Reencontro parte 2

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No momento estou dentro do avião, morrendo de fome, estou começando a me arrepender de ter decidido voltar pra Forks. Eu odeio o frio e nunca consigo colocar roupa o suficiente para me agasalhar, sempre fico tremendo. E ainda tem o fato de que a última vez que eu apareci na escola de Forks eu quase seguei uma garota. O que que eu tinha na cabeça? Eu to voltando para uma cidade minúscula e fria, onde eu sofri e to indo sem uma ancora, eu só posso ter merda na cabeça.

Antes que eu continuasse me xingando o avião começou a tremer. Uma voz estranha começou a ecoar pelo avião avisando que estávamos tendo uma turbulência e que não podíamos sair de nossos lugares.

Tudo estava tremendo, eu odiava aviões, odiava tudo que não tocasse o chão. Não andava de barco NUNCA, avião então, só em casos de emergência, e pro meu governo, aquilo não era emergência. Eu poderia ter ido de carro uns dias antes e tudo estaria bem, ia ser uma ótima desculpa pra roubar o carro do Derek.

Enquanto Bella xingava todos ao seu redor e a grande máquina mentalmente, uma aeromoça estava em pé e poderia cair a qualquer momento. A garota morta de medo viu a situação da mulher e agiu rapidamente a colocando em seu lugar e prendendo-a com o cinto. A alfa correu para a sala de comando ao perceber que o avião estava descendo, ao chegar lá ela vê o capitão em desespero pronto para avisar aquelas pessoas que nunca mais iriam ver sua família. Ela toma o radio de sua mão e coloca no lugar.

-Sai daí! – Agarota diz colocando seu medo de lado.

-Quem é você garota?! Volte pro seu lugar! – O capitão gritou e a alfa cheia de raiva mostrou os olhos brilhando e imediatamente o piloto sai da cadeira dando espaço a ela. – Siga as ordens dela! – Diz o homem com desespero estampado em seu rosto.

O copiloto não entendeu nada, porém obedeceu. Bella pegou o volante e desceu mais o avião para sair das nuvens que causava a turbulência. O homem ao seu lado copiou seus movimentos. Depois de sair das nuvens ela estabilizou o avião e a turbulência parou. A mesma coloca no piloto automático e pede para o piloto só voltar para cima das nuvens quando elas voltassem a ser brancas. O mesmo obedece e ela voltou para seu acento. Ninguém sabia o que tinha acontecido dentro da cabine do avião, mas suspeitavam que tinha alguma coisa a ver com a garota que agora estava impaciente para voltar ao chão.

Se passou mais umas duas horas e agora os pés da alfa já se encontravam no chão. Ela agradeceu a todos os deuses existentes que ela conhecia e correu para o mais longe possível da passarela de desembarque após pegar a sua mala. Quando saiu do aeroporto avistou seu pai a esperando, foi até ele com um sorriso no rosto.

-Pai! – Chamou com um tom de ternura e saudade. Abraçou o homem a sua frente. – Estava com saudades.

-Eu também minha filha, vamos pra casa. – Ele respondeu com um sorriso no rosto e abriu o porta-malas para colocar as coisas de Bella. Depois disso os dois entraram no carro e seguiram viagem até Forks.

Bela estava com um pouco de medo, isso ela não negava, mais nada podia tirar a sua felicidade de estar com seu pai após tanto tempo, e, dessa vez, por mais tempo que apenas três dias, muito mais tempo.

Durante a viagem, Bella e seu pai conversaram bastante. A garota explicou tudo o que havia ocorrido depois de sua última visita. Falou sobre o Liam, sobre a alcateia, e sobre a saudade que já sentia deles. Seu pai sorriu de canto.

-Você falou com eles antes de viajar? – Disse o pai de Bella tentando esconder o motivo pelo sorriso dele.

-Não! Acredita que eles não atenderam minhas ligações por uma semana inteira?! – A garota estava triste e zangada com todos eles, ela podia esperar aquilo da Malia, Jordan e até do Stiles, mas não esperava aquilo de Derek e de Lydia. Enquanto ao Liam, ele foi o único a mandar mensagem enlouquecidamente para ela dizendo que sentiria muitas saudades da alfa.

-Eles de repente não tiveram tempo pra falar com você. – O homem sabia o quanto sua filha estava triste.

-Sem tempo para se despedir da alfa deles?! – A garota agora estava quase chorando e estava triste com o próprio pai por ficar do lado deles e não do seu.

-Levanta esse ânimo! Eu tenho uma surpresa para você lá em casa. – Ele disse no intuito de deixar sua filha feliz, por mais que a mesma não gostasse de surpresas.

-O senhor sabe que eu não gosto de surpresas. – Ela disse com um tom obvio, mas com um pouco de interesses.

-Mas dessas você vai gostar. – Ele disse despertando a curiosidade da sua filha.

-Dessas?! – Ela disse surpresa.

-Eu não vou falar o que são. – E assim foi a viagem inteira. A garota implorava pro pai dizer o que era, porém, o mesmo não dizia nada. Depois de uma hora eles aviam chegado a Forks. – Bem-vinda de volta a sua casa Bella.

Forks, uma cidade pequena com apenas 3.545 habitantes, não era o melhor lugar para se visitar, mas era o meu lar, o lugar onde eu passei parte da minha infância. Eu construí muitas lembranças aqui, pena que nem todas foram boas.

-Espero que aquela garota não more mais aqui. Porque se ela morar, eu tenho certeza de que meus dois últimos anos na escola vão ser um inferno. – Disse baixo para seu pai não ouvir.

Bella passou pela escola e sentiu um arrepio percorrer a sua espinha ao lembrar do que acontecera no seu último dia naquele local. Mas logo espantou aquela sensação ao lembrar das palavras do seu pai. "Surpresas". Foi o que ela pensou, a garota estava ansiosa.

Ao chegar em sua tão querida casa, Bella avista carros, até então, desconhecidos para si. Seu pai estacionou e ela desceu do carro, os dois tiram as coisas do porta-malas e levam pra dentro de casa. A garota não estava entendendo o porquê de terem carros estacionados em frente a sua casa, ela apenas seguiu seu pai até o andar de cima. Ele abriu uma porta.

-Esse vai ser o seu novo quarto, você gosta de roxo? A moça da loja que escolheu a sua roupa de cama. – Ele disse nervoso.

-Roxo está bom. – Ela disse meio inquieta.

-Você quer saber quais são as surpresas né? – Ele disse com um sorriso de canto. Bella concordou com a cabeça. E então, a garota ouviu um barulho vindo da floresta em frente de sua casa.

-Que barulho foi esse?! – Ela escuta passos vindo em direção a sua casa. - Fica aqui pai! – Agarota corre para o primeiro andar e se direciona até a porta, o homem,nervoso, seguiu a filha tentando convencê-la a não fazer besteira. Quando Bellaabre a porta ela avista uma coisa que pensou que não veria novamente tão cedo.

A Raposa-LobaOnde histórias criam vida. Descubra agora