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30/01/1996
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- Catra ?

Havia três dias que a horda já havia seus soldados, três dias que os treinos começaram e consequentemente, três dias que Catra não sai do dormitório.

Ela estava sozinha, se recusava a comunicar com seus colegas que não passaram. A gata sentia falta da Adora, da Lonnie e até mesmo do Kyle, só que agora eles não tinham mais tempo, já que estavam ocupados fazendo o que catra havia sonhado desde quando foi largada na porta em uma caixa de papelão. Desde quando estava caminhando nos corredores, quando mal sabia ficar de pé, viu duas garotas brincando de lutinha com pedaços de graveto. Desde quando as garotas foram até ela e lhe incluíram na brincadeira... desde quando elas, principalmente a loira, se tornaram suas amigas.

- Não deveria estar no treino ? - Catra estava na cama que Adora costumava a dormir, segurando uma caixa de giz que havia ganhado de Rogelio quando eram pequenos.

- Conversei com Shadow Weaver - O som dos passos iram ficando cada vez mais nítidos, até o colchão fazer barulho, indicando que ela também havia se sentado.

Catra se recusava a olhar para o lado, em sua cabeça tudo era culpa da Adora, por que ela tinha que ser tão perfeita ? Por que todos tinham que gostar dela ? Sua personalidade consome ela e todos que estão em volta, Adora nasceu para viver sozinha e... e Catra sabe que isso é mentira, mas criar fantasias sobre algo que possa anestesiar sua insegurança, te deixam melhor.

- Eu falei que não precisa, você não entende ? Eu não preciso da sua ajuda.

- Me deixe terminar, eu não fui te ajudar, quer dizer eu...

- Você...

- Não estou mais na equipe. - Demorou um pouco para que as palavras saíssem da boca da loira, e ainda sim, ela não deixava demonstrar que isso havia a afetado.

- Que ? Você tá maluca ? - Catra finamente se vira ao aumentar o tom de voz, Adora acabou de desperdiçar seu maior desejo.

- Eu...

Assim como a Gata, Adora também havia seus problemas, um desses é que ela mataria para salvar um amigo, ela se sacrificaria para salvar um amor. Essa era Adora, protegendo com medo de perder.

Mas isso não era por vontade própria, era por influência da sua própria mente... por quê? Porque ela não consegue se salvar.

Ela é tão nova e tão cheia de medos, o medo de que pode falhar com todos, pode perder amizades e valores. Se ela agir com segurança, ninguém vai ver suas inseguranças.

- Olha, eu não tenho medo de perder algo que não era para ser. Claro, isso aconteceu por uma razão e não cabe a mim ou a você questionar por isso, mas... já aconteceu! Então o resto eu decido como vai ser. - Adora abaixava o olhar até seus pés descalços e sujos, deixar a equipe foi o melhor a se fazer, pela sua amiga.- Eu escolhi deixar ir para não quebrar a promessa de cuidar de você, irei lhe protejer se preciso e agora você precisa, você precisa mais de um amigo do que eu preciso de qualquer luta.

Catra fica em silêncio, a loira não levantou a cabeça com medo da reação da amiga ser lhe dar um tapa, por mais que esperava um abraço, sabia que isso seria a coisa mais improvável de acontecer.

Ela estava certa, não havia levado um tapa ou um arranhão, soube que Catra estava com raiva quando resquícios do giz que a gata estava usando cai em seu colo.

— Isso Adora, salve o mundo, obrigada por ser uma grande teimosa e estar desperdiçando o que eu poderia estar fazendo, para falar qualquer coisa sobre a união, eu já te disse, EU NÃO PRECISO DE AJUDA - A voz de Catra ficava trêmula a cada palavra, sua mão estava lotada de resquícios de giz, acabou apertando o giz azul que estava em sua mão para segurar o choro. - você é patética... até quando vai aprender que não pode mudar o mundo com boas ações ? - Ela sussurrou,

A gata de levantou o mais rápido que conseguiu, e correu para fora do dormitório, indo o mais longe que pôde.

Never promise somethingOnde histórias criam vida. Descubra agora