lá!

Marcas novas aparecem na minha perna e coxa, formando punhais, facas, e símbolos de cura e de magia.

— Aaaaa!!! — grito quando sinto meu braço parece queimar e olho para o mesmo vendo marcas de garras aparecendo.

— Uma guardiã de Malvoz!!

Malvoz, já ouvi esse nome antes, e pelo o que ouvi, é o mais raro e difícil de está, é até se auto controlar com tanto poder.

Estou de joelhos no chão quando escuto ele dizendo, posso ouvir algumas pessoas murmurando entre si, e outras não acreditando no que acabou de acontecer.

Continua...