1. A casa da rua 66

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 - A-an......anda....vam-vamos lá André.

Gabi falava pausadamente, devida á quantidade de álcool em seu corpo no momento, lhe era difícil formular algo sem o gosto doce enjoativo vir-lhe a boca. Só não caiu no chão, porque Tomas a segurava pela cintura.

- Deixa de ser um chato cara!

Dizia Gustavo, oferecendo-lhe, em uma mão o fumo e a garrafa na outra. André olhava para o grupo, se perguntando porque estava ali, seria a vontade de se enturmar? De aproveitar os últimos dias de férias na cidade nova?                                                                                                        Relutante, pegou a garrafa e levou á boca. Era estranho, nunca havia bebido até o momento e ali teve certeza que não o faria novamente. 

-AAAAAÊÊÊ...........aaê...

Gabi caiu de joelho no chão, colocando tudo para fora na calçada.

- Droga Gabi.

- Preciso de um banheiro.

- E você está vendo algum?

De fato não havia nada próximo á eles, além das árvores e casas que já estavam à dormir. O silêncio era mais gelado que a brisa daquela noite, era o final do inverno.

- Vamos lá?

Gabi, Tomas e Gustavo se entreolharam, André se sentia mais excluído do que nunca.

- Onde é lá?

- Bem......

Num piscar de olhos, Gabi olhava para André tão intensamente, que o mesmo ficou sem graça, por não saber como reagir, desviando do seu olhar, buscando um reposta de Gustavo, esse porém enrolava outro fumo, tentou Tomas, que por sua vez, coçou a nuca e seus olhos começaram a brilhar.

-Fala pra ele.

- É  uma casa, no final da rua, virando aquela esquina ali.

Ela apontava para a esquerda de André, ainda sem entender.

- E ?

- E dizem que é assombrada, até que vivem demônios lá!!

- Não seria surpresa, olha o nome da rua, 66. Imagina se isso tem alguma ligação?

Tragando o fumo, Gustavo se aproximou, soltando a fumaça no rosto de André, prosseguiu oque começaram á falar.

- A mais ou menos três anos atrás, naquela casa, uma garota foi assassinada. Vou te contar a história dela. Vamos chamar ela de.............hm..... Ana, é esse vai ser o nome. Bom, é comum o pessoal das faculdades fazerem grandes festas por aqui perto, Ana foi convidada para ir. E ela foi, achou um cara legal e nos amasso com esse cara, ela topou ir para á casa. Tudo bem até aí, eles entraram e colocaram-se á explorar a casa. E só.

- Só? Como ela morreu? Oque aconteceu?

- Só sei oque todos aqui sabem,  cara foi até a polícia as duas da madrugada pedindo socorro porque alguém havia pegado Ana, até de sequestro ele falou. Mas a polícia não deu ouvidos, pois o cara estava embriagado e caso fosse um caso de desaparecimento tem que se dar um tempo, não sei como funciona isso, mas eles achavam que a menina havia metido o pé, ido embora. Três dias depois, a família da garota foi até a polícia para pedir ajuda, para encontrarem ela, logo eles ligaram as duas versões. E quando foram para á casa, acharam ela, sem nenhum sinal de vida e sem sangue nenhum no corpo, sabe porque?

André negou com a cabeça, o grupo estava andando desde de o início da história, quando ele percebeu, se encontravam frente á uma casa, essa emanava escuridão, as janelas fechadas com tábuas, o jardim estava morto. Gabi segurava o portão aberto, disse.

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