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Enquanto Harry contava mais uma vez sobre a morte de Dumbledore, Lizzye se lembrava da conversa que teve com Snape em sua última noite em Hogwarts. Por mais que soubesse que as conclusões de Harry sobre o professor estavam erradas, Snape a fez jurar que não contaria nada, ou estragaria todo o plano de Dumbledore.

- Disse que iria me explicar tudo, acho que já está na hora. - Lizzye disse fechando a porta sem tirar os olhos de Snape

- Sente-se, senhorita Potter. - Snape disse e a garota seguiu suas ordens - Para começar, Dumbledore havia contraído uma maldição ao tentar colocar no dedo o anel de Gaunt. Sua mão ficou necrosada e a necrose começou a se espalhar pelo resto do corpo. Ele tinha aproximadamente um ano de vida pela frente, pois eu havia conseguido atrasar o efeito da maldição por meio dos meus conhecimentos sobre as Artes das Trevas. Contudo, a morte era inevitável, e seria dolorosa e terrível de se ver. Ao mesmo tempo, por sorte, Voldemort havia ordenado que Draco matasse Dumbledore, como forma de punir Lúcio por seu fracasso na missão anterior no Departamento de Mistérios. Acreditávamos que Draco iria fracassar, e quando isso acontecesse ele e sua família seriam mortos. Mas como eu era um espião e sabia dos planos de Voldemort, contei a Dumbledore sobre a missão de Draco, e imediatamente Dumbledore bolou um plano. Draco ajudou outros Comensais da Morte a invadirem Hogwarts, e eles cercaram Dumbledore no alto da Torre de Astronomia. Mas Draco não conseguia terminar a sua missão, e os outros Comensais começaram a ficar impacientes. Foi então que eu cheguei, empurrei Draco para o lado e acertei Dumbledore com a maldição da morte, arremessando-o do alto da torre e cumprindo a tarefa imposta a Draco pelo Lorde das Trevas.

- Então era tudo um plano bem elaborado por você e Dumbledore?

- Sim.

- Não se importa sobre o que vão pensar de você por ter matado ele?

- Eu fiz um juramento. Prometi que não deixaria nada de ruim acontecer ao Draco, e ao mesmo tempo, sinto que devo a sua mãe.

- Quer dizer que também está tentando proteger a mim e ao Harry?

- Sim.

- Mas essa não é sua luta...

- A partir do momento que Voldemort tirou a vida da única mulher que eu amei em toda minha vida, se tornou minha sim.

- Isso é muita loucura. Sabe que vai morrer, não sabe?

- É a única certeza que temos na vida.

- Eu tenho que arrumar minhas malas. Eu espero que tudo fique bem, e que Voldemort não descubra sobre sua traição.

- Ele não saberá se isso ficar apenas entre nós. Deixe que Harry, ou quem quer que seja, pense que eu sou o vilão.

- Está bem, mas garanta que Draco continue vivo.

- Estou fazendo tudo que posso.

Mesmo que quisesse dar sua opinião, Lizzye não disse palavra alguma. Se sentia invisível no meio deles, pois todos ignoravam sua presença alí. A ruiva apenas se levantou e saiu da casa, caminhando a passos lentos pela plantação.

- Está frio aqui fora. - George disse colocando seu suéter sobre os ombros de Lizzye

- Obrigado... - a garota disse esboçando um meio sorriso

- Está tudo bem?

- Está sim, só que... Eu estou lá, mas é como se não estivesse...

- Sei o que quer dizer.

- Ultimamente não tenho me sentindo parte de nada.

- Hey, não existe Fred e George sem Lizzye. Você não deixou de ser uma parte de nós.

- Obrigado, George.

- Vem, vamos dar uma volta no carro do meu pai. Podemos tomar aquela coisa que vocês costumam tomar na sua casa.

- Capuccino?

- Isso! Você sabe o caminho?

- Claro que sei. Vou chamar o Fred!

- Vou aquecer o motor!

𝙱𝚎𝚜𝚒𝚍𝚎𝚜 𝚝𝚑𝚎 𝚁𝚒𝚟𝚊𝚕𝚛𝚢 | 𝙳𝚛𝚊𝚌𝚘 𝙼𝚊𝚕𝚏𝚘𝚢 [ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ]Onde histórias criam vida. Descubra agora