𝙱𝚎𝚜𝚒𝚍𝚎𝚜 𝚝𝚑𝚎 𝚁𝚒𝚟𝚊𝚕𝚛𝚢 | 𝙳𝚛𝚊𝚌𝚘 𝙼𝚊𝚕𝚏𝚘𝚢 [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]

᯽ 43

Lizzye prometeu a Snape que faria o que fosse possível para se reaproximar de Draco, porém o garoto parecia cada vez mais distante. A mudança em Draco era nítida, e Lizzye se preocupava em ver o garoto tão quieto. Conhecia Malfoy o suficiente para saber que ele não estava nada bem.

— Posso me sentar aqui? – Lizzye disse puxando a cadeira ao lado de Draco

— Eu já estava saindo. – Draco disse fechando o livro

— Me dê apenas cinco minutos, por favor...

— Lizzye, não deixe as coisas mais complicadas do que já estão...

— Você é quem está complicando a situação. Eu não vou deixar que passe por isso sozinho.

— Isso o que?

— Pra mim é nítido que você não está nada bem, Malfoy. Eu odeio te ver assim, e odeio ainda mais não conseguir fazer nada. Me deixa ficar do seu lado, podemos voltar a ser o segredo um do outro, eu só quero estar por perto para me certificar de que você vai ficar bem.

— Eu não posso fazer isso. Voldemort ficou irado com a derrota do meu pai no ministério, ele está nos tratando como lixo, e se eu não fizer o que ele pediu, o Lorde irá nos matar. Meu pai me disse para ficar longe de você pois você me deixa mole, e ele tem razão. Desde que nos conhecemos, você tem me mudado.

— E não foi para melhor?

— Sim mas se eu ficar perto de você, não vou conseguir fazer o que preciso para manter meus pais vivos.

— Então vai continuar mantendo distância de mim?

— Infelizmente sim.

— Odeio seu pai por ter colocado você e sua mãe nessa situação. Eu prometo, Voldemort será derrotado, e após isso você poderá ser quem você quiser ser, e eu vou estar ao seu lado para comemorar suas conquistas.

— Vou torcer para que isso aconteça logo, estou morrendo de saudades.

— Também sinto saudades.

Lizzye sorriu, e pela primeira vez desde que voltou para a escola, Draco sorriu também. A ruiva o puxou para um abraço, que logo foi retribuído.

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Na aula de poções o professor Slughorn falava sobre a Amortentia, porém Lizzye estava viajando em seus pensamentos. O professor, ao notar que sua aluna favorita não estava prestando atenção em sua aula, logo tratou de a tirar de seu transe.

— Senhorita Potter, pode por favor vir aqui e dizer o que sente? – Slughorn disse a encarando

Lizzye se levantou sem nem ao menos saber do que se tratava, apenas seguiu as ordens do professor e aspirou o cheiro da poção.

— É um pouco confuso... Parece terra molhada, chocolate e... – Lizzye encarou o professor um pouco confusa – Uma fragrância amadeirada, menta, canela e maçã verde, bem exótico...

— Sabe o que é isto, Senhorita Potter? – perguntou na esperança de que ela respondesse

— Amortentia. – Hermione respondeu chamando a atenção de todos – É a poção do amor mais poderosa que existe, podendo ser facilmente identificada pelo brilho perolado, pela fumaça em espiral que ela solta e pelo seu cheiro, que varia de pessoa para pessoa de acordo com o que mais lhe atrai.

— Impossível, eu não gosto nem um pouco de canela. – Lizzye disse seguindo de uma risada

— A amortentia nunca falha, senhorita Potter. – Slughorn disse sério – Malfoy, sua vez.

Lizzye voltou ao seu lugar, e logo Malfoy se levantou em passos lentos até a mesa do professor. Fechou os olhos e se concentrou no cheiro.

— É um perfume delicado, parece lavanda. – disse e em seguida encarou o professor – Adocicado, um leve toque de baunilha e... Fava Tonka.

— Muito bom, Draco. Pode voltar para seu lugar. – Slughorn disse e voltou a explicar sobre a poção – A Amortentia na realidade não gera o amor, pois é impossível produzi-lo ou imitá-lo. A poção apenas causa uma forte paixonite ou obsessão. É uma das poções mais poderosas e perigosas, pois muitas pessoas subestimam o poder do amor obsessivo. Os efeitos da poção são descritos como quase instantâneos. A pessoa que a ingere aparenta estar “pálida e doente”, e se torna obcecada por quem preparou a poção, falando delas como se tivessem sido “atingidas por um mais puro raio de sol”. Também se tornam animadas ou perigosamente instáveis perto de outros.

— Você e Fred estão bem? – Ron sussurrou para Lizzye

— Claro que sim, qual o motivo da pergunta? – a garota respondeu

— Fred não cheira a menta, canela e maçã verde. De quem era aquele perfume, Lizzye?