IV

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Capítulo 4: "Eren Yeager"

Embora as lembranças da noite passada terem voltado rapidamente na cabeça de [Nome], ela pôde sentir cada sensação, como se estivesse vivenciando aquele momento. [Nome] reconheceu que Levi tinha razão, a pervertida da história era ela, foi ela que começou tudo, talvez se não tivesse bebido tanto nada daquilo teria acontecido. E se nada daquilo tivesse acontecido ela nunca teria provado dos lábios suaves de Levi e nunca teria sentido tanto prazer em sua vida.

Perguntava-se se era realmente necessário todo aquele drama só por causa de uma noite, afinal, Levi também pareceu gostar, então não era problema. Ambos eram adultos para separar questões pessoais e profissionais, no entanto, ainda sim estava em dúvida se continuaria a ter relações com seu chefe.

Em busca de afastar tais pensamentos balançou sua cabeça e voltou aos seus afazeres.

[...]

O resto da manhã passou normalmente, [nome] acompanhou Levi em duas reuniões rápidas, checou o e-mail do mesmo, atendeu algumas ligações, tirou cópia e organizou documentos etc., nada de diferente do que já era acostumada a fazer.

Quando deu o horário do almoço, desceu até a recepção para encontrar com Hange e Mike para irem à algum restaurante, porém, somente Hange estava lá. Ao perguntar o motivo de Mike não estar com Hange, a morena disse que ele não estava se sentindo muito bem, que havia brigado com alguém na festa passada e por isso não havia ido trabalhar.

[nome] não sabia se contava ou não que havia sido Levi a bater em Mike, todavia, não queria criar mais confusão, pois sabia que Hange era dessas.
Mesmo sem Mike, as duas foram almoçar.

Já de tarde, foi o turno que [nome] mais cansou, houve uma reunião longa, alguns velhos flertaram consigo na maior cara de pau e ainda fez questão de confundir alguns arquivos, o que levou horas para reorganizar tudo de novo.

Às 18:00, a jovem saiu da empresa, pegou um táxi e foi para a casa.
A cada degrau que subia era um resmungo de dor, por mais que tivesse tirado os saltos, suas pernas doíam, e implorou mentalmente que seu prédio tivesse um elevador.

Ao chegar no andar, abriu sua porta rapidamente e quando acendeu as luzes, deu de cara com sua melhor amiga, Annie Leonhart. A loira estava sentada no sofá com uma expressão de poucos amigos.

[Nome] e Annie se conheceram no ensino médio, a princípio, Annie era uma garota difícil de lidar e que dava medo em qualquer um, exceto [nome], que sempre achou Annie incrível e uma boa pessoa.  Por isso, não foi difícil para as duas virarem melhores amigas.

— Annie, que susto! Já é a terceira vez que levo susto hoje. – Jogou os saltos em um canto qualquer juntamente com sua bolsa e se aproximou da mais velha. – O que foi?

— E você ainda pergunta? [Nome] você não me manda mensagem desde ontem anoite, por acaso não viu minhas chamadas perdidas?

Oh Deus, agora que lembrou, prometeu à amiga que lhe mandaria mensagem assim que chegasse da festa, só que... esqueceu. E além do mais, nem prestou atenção direito em seu celular.

— Desculpa Annie, é que aconteceu algumas coisas estranhas e eu acabei me esquecendo, me desculpa... – Sentou ao lado da loira e a abraçou, mas ela não mexeu nem um músculo. Estava bem brava com ela.

— Não sei não, você me deixou muito preocupada, [nome]...

— Eu prometo que não vou fazer mais isso, Nizinha, eu te amo, tá? – Deu beijinhos na bochecha alheia, a jovem fazia aquilo quando sua amiga ficava brava, na maioria das vezes funcionava e ela lhe perdoava.

After That Night | Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora