Capítulo 67

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Lorrayne 🦋

Tavamos sentados no sofá assistindo um filme que o coringa tinha colocado.

O radinho dos meninos começaram a tocar.

GG: desembucha-

Xx: Os cara da bope tão querendo invadir, eles tão perguntando de uma tal de lorrayne conhece, falaram que se não entregarem ela, eles vão vir contudo.

Congelei, porra oque a polícia quer comigo?, Só se for......, merda a minha mãe, foi ela quem mandou a polícia?????

GG: que merda a polícia quer contigo lorrayne? - levantou puto do sofá.

Lo: não sei, pode ter sido minha mãe quem mandou eles vir - levantei preocupada. - vou ir embora antes que a merda aconteça- subi correndo para o quarto pegar minhas coisas.

Coringa: se quiser fica aii, nós coloca eles pa corre de boa - falou me acompanhando até a porta junto com o GG.

Lo: melhor não, caramba oque tá dando na minha mãe, mandar a polícia me buscar, tá ficando loca??? - pensei em voz alta.

Ela sabe que não é tão simples assim, mandar polícia em um morro, oque ela ta pensando?, pessoas morrem com invasões, inocentes, gente que não tem nada a ver com toda essa confusão.

Chegamos na entrada do morro onde tinha um monte de polícias armadas, mas também não perdiam para os vapores, vi um montão deles me olhando.

Vi o suposto namorado da minha mãe se aproximando, só pode estar de brincadeira com a minha cara.

Roberto: sua mãe mandou vir até aqui te buscar, ela disse que tinham te sequestrado- olhei incrédula pra ele.

Porra???????

GG: Tá ficando loco?, ninguém sequestrou ninguém aqui não caralho.- Roberto apontou a arma para ele.

Logo vi os vapores aprontarem a arma para o mesmo, e os policiais fizeram o mesmo apontando para os vapores, olhei para aquilo assustado.

Roberto: tem que rever suas companhias lorrayne-guardou a arma

Lo: bom, eu estou bem, foi um engano ninguém me sequestrou, posso ir embora com você agora - tentei amenizar as coisas.

Roberto: vamo logo- puxou meu braço.

Coringa: puxa ela assim de novo pra ver se não estouro sua cabeça na bala- senti ele soltar meu braço.

Andei até uma das viaturas e entrei, vendo os outros policiais fazerem o mesmo.

Roberto: nós vemos de novo - falou entrando também.

GG: vou tar te esperando- debochou

O carro começou a andar, não demorou nada para chegar até o apartamento, desci do carro e outro me acompanhou, entramos no elevador, entrei em casa e vi minha mãe me esperando e olhando para mim com uma cara nada boa.

Suelen: você não toma vergonha na cara né?, Tava pensando em que quando resolveu fugir?. - se encostou na parede.

Lo: que se eu pedisse você não iria deixar????- falei óbvia.

Suelen: eu vou pagar alguém para te levar e buscar na escola, não vai mais desviar o caminho, vai ficar sem celular tá me ouvindo? , agora vai pro ter quatro, ve se me obedece pelo menos uma vez.

Lo: não- cruzei os braços

Suelen: Como?, você não ouvi oque eu falei?, ou tá bancando de surda agora- ela pegou no meu braço me puxando escada a cima até meu quarto.

Lo: me solta mãe tá me machucando - ela me soltou- que tá acontecendo com você?, tava tudo ótimo e aí você muda du nada, e aquele homem lá embaixo que tá fazendo sua cabeça ?, você nunca viu mal algum com quem eu andava, minhas amizades, quando eu saia, ou voltava tarde, acho que não é mas minha mãe falando aqui e sim ele - só senti um tapa no meu rosto fazendo eu virar a cara e sentir meus olhos marejar.

Suelen: estou fazendo tudo isso para o seu bem sua mal agradecida, quer ficar na rua com seus amigos?, Vai mas não volta nunca mais - paralisei olhando para ela sentindo algumas lágrimas escorrer.

Lo: tá falando sério? - perguntei em um sussurro.

Suelen: to com cara de quem está brincando?, quer ir embora vai, mas não volta - olhou séria.

Respirei fundo, pegando uma mala e começando a arrumar minha roupas.

Suelen: tá fazendo oque?

Lo: você tá praticamente me espulsando de casa, vou sair daqui não é oque quer? - ela me olhou triste mas se compôs rápido.

Suelen: tanto faz - saiu e bateu a porta.

Tava com um nó horrível na garganta, de tanto que eu tentava segurar o meu choro, por mais que eu tentasse era difícil conter algumas lágrimas.

Peguei meu celular ligando para mirella.

- Mii?

Oi lo-

-posso dormir aí? , minha mãe meio que me expulsou de casa

Claro que pode, vem aqui me explicar essa história direito-

Encerrei a ligação, peguei um dinheiro que eu tinha guardado e coloquei na minha bolsa, eu não iria voltar para casa se aquele homem continuasse aqui, mas também não poderia depender dos outros, óbvio que ia tentar arrumar um emprego.

Muita coisa para pensar minha cabeça estava esplodindo, peguei minha mala e minha bolsa, olhei uma última vez para o quarto e sai dele, desci as escadas, vi minha mãe sentada no sofá com o rosto todo vermelho.

Lo: você sabe que eu não queria isso né? - cheguei perto dela.

Suelen: vai me deixar aqui? - perguntou chorando.

Lo: a senhora que escolheu isso mãe, eu te amo, você sabe disso - me aproximei e beijei a bochecha dela e dei um abraço nela. - resolve sua vida, talvez eu volte, quem sabe né.

Suelen: toma - me entregou um papel com um cartão e uns números nele. - é o dinheiro que seu pai deixou para você, mas só vai conseguir pegar quando fizer 18, te amo filha se cuida.

Ela sabe que apesar de tudo eu amo ela, mesmo ela tentando me "proteger" de um jeito estranho.

Sorri pra ela e fui até a porta abrindo a mesma, é parece que eu vou ter que recomeçar?

Amanhecer no morro.Onde histórias criam vida. Descubra agora