Nesse mundo, S/n nasceu como uma felina, mais espeficamente, como uma gata. Desde pequena compreende a língua humana, o que faz ela ter um enorme desejo de se tornar uma.
Um dia, ela encontra um garoto chamado Tom, pela qual se apaixona quase insta...
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Humano #1: O colégio está bem chato ultimamente.
Humano #2: Está mesmo! Os professores podiam enovar no método de ensino.
Humano #1: Ouvir dizer que vão fazer uma reunião para discutir isso. Espero que seja algo que funcione.
Humano #2: Se não funcionar, não sei se vou mais aguentar! Tão tediante...
Um pouco escondida, perto do muro eu observo as duas garotas colegiais conversando. Cada uma está trocando suas ideias para o colégio. As duas somem da minha vista depois de virar a esquina.
(É engraçado como elas acham entediante e eu querer muito ir para o colégio... ser humana... É um sonho provavelmente impossível)
Com um impulso rápido, eu subo em cima do muro e ando, pulando pelos obstáculos e seguindo meu rumo. Não preciso me concentrar muito para fazer isso, então vagueio em minha mente, recordando de algumas coisas.
Eu nasci nas ruas. Meu pai e minha mãe são dois gatos. Meu pai me abandonou, porém minha mãe cuidou de mim. Ficamos juntas até eu amadurecer, só que... Ela morreu de repente, nunca soube do porquê. Eu fiquei completamente desorientada depois de ver ela caída no chão, sem vida, e andei pela cidade. Felizmente encontrei uma senhora que me acolheu. Ela me contou que tinha alergia à gatos e que não poderia ficar comigo, então passei a morar na rua, mas com ela cuidado de mim, já que me recusava à ir com qualquer outra pessoa para qualquer outro lugar. Passou-se os anos e as pessoas do bairro me viam como um mascote deles. Teve alguns que me deram até presentes! Principalmente a coleira que estou usando.
Eu paro de andar no muro de uma casa e olho para um vidro preto. Eu vejo nela um gato peludo de três cores diferentes, preto, branco e laranja. Também possuindo olhos verdes. Do lado do felino, vejo uma sombra humana. Certo, aquela sou eu. Uma representa quem eu sou e a outra é meu profundo desejo.
(Acho que...)
Eu fito meu reflexo do vidro.
(Vou ter que aceitar definitivamente)
Me viro em direção a casa que o muro pertence e começo a falar, como os humanos chamam, talvez miar. Os miados dos gatos não são uma conversa como alguns humanos acreditam. Comunicamos com as feições das faces e também através das nossas ações, mas a entonação dos miados expressam bastante coisa.
S/n: Meow! Meow! Meow! Meow! Meow!
???: já vai, já vai!
Ouso passos apressados vindo de dentro da casa. A porta é aberta e dela revela a senhora que me cuida. Ela está com a tigela em mãos e se apressa para chegar até mim. A senhora tampa o nariz e coloca a tigela no muro.
(Obrigada, Marta)
Eu mio em agradecimento e agacho meu pescoço para comer a ração na tigela. De canto posso observar Marta dando passos para trás.
