Prólogo

2K 75 21
                                    

—  Oh seu polícia, tu é um pitelzinho! — grito, doida pela euforia que é o carnaval.
Amo carnaval, adoro sair pelos blocos pulando feito louca sem ter qualquer peso na consciência de que estou passando vergonha ou não. Posso dançar mal do jeito que for, ninguém me julgará, esse é o bom do carnaval, todos somos iguais. Vejo de longe um homem lindo usando uma farda da polícia federal, melhor fantasia.
Corro e me jogo no colo do policial mais lindo que já vi na vida, mais pessoas deveriam vir assim para o carnaval, com essa farda. Assim que entrelaço minha perna na cintura musculosa do seu polícia sinto algo me cutucar, olha só, não acredito que seu polícia já está armado para mim! É hoje que dou a perseguida de vez. Adeus virgindade. Nem sentirei falta dela, juro pela Virgem Santa que amanhã mancarei, provavelmente precisarei de uma cadeira de rodas, mas tudo bem!
—  Ohhh, seu polícia, tu é tão gostoso que sinto que não vou querer sair das tuas algemas. Mostre-me o poder dessa arma que já sinto cutucando minha perseguida mas, coisa linda, nada de anal porque minha avó disse que dá o orifício anal é coisa de puta, e eu sou coisa linda do céu, que Deus enviou para cuidar de você, sou seu anjo da guarda. Real, prometo sempre cuidar de você, é só me manter algemada a você — digo, olhando em seus olhos castanhos que tanto me dão tesão. Esse homem é uma pura tentação!
Ele me olha nos olhos sem dizer nada, posso jurar que ele consegue ver além de mim. Suas fortes mãos apertam com força minha bunda, mantendo-me parada. Seus lábios entreabertos parecem buscar palavras certas para dizer. Virgenzinha, amanhã rezarei dez Ave Marias para poder levantar da cama, porque esse homem vai fazer um estrago na minha pessoa.
  — Oh, seu polícia, cê está bem armado, né?
— Não imagina o quanto!  — Só a voz dele já me faz querer gozar. —  Aliás, o que a coelhinha faz no meio dessa bagunça toda?
—  Vim curtir esse carnaval, igual a você, seu polícia.
—  Coelhinha, está na hora de você ir para casa ou o policial aqui terá que levá-la para delegacia —  ele diz num tom que Deus do céu! —  Não é melhor a coelhinha ir para casa?
—  Ooooh, seu polícia, eu quero que você me prenda! —  grito
Ele não diz nada, apenas anda comigo no seu colo para um lugar que não faço nem questão de saber qual é! Apenas grudo meus braços ao redor do seu pescoço, dando beijinhos pelo seu rosto.
Seu rosto não tem barba nenhuma é rostinho de neném, ele é uma coisa linda. Sua postura séria me faz pensar o quão sujeito macho ele é. A forma como ele me pegou, Jesus do céu, nem sei descrever o que senti. Esse homem é meu pecado! Reparo que nas laterais da cabeça ele tem uns fios grisalhos que dão um puta charme.
—  Você pintou o cabelo de grisalho nas laterais?
— Não, é hereditário. Está aí desde os meus vinte anos.
—  Nossa você fica um tesão com esses cabelos grisalhos! — exclamo, excitada cheia de expectativas sobre como será nossa noite.
Quando menos percebo estou numa rua estranha onde tem vários carros da polícia federal. Sempre soube que o Rio de Janeiro era perigoso, mas não vejo motivo para tantos agentes federais num só lugar. Será que aconteceu algo.
—  Delegado quem é essa? —  alguém pergunta.
Delegado?
  — Ninguém importante, Santos —  diz meu tesão ambulante. —  Daniele!
Ele grita o nome de alguém, não, ele grita o nome de outra mulher. Que palhaçada é essa?
—  Oh, seu polícia, por que está chamando outra mulher?
—  Quieta, coelhinha. —  Ele me põe sentada dentro de uma viatura. —  Daniele, leve a senhorita para delegacia — diz isso me algemando.
Não acredito que estou sendo presa de verdade pelo senhor sexy!
**************

LIVRO ENCONTRASE COMPLETO NA AMAZON E GRATUITAMENTE PARA ASSINANTES DO KINDLE UNLIMITED

Delírios da paixão-   LIVRO ENCONTRASE COMPLETO NA AMAZON Onde histórias criam vida. Descubra agora